Comecei minha viagem pela França, Paris, onde nunca tinha estado sozinha e portanto nunca havia me interessado tanto por olhares alheios. Desta vez, numa situação diferente, estava livre, agora com mais atenção aos olhares. Passei quinze dias na França e salvo raras exceções meu olhar não cruzou com o de nenhum homem. Fui para a Itália, Ciriè, cidade pequena. Se minha existência dependia de olhares eu renasci. Os italianos, das mais variadas idades me olhavam, mas olhavam mesmo. Sem deixar dúvida. Ok. Isso que no início poderia parecer uma coisa lisonjeira, agradável até, logo se observa que é uma maneira de ser italiana, que em Roma se sabe até exacerbada, desrespeitosa. É quase um vício do italiano ficar olhando para todas as mulheres, então aquele olhar não se dirige a uma mulher em especial, aquela mulher, mas a qualquer mulher. Logo em seguida comecei a observar que eles estavam acompanhados e ficavam olhando para outras mulheres que passavam. Nossa, isso é muito muito ruim. Homens, por favor, quando estiverem acompanhados, resistam, não olhem jamais para outra mulher, isto é uma falha imperdoável. É desagradável até quando a mulher que está acompanhando um homem não tem nenhum compromisso com ele que dirá se é sua namorada ou esposa - é imperdoável. Bom, os italianos despencaram no meu conceito. Nada como se colocar no lugar da mulher deles. Se bem que eu acho que elas sabem se defender. Mas o que importa no caso é o que eu senti em relação a isto. A situação de desrespeito. Agora estou em Londres. Aqui a dinâmica é diferente, mais equilibrada. Os homens olham sem fazer alarde. Thats cool!
Posted on: Wed, 13 Nov 2013 11:14:04 +0000
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