"Com uma tal falta de literatura, como há hoje, que pode um homem de gênio fazer senão converter-se, ele só, em uma literatura? Com uma tal falta de gente coexistível, como hoje, que pode um homem de sensibilidade fazer senão inventar os seus amigos, ou, quando menos, os seus companheiros de espírito?” (Pessoa). Imagino o Pessoa, hoje. Por exemplo, como em uma espécie de expiação, sendo obrigado assistir a “Dança dos Famosos” do inalterável e previsível FAUSTÃO. Ou a ler cinco revistas “Caras” e duas “Contigo”. Estar presente a uma sessão do Congresso Nacional. Ler ‘Maribondos de Fogo’ do imortal Sarney. Ler o Coelho Paulo. Ouvir um discurso da Dilma, inteirinho. Pentear o Luano (e acertar o nome do cara) Santana sem usar fixadores capilares. Imagino...
Posted on: Wed, 07 Aug 2013 05:55:05 +0000
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