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Como se defender da grosseria do seu chefe Saiba o que leva um profissional a agir de forma rude e como lidar com ele Yahoo! Contributor Network Por Carolina Mouta | Yahoo! Contributor Network – qua, 3 de jul de 2013 12:35 BRT Enviar Compartilhar30711 Imprimir Raro encontrar alguém que não tenha passado - ou esteja passando - por alguma situação constrangedora no ambiente de trabalho. O pior exemplo disso talvez seja a aspereza do chefe, que esbraveja aos quatro ventos e deixa os funcionários sem saber como agir diante de tanta cara feia. O que tem espaço no ambiente de trabalho? Até que ponto aceitar? Quando isso se transforma em assédio moral? Leia também: Livros que podem te ajudar a ser um bom líder Como enfrentar o desemprego de maneira positiva Autoconfiança é essencial no ambiente corporativo Para começar, não há nada no mundo que justifique uma grosseria do chefe no ambiente de trabalho. Pelo menos é isso que pensa André Bocater, Diretor Executivo da Thomas Case & Associados. O consultor diz, no entanto, que podemos tentar entender as motivações que existem por trás desse tipo de atitude. "Vivemos hoje em uma sociedade onde a pressão por resultados e o tempo cada vez mais escasso fazem parte do cotidiano e é natural que algumas pessoas reajam de forma mais explosiva", explica. É claro que quando se torna algo recorrente e o gestor já não consegue administrar a pressão do dia a dia, descarregando sua raiva nos subordinados, deve recorrer à ajuda de um terapeuta ou coaching, para que não seja prejudicado - e não prejudique ninguém - profissionalmente. Mas, quando essa falta de educação do chefe vira assédio moral? Ricardo Pereira de Freitas Guimarães, mestre em Direito do Trabalho e professor da pós-graduação da PUC-SP, explica que o assédio moral ocorre através de uma série de condutas reiteradas que visam reduzir a confiança do empregado em sua capacidade profissional. "Essas condutas podem ser desde a ausência de convite para reuniões que sempre era convidado, simples balançar de cabeça de forma negativa quando determinado empregado emite sua opinião, desprezo quanto às ideias apresentadas pelo empregado, e até em alguns casos, o próprio isolamento do empregado em relação ao seu trabalho e de seus pares", diz o advogado. E olha só que grave: segundo Ricardo, a falta de educação numa única oportunidade mesmo sem esse desejo de menosprezar a qualificação e produtividade profissional, ou seja, sem a real intenção de forçar uma queda na autoestima do empregado, pode gerar um dano moral que, dependendo da intensidade, irá ter como resultado uma indenização por dano moral. O que é importante deixar claro é que o assédio moral não necessariamente ocorre entre superior hierárquico e seus subordinados. Muitas vezes pode ocorrer entre pares com idêntica função na empresa e outras vezes, inclusive, assédio entre um grupo de empregados e seu superior. Então, como lidar com a questão? "Acredito que atitudes rudes sem maldade são administráveis. Porém, as atitudes rudes com intenção costumam contaminar toda a equipe. Quando isso acontece com colegas, é importante evitar ao máximo o atrito e limitar-se ao relacionamento no campo profissional. Quanto tal atitude está relacionada à chefia, a situação torna-se mais delicada", pondera André. O diálogo franco é sempre a solução mais indicada. Caso não haja forma de entrar em um entendimento através de uma conversa, o melhor é denunciar. "Os profissionais devem avaliar as causas da grosseria. Quando ocorre de forma pontual, deve-se tentar entender o que provocou aquilo. Mas se a situação é recorrente, se o profissional sente-se acuado ou até mesmo a grosseria está relacionada a assédio moral, não vejo problema em o profissional denunciar", aconselha André. Mas o funcionário geralmente fica bastante receoso de tomar uma medida legal e ser demitido, ou, ainda pior, ficar "marcado" no mercado de trabalho. Por isso, tolera atitudes grosseiras. "A maior dificuldade do empregado é provar que ocorreu o assédio. Essa nos parece a maior razão para que não se procure a Justiça nos vários casos em que ele ocorre", esclarece Ricardo, completando: "No mercado de hoje, em razão das inúmeras oportunidades, difícil o empregado ficar marcado. Na verdade, isso se trata de uma lenda", diz. O problema é que esse tipo de comportamento de alguém da equipe - seja chefe ou não - pode ocasionar danos para todo mundo. Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos constatou que aproximadamente 70% dos pedidos de demissão não estão relacionados à cultura da empresa ou falta de chance de crescimento. O motivo está ligado aos relacionamentos complicados com chefes imediatos. E, se não há jeito de se entender com a chefia, é o caso de se avaliar a troca de área ou até mesmo de empresa. "Vale ressaltar que, em ambos o casos, o profissional deve tentar manter a calma, já que partir para o confronto poderá agravar o cenário", aconselha o especialista. O profissional também deve cogitar mudar de emprego quando ele sentir, por exemplo, que os comportamentos agressivos vindos da chefia estão prejudicando o seu desempenho profissional, ou até mesmo quando a situação minar a sua disposição para o trabalho. De acordo com André, muitas vezes, situações do tipo fazem com que os profissionais percam a vontade até de ir para o escritório ou realizar as tarefas do dia a dia. Mesmo depois de toda essa conversa você ainda não sabe identificar se passa por situações de exposição a maus-tratos do chefe? Então aqui estão alguns exemplos - das mais sutis às mais explícitas. Veja: - Um gesto "balançar de cabeça no sentido negativo", desde que reiterado quando manifestada uma opinião sobre um trabalho em reunião; - Um sorriso carregado de cinismo (reiteradas vezes) por um colega de trabalho; - O franzir da testa reiteradamente como atitude de reprimenda a uma ideia lançada; - A retirada aos poucos de funções que antes eram delegadas para determinado empregado, como passar a não convidar determinado empregado para frequentar reuniões que outrora participava; retirada de instrumentos de trabalho; transferências de setor; requerimento de realização de trabalhos que não possuem qualquer utilidade para a empresa; requerer trabalhos e metas impossíveis de cumprimento; - Constantes "brincadeiras", principalmente àquelas de péssimo gosto. Nesse contexto, temos apelidos vinculados ao trabalho como "homem-tartaruga" para indicação da lentidão de um funcionário no processo produtivo; - Prêmio para o pior funcionário do mês, com a exibição da foto do funcionário pelo mês todo na sala de reunião de equipe de vendas ou o apelido de "homem-perfeito" para o funcionário detalhista; - Respostas duras na frente dos outros colaboradores; - Nunca elogiar e só olhar o lado ruim; - Roubar as suas ideias ou não dar o devido crédito para elas; - Gritar com os colaboradores; - Tentar prejudicar algum colaborador. Muitas vezes os maus-tratos não são evidentes e se camuflam em situações do dia a dia, por meio das chamadas retaliações. A dica para esses casos é avaliar a situação para entender se o chefe de fato tentou prejudicá-lo. O conselho dos especialistas é manter a calma e tentar resolver da melhor forma possível. "Nunca se deve elevar o tom da voz e é preciso manter ao máximo a tranquilidade, já que o confronto tende a agravar ainda mais a situação", sinaliza. Para Ricardo, o assédio moral é muito perigoso para as empresas, sob pena de levar a bancarrota uma imagem construída ao longo do tempo, além de eventual condenação judicial pela prática. "É preciso a criação de mecanismos internos e de políticas de liderança com responsabilidade no seio da empresa, compreendendo as diferenças existentes entre seus empregados", diz. Só assim a empresa mantém sua imagem e um ambiente produtivo que tem como consequência o sucesso econômico. E o que dizer do empregado? Ah, esse mantém a saúde intacta. Porque situações como essas estressam. E como estressam! Siga Yahoo! FinançasBR no Twitter, torne-se fã no Facebook
Posted on: Mon, 15 Jul 2013 05:16:47 +0000

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