Comecei uma conversa com o Capilé (aliás, com uma primeira - TopicsExpress



          

Comecei uma conversa com o Capilé (aliás, com uma primeira impressão nada ruim, pareceu um cara simples protestando, como outro qualquer faria na situação dele, dos excessos da mídia que tem caído de pau em cima com base nos q não gostaram da coisa... vamos examinar isso com cuidado). De qualquer modo, fiquei feliz pacas de o cara topar conversar, porque pra quem realmente quer examinar a situação com justiça, não dá pra ficar seguindo só as defesas e acusações públicas sem algum contato mais próximo com a fonte da polêmica. Tb vou tentar entrar em contato com diversos outros grupos dessa nova esquerda "das ruas" que está se engrenando no Brasil. Fazer um mapeamento de todos os movimentos, e construir minha posição com cuidado e reflexão, buscando conversa franca com quem esteja por dentro de cada um deles e bem inteirado do conjunto do movimento. São muitos grupos e muito variados. Alguns interligados até certo ponto, outros desconectados, outros ainda com certos atritos entre eles. Estão sento jogados para o público atritos entre outros grupos e o coletivo Fora do Eixo... mas provavelmente, deve haver tb atritos mútuos não esclarecidos entre outros grupos sem q o FdE esteja envolvido, pq o FdE é apenas o q mais está em foco na mídia no momento. Mapear os atritos e alianças, os padrões de comportamento estratégico, e os sentidos das ações dos diferentes grupos, me parece super importante. Porque a meu ver, este é o novo perfil de esquerda que temos no Brasil. Uma coisa que nasce das ruas, e só depois (nos casos mais conservadores, eu diria) é que acabam buscando representação política "oficial". Aliás, isto (nascer das ruas) seria o natural numa democracia para qualquer esquerda, na verdade inclusive mesmo para direitas em certa medida... só q no Brasil a tradição (agora finalmente rompida) é tudo começar pelos poderes oficiais, sem a força das ruas, para só conquistá-las depois. Isso pq no Brasil, os representantes não costumam de fato nascer por representação política e representar, mas "arranjar um jeito de chegar lá" e, de lá, impor e "para isso" arranjar representados que apoiem. No meu entendimento, o que está acontecendo (e que vai começar a pegar fogo já nas próximas eleições) é nada menos que a morte do modo antigo de se praticar política neste país... embora resquícios dele devam sobreviver por ainda um bom tempo. A prática da política está mudando, e quando isso começa a acontece, é o momento mais importante de discutir e avivar o senso crítico em relação a tudo, pesando sempre prós e contras sem por isso deixar de agir e de tomar decisões. Não pretendo "fazer parte" de nenhum desses grupos, embora vá certamente tomar posições pró e contra em relação a diversas coisas em cada um deles. Vou confessar aqui uma ambição: o Bakunin (anarquista), sem desviar-se uma vírgula que fosse dos seus posicionamentos revolucionários de extrema esquerda, a certa altura teve um jornal de crítica política, na Rússia, que atingiu um nível surpreendente de reconhecimento da importância de suas análises em todas as tendências políticas, da extrema esquerda à extrema direita. Isto para mim é um modelo a seguir. Estou muito muito muito longe disso. Mas tenho esse exemplo como orientação para o futuro da minha crítica política... o anarquismo (mesmo que eu já não saiba dizer se sou ou não anarquista como fui na adolescência, e achando que não) oferece um excelente ponto de vista para a crítica política, por isso, anarquista ou não, adoto pelo menos assumidamente o que chamaria de um "anarquismo metodológico" como ponto de partida hipotético para poder fazer uma crítica política sem "rabo preso" com grupo nenhum (porque nada mais anarquista, inclusive, do que fazer uma autocrítica do próprio anarquismo)... Trata-se de pensar mais ou menos assim: "independentemente do meu posicionamento, se eu fosse plenamente anarquista e absolutamente radical, que críticas faria a isto?" Um dia, quem sabe, ainda chego perto do modelo do jornal do Bakunin... mas não tenho pressa. Nenhuma. entre a pressa e a busca da consistência, escolho a busca da consistência.
Posted on: Sun, 01 Sep 2013 21:54:27 +0000

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