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Compartilho aqui uma opinião do meu marido que, ao meu ver, resolveria o problema de saúde no Brasil: ACABAR DE VEZ COM O SISTEMA PRIVADO DE SAÚDE. A vida humana nunca foi tão comercializada como atualmente. Seja num consultório, clínica, centro médico ou hospital, não importa, a maioria deles te vê como um cifrão ambulante. Os diálogos com as atendentes, por telefone, geralmente são assim: _ Preciso marcar consulta urgente com o endocrinologista. _ É convênio ou particular? _ Convênio. _ Qual? _ Plano "X". _ Qual tipo? _ Básico. _ Me desculpe, mas só tenho como agendar pra daqui a 3 meses. _ Mas é encaminhamento. Estou com a glicemia altíssima, fui parar na emergência este fim-de-semana, não há como ver um encaixe. _ Me desculpe, senhor, mas realmente não tenho como encaixá-lo. Posso ajudar em algo mais? Indignada, a pessoa desliga, mas fica encucada com tanta pergunta antes da atendente responder se havia ou não horário e liga, novamente, de outro telefone. _ Gostaria de marcar consulta com endocrinologista? _ É convênio ou particular? _ Particular. _ Temos encaixe para amanhã. A consulta custa 150,00. _ Ué? Mas ainda a pouco liguei e você não disse que não havia nem como encaixar. Conveniados têm tratamento diferente? _ Temos 2 agendas, senhor, para conveniados e particulares. Isso é padrão em qualquer consultório. (...) E aí? Tá certo isso? Acabei de reproduzir uma conversa real, onde meu marido era a pessoa que queria marcar a consulta. E não foi a primeira vez. Ocorreu episódio semelhante em São Paulo, com outro plano que tínhamos. Como pode alguém que está com a saúde comprometida, sendo encaminhada, deixando claro que precisa se consultar com urgência, ser agendada para daqui a quatro meses? E não estamos falando de SUS e sim de alguém que paga convênio. Estamos ou não na M* neste país no setor da saúde? De um lado temos um governo que não está nem aí (afinal, se preocupar pra quê se eles têm os melhores hospitais ao seu dispôr?), que quer resolver a situação trazendo cubanos especializados em medicina preventiva e que serão enviados para o interior do país, onde nem hospital tem. De outro, temos uma classe onde grande parte está mais preocupada em lucrar com os "negócios". Se tivéssemos apenas hospitais públicos (mas sem privilégios no atendimento, seguindo o rigoroso sistema de ordem de chegada, tal como ocorre com doação de órgãos), queria ver se esta bagaça não melhoraria.
Posted on: Thu, 01 Aug 2013 02:13:21 +0000

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