Com Bombardier, Líder prevê superar a marca de R$ 1 bi em - TopicsExpress



          

Com Bombardier, Líder prevê superar a marca de R$ 1 bi em 2013 A Bombardier, fabricante canadense de jatos executivos, formalizou um acordo com a Líder Aviação, pelo qual a empresa mineira volta a ser a representante exclusiva de vendas de suas aeronaves no Brasil. De 2003 até então, a exclusividade foi da Synergy, empresa que é dona da companhia aérea colombiana Avianca. A Líder havia sido a parceira da Bombardier entre 1973 e 1994. Com o contrato, a Líder, que se apresenta como a maior empresa de aviação executiva da América Latina, passa a ter agora a representação de vendas de dois fabricantes: a Bombardier e a americana Beechcraft, ex-Hawker Beechcraft que após um processo de recuperação judicial nos EUA, opera desde o ano passado apenas com o segundo nome. Há 18 anos, a Líder é representante desta. Os modelos dos fabricantes não são concorrentes: a canadense fabrica aviões a jato e a americana, aviões com motores a pistão e turbo-hélices. O anúncio do contrato de representação com a Bombardier foi feito na segunda-feira. Eduardo Vaz, presidente da Líder, disse ao Valor que a previsão para este ano é que a empresa ultrapasse a marca de R$ 1 bilhão em faturamento, ante os R$ 816 milhões de 2012. "Trabalhamos com uma excepcional expectativa de que mesmo com as incertezas do mercado no curto prazo vamos [com o contrato com a Bombardier] aumentar bastante as nossas vendas de aeronaves." Vaz diz que o acordo com o grupo canadense impõe metas de vendas, mas são sigilosas. "Lógico que existem metas, um plano de negócio e um esforço muito grande para que a gente consiga atingir os objetivos". No primeiro ano do contrato, a Líder vai investir cerca de US$ 4 milhões em campanhas publicitárias, participação em feiras, voos promocionais. Nos demais, US$ 2 milhões. A Líder informa ter vendido mais de 500 aviões da Beechcraft em 18 anos de contrato - dos quais 250 nos últimos sete anos, o que significou cerca de 50% das aeronaves da fabricante vendidas na América Latina e 15% das vendidas no mundo. Mas com a economia brasileira dando sinais de desaceleração, Vaz admite que tem agora dificuldades que não teve nos últimos anos, marcados por um ritmo mais acelerado de expansão econômica. "Os números de vendas que tínhamos no passado, entre 2006 e 2007, eram maiores", diz ele. Daquele período de pico para cá, a queda em termos de valores foi de aproximadamente 25%. "A realidade hoje econômica brasileira é diferente, está num momento mais turbulento, de crescimento mais baixo, aumento de taxa de juros, alta do dólar e isso com certeza será um desafio". Fábio Rabello, principal executivo da Bombardier no Brasil, falou sobre a troca da Synergy pela Líder. Foi uma questão de oportunidade, uma vez que a Beechcraft deixou de fabricar jatos. "Como ela extinguiu as atividades de jato e não apresentava mais conflito de interesse conosco, e considerando que a Líder é a maior empresa de aviação executiva do país", disse ele, o casamento se deu. Um dos centros de manutenção dos jatos da Bombardier no Brasil continua com a Synergy, em São José dos Campos (SP), e outro com a Maga Aviation, em Campinas (SP). O diretor geral da Synerjet, José Eduardo Brandão, informa investiu US$ 12 milhões na construção de um centro de serviços de manutenção exclusivo para toda a linha de jatos da Bombardier, operado pela empresa Digex. O centro de manutenção autorizado, localizado em São José dos Campos (SP), iniciou suas atividades em meados do ano passado. Os hangares, que ficam ao lado da fábrica da Embraer, têm acesso direto à pista do aeroporto de São José, com 2,6 quilômetros de extensão. As atividades de manutenção da linha de jatos executivos da Bombardier, segundo Brandão, respondem por 30% da receita do centro de serviços. Além da Bombardier, o centro presta serviços para aviação militar e comercial. O grupo Synerjet também é representante exclusivo no Brasil da fabricante de jatos suíça Pilatus e dos helicópteros da italiana Agusta. A Líder, diz Rabello, está em negociações com a empresa de serviços da Bombardier para se tornar também um centro de serviços autorizados no Brasil. Segundo ele, o cenário é positivo. Junto com o México, o mercado brasileiro responde por 60% a 70% das vendas na América Latina. As projeções da empresa canadense são de que na próxima década a região compre 1.000 de seus jatos e na década subseqüente, mais 1.300 - o que significaria cerca de 10% das vendas mundiais da Bombardier. Essa fatia tem variado nos últimos anos entre 6% e 8%. "As grandes corporações, as médias e os executivos de empresas brasileiras precisam crescer, precisam buscar novos mercados e isso provavelmente vai demandar transporte rápido e eficiente", diz Rabello. Duas grandes possibilidades estão no radar da fabricante: se houver uma aceleração forte da economia brasileira, a tendência é haver mais consumo de jatos de pequeno e médio porte para cobrir as necessidades locais. Se o Brasil não crescer com mais vigor, mas se globalmente as economias continuarem funcionando a contento, então a tendência é ter uma demanda maior por jatos de médio e longo alcance, avalia ele. "É uma questão de porte de avião e não tanto de quantidade. Em termos de quantidade, [a situação atual da economia] não deve afetar tanto o setor, como ocorreu no período imediatamente posterior à crise em 2009, quando então houve uma realmente uma tendência forte de parada. E quando a retomada veio foi mais em cima de aviões usados. Essa fase a gente já passou e a tendência é novamente de crescimento", disse o executivo da Bombardier. Esta companhia vendeu 353 jatos executivos em 2012 e espera um pequeno crescimento ou um resultado semelhante este ano. Atingiu uma fatia de mercado de 39% em valores no ano passado e pouco mais de 60% das encomendas feitas em todo o mundo. Fonte: Valor
Posted on: Fri, 12 Jul 2013 14:01:05 +0000

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