Com todo respeito ao povo maravilhoso que aqui vive, somos um - TopicsExpress



          

Com todo respeito ao povo maravilhoso que aqui vive, somos um país de terceiro mundo! Falta tudo. Falta saúde, educação, trabalho, moradia, lazer, segurança pública, assistência aos desamparados... Falta também acessibilidade. Por falta de acessibilidade, eu que uso cadeira de rodas tenho mais dificuldades dos que os “normais” (A nova concepção de pessoa com deficiência da Convenção Internacional das Pessoas com Deficiência, ratificada pelo Brasil em 2008, com equivalência de Emenda Constitucional, diz que a deficiência deve ser considerada a partir da interação entre a pessoa e meio físico. Assim, desloca a deficiência da pessoa para o ambiente. Deficiente é o espaço físico e não a pessoa). Em um país de terceiro mundo as pessoas param nas vagas para deficientes, em muitos estabelecimentos comerciais nem mesmo há vagas reservadas. Em muitos desses estabelecimentos sequer existem rampas de acesso. Um país de terceiro mundo tem um povo também de terceiro mundo (perdoem-me as pessoas maravilhosas que aqui vivem). Governantes e governados de terceiro mundo. Empregadores e empregados de terceiro mundo. Segue relato da atitude dos empregados (empregados de terceiro mundo) da Baratão Auto Peças da Vasco da Gama, hoje dia 19/09/2013, às 16:30h, motivo mais recente do meu desabafo: diante de toda essa falta de acessibilidade, eu às vezes compro sem precisar sair do carro, geralmente não tem onde parar e, além disso, é um pouco trabalhoso tirar a cadeira de rodas do carro. Sendo assim, quando possível (quando vejo que, dependendo do tipo do estabelecimento comercial, é razoável), eu paro no estabelecimento e peço que alguém me atenda. Assim o fiz hoje. Parei o carro em frente ao referido estabelecimento, como não tinha vaga para estacionar, e como tinham vários empregados desocupados, pedi que algum deles me atendesse no carro, queria ver as especificações e o preço de determinada peça automotiva. Chamei insistentemente os empregados e também pedir para um transeunte chamar os mesmos para que viessem me atender no carro, explicando-lhes que eu era cadeirante. O transeunte repetiu a solicitação por diversas vezes, mas os empregados se recusaram a me atender no carro falando que eu tinha que descer do carro se quisesse ser atendido. Fui embora sem comprar a peça. Não sei se devido a uma sensibilidade exacerbada, até agora estou me sentindo mal. Senti-me humilhado. Precisava da peça. Sei que eles como fornecedores não podiam se recusar a me vender o produto. Mas se recusaram. Empregadores e empregados de terceiro mundo. Faltam bons gestores e bons trabalhadores. Falta tudo. Falta também trabalho. Se eu sozinho deixar de consumir no Baratão Auto Peças, talvez não seja tão relevante, mas se todos que lessem esta mensagem, ao precisar comprar peças para automóveis deixassem de consumir neste estabelecimento, talvez fosse uma boa resposta.
Posted on: Thu, 19 Sep 2013 23:46:20 +0000

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