Como Gestor do Entretenimento, tive a oportunidade de acompanhar a audiência pública promovida pela Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa em 2012. E agora em 2013, tive a oportunidade de participar em Nova Iguaçu do Fórum da Cultura. Foi um prazer estar junto com os produtores culturais de Nova Iguaçu. Na pauta do estado, tinha o tema - regulamentação da profissão de produtor cultural – ainda recusada por muitos concursos públicos e editais de empresas para contratação na área. Tentei aproveitar a oportunidade do Fórum Cultural em Nova Iguaçu, e como fui escolhido para fazer parte do Conselho de Cultura do município, solicitei que fosse criado o Dia Municipal do Produtor Cultural. É uma iniciativa simbólica e um pequeno passo nesse trabalho, mas que pode ser muito importante para a valorização do profissional. Estarei solicitando uma audiência na Câmara de Vereadores ao Presidente da Comissão de Cultura do Município de Nova Iguaçu. Essa ideia será apresentada ao vereador como uma proposta na área cultural. Nova Iguaçu, como toda Baixada Fluminense, precisa avançar muito no setor cultural. Temos que formar aquele que vai operar na prática. Cultura não se faz sem dinheiro. É um exercício de risco, pois não há segurança total no mercado, o produtor é quem assume o risco. É preciso organizar a indústria cultural para ampliar as oportunidades. Agora, fazendo parte do Conselho de Cultura do município com uma experiência em 25 anos de televisão ( TV Globo) e uma Pós-Graduação em Gestão de Entretenimento, tenho certeza que posso contribuir para Nova Iguaçu e toda Baixada Fluminense. Precisamos continuar a discutir a importância do Plano Municipal de Cultura, elaborado a partir de diretrizes de programas do Estado e a participação dos produtores que é fundamental nesse processo. Temos que pensar como é possível ampliar o acesso a bens e serviços culturais no município. Temos que convidar a Adriana Rattes, Secretária de Estado da Cultura e o presidente da Comissão de Cultura da ALERJ, para apresentarem suas visões sobre desenvolvimento da Baixada Fluminense a partir da cultura. As ações do Poder Público, tanto do Estado do Rio de Janeiro como do Município, devem centrar esforços para incentivar esse setor. É necessário estudar como atrair mais investimentos e atenção do Poder Público em novas políticas culturais para toda a Baixada Fluminense. “O grande problema da Economia Criativa no Brasil não é a falta de público”. È que temos uma concentração dos grandes grupos intermediários, no Rio de Janeiro que ainda ditam as regras em setores como o audiovisual, editorial e na música. Temos que pensar em elaborar um plano de cultura e apresentar para Adriana Rattes, Secretária de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, solicitando que aumente os esforços de ampliação do orçamento na pasta da Cultura que venha atender à Baixada Fluminense – além da política de editais, organização da Lei do ICMS, entre outras iniciativas de qualificação do produtor cultural. Com grande experiência em diversos eventos, como Hollywood Rock, Rock In Rio, Free Jazz, entre outros, tenho certeza que temos que começar o nosso Loby, junto aos deputados estaduais eleitos pela Baixada Fluminense, e cobrar a intervenção deles junto ao Governo do Estado para que a lei de incentivo – ICMS - obrigue as empresas a utilizarem 50% do valor de subsídio do governo do Estado do Rio de Janeiro, na Baixada Fluminense. Esse foi o meu discurso na conferência do Município de Nova Iguaçu e espero que seja levado a sério, pois todos nós que temos experiências em grandes eventos, sabemos que não vai adiantar nada ter o Certificado de Incentivo do ICMS ou Lei Ruanet ou qualquer outra lei, se para o mercado Publicitário o povo da Baixada Fluminense só é um grande consumidor, ou seja, não expressa opinião de consumo. Isso quer dizer que ele não dita regra de consumo para população. Já o consumidor da Zona Sul dita essas regras, por isso as grandes empresas mesmo com suas fábricas na Baixada Fluminense, não aplicam seus investimentos de marketing e publicidade na Baixada. Temos que nos organizarmos e movimentarmos para prepararmos um ato a favor da cultura nos municípios da Baixada Fluminense. “Reage Baixada” é um movimento com a participação de todos os produtores culturais dos municípios que compõem a Baixada Fluminense. Iremos chamar para parceiros nesse grande manifesto a Ong Viva Rio , ISER- Instituto de Estudos da Religião e atores da Baixada Fluminense e de todo Estado do Rio de Janeiro. Afinal, a Cultura é universal , assim como a educação, saúde e tudo que enriquece o ser humano. Esses são os direitos humanos. Como diz a música do Titãs: “A Gente não quer só comida – A Gente quer comida, diversão e Arte”. No Rio já temos grandes eventos e em nossa cidade não temos nada. Está faltando ainda o Prefeito assinar e publicar no diário oficial os membros votados e escolhidos para o conselho municipal do setor cultural de Nova Iguaçu. Estamos aguardando isso acontecer para viabilizar o melhor na cultura para o município de Nova Iguaçu e demais municípios da Baixada Fluminense. MÁRIO VIANNA ONG VIVA BAIXADA SECRETÁRIO EXECUTIVO “ REAGE BAIXADA – PARA CULTURA”
Posted on: Fri, 20 Sep 2013 02:54:18 +0000
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