Com a denúncia dos crimes de Stalin e a condenação ao culto a personalidade, realizados por Nikita Kruschev em fevereiro de 1956, no XX Congresso do Partido Comunista da URSS, os intelectuais e os estudantes húngaros acreditaram que podia haver reformas no socialismo do país. Então, em outubro promoveram manifestações pacíficas exigindo o fim do domínio soviético, o estabelecimento do pluripartidarismo e eleições livres. A resposta do governo stalinista foi acusa-los de "contra-revolucionários", chamando a policia para reprimi-los. Mas o povo se rebelou, recebendo a ajuda de grande parte do exército, que aderiu a revolta popular. A estátua de Stalin foi derrubada, o prédio do parlamento foi tomado pelos rebeldes, e nas ruas travaram-se intensos combates entre rebeldes e forças governistas com apoio dos soviéticos. Então, o Partido Comunista da Hungria formou um novo governo, chefiado por Imre Nagy, que concedeu anistia aos presos políticos, acabou com a censura e anunciou a legalização de outros partidos. A ordem foi reestabelecida e a Hungria caminhava em direção ao socialismo com liberdade, libertando-se da tirania stalinista. No dia 29 de outubro, o primeiro ministro Imre Nagy anunciou que a Hungria iria se retirar do Pacto de Varsóvia, o que Moscou não poderia aceitar. Então Kruschev ordenou a invasão, para deter essa rebelião anti-soviética. Em 4 de novembro de 1956, a URSS invadiu a Hungria. Forças soviéticas cruzaram as fronteiras, reforçando as forças que já se encontravam no país. Apesar da heroica resistência dos revolucionários húngaros, não tiveram como deter os tanques soviéticos. Imre Nagy foi preso e outro governo, fantoche da URSS, assumiu o poder, restabelecendo a ditadura de partido único. Imre Nagy acabou sendo executado como traidor. Caso a revolução tivesse triunfado na Hungria, poderiamos ter assistido a um outro socialismo, que não iria nos envergonhar como o socialismo soviético nos envergonhou.
Posted on: Wed, 03 Jul 2013 05:51:29 +0000
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