Conheça a história da independência do Brasil por um enfoque - TopicsExpress



          

Conheça a história da independência do Brasil por um enfoque diferente dos contados nos livros de história. A verdadeira história. Conheça os fatos internos que levaram ao Grito do Ipiranga, em 7 de setembro de 1822. A Independência do Brasil e a Maçonaria A História da nossa Independência está intimamente ligada com a Fundação do Grande Oriente do Brasil, Obediência Mater da Maçonaria Brasileira. Apesar do farto material documental existente, pouco se publica sobre o papel importante, decisivo e histórico que a Maçonaria, como Instituição, teve nos fatos que precipitaram a proclamação da Independência. Deixar de divulgá-los é ocultar a verdade e conseqüentemente ocorrer no erro da omissão, que nem a História e nem o tempo perdoam, principalmente para com aqueles nossos Irmãos, brava gente brasileira, que acreditavam, ou ainda mais, tinham como ideário de vida a Independência da Pátria tão amada. O Objetivo principal, sem dúvida nenhuma, da criação do Grande Oriente, foi engajar a Maçonaria na luta pela Independência Política do Brasil. Desde sua descoberta em 1500, o Brasil foi uma Colônia Portuguesa, sendo explorada desde então pela sua Metrópole. Não tinha, portanto, liberdade econômica, liberdade administrativa, e muito menos liberdade política. Como a exploração metropolitana era excessiva e os colonos não tinham o direito de protestar, cresceu o descontentamento dos brasileiros. Inicia-se então as rebeliões conhecidas pelo nome de Movimentos Nativistas, quando ainda não se cogitava na separação entre Portugal e Brasil. Estampava-se em nosso País o ideal da liberdade. A primeira delas foi a Revolta de Beckman em 1684, no Maranhão. No início do século XVIII, com o desenvolvimento econômico e intelectual da colônia, alguns grupos pensaram na Independência Política do Brasil, de forma que os brasileiros pudessem decidir sobre seu próprio destino. Ocorreu, então, a Inconfidência Mineira (1789) que marcou a história pela têmpera de seus seguidores; depois a Conjuração Baiana (1798) e a Revolução Pernambucana (1817), todas elas duramente reprimidas pelas autoridades portuguesas. Em todos estes movimentos a Maçonaria se fez presente através das Lojas Maçônicas e Sociedades Secretas já existentes, de caráter maçônico tais como: "Cavaleiros da Luz" na Bahia e "Areópago de Itambé" na divisa da Paraíba e Pernambuco, bem como pelas ações individuais ou de grupos de Maçons. Com efeito, o Brasil prosperava a olhos vistos. Sua grande riqueza natural determinava o célere progresso, uma ascensão vertiginosa entre as demais nações, contrastando com o notório estacionamento, senão declínio de Portugal. Por isso, depois da volta de D. João a Lisboa, ampliou-se a política de reação a tudo quanto se tinha fundado no Brasil. A permanência de D. Pedro no Rio de Janeiro decepcionou a Assembléia das Cortes, que esperava o retorno de toda a família real e o conseqüente abandono da terra brasileira ao Governo das Juntas Provinciais, cuja formação era ruidosamente promovida em Lisboa. Pressentiam os portugueses que o engrandecimento do Brasil ocasionaria sua inevitável emancipação política, o que seria de resultados desastrosos para a Metrópole, que tinha nesta opulenta colônia seu maior sustentáculo econômico. Com essa clara visão do futuro, resolveram as Cortes empenhar-se em inglória batalha, no sentido de fazer o Brasil regredir, para enfraquecer-lhe o nacionalismo crescente. Afinal, em 29 de setembro de 1821, aprovaram-se os Decretos nº 124 e 125. O primeiro extinguia os governos provinciais independentes, restabelecendo as juntas provisórias de governo com “toda a autoridade e jurisdição na parte civil, econômica, administrativa e de polícia”, ficando subordinados às juntas “todos os magistrados e autoridades civis”. O segundo, como ponto nevrálgico, determinava o imediato regresso a Portugal do Príncipe D. Pedro I. O historiador português ROCHA MARTINS, em “A independência do Brasil”, sintetiza o fato: “Era uma situação singular de regresso ao período colonial, uma medida irritante, despótica, só própria para ferir as suscetibilidades brasileiras”. Simultaneamente, aqui, a Maçonaria inflamava o movimento emancipador, fazendo agigantar-se a consciência nacional e despertar o anseio já incontido de ver surgir um Brasil livre. Nos redutos maçônicos, particularmente na Loja “Comércio e Artes”, que se reinstalara em 24 de junho daquele ano (1821), intensificou-se o trabalho pela organização, no reino ultramarino, de um governo livre e independente, sob a regência do Príncipe D. Pedro I, que por influência dos maçons se rebelara contra os Decretos 124 e 125. Naqueles três meses seguintes, tal era o burburinho da nacionalidade que o Intendente-Geral da Polícia, João Inácio da Cunha, comunicou-se com o Ministro do Reino, por ofício de conteúdo sigiloso, informando-lhe da impossibilidade de agir com as tropas de que dispunha, pois estavam os seus integrantes, na maioria, filiados à Maçonaria. E terminava o ofício com o seguinte enunciado: “... o movimento da Independência é por demasia generalizado pela obra maldita dos maçons astuciosos, sob a chefia de GONÇALVES LEDO”. Núcleo da idéia de emancipação, a Loja “Comércio e Artes”, sob a liderança de Gonçalves Ledo, trabalhava infatigavelmente. Desponta, no entanto, um ardoroso patriota e maçom, o Capitão-Mor José Joaquim da Rocha, e planeja o empreendimento de que resultou “O FICO”, definitivo ato de rebeldia de D. Pedro I contra as Cortes de Lisboa, que insistiam em seu retorno a Portugal. Os malsinados decretos das Cortes chegam ao Rio de Janeiro, no dia 09 de dezembro de 1821. Precisamente nesse dia, José Joaquim da Rocha funda em sua casa o “CLUBE DA RESISTÊNCIA”. O Clube visava, precipuamente, projetar com segurança a adesão de D. Pedro I ao movimento nacionalista. Para evitar a vigilância da Polícia, reuniam-se na residência de José Joaquim da Rocha, na Rua da Ajuda, e muitas vezes na cela de Frei Sampaio, no Convento de Santo Antônio, onde se realizavam verdadeiras sessões maçônicas. Depois do vitorioso episódio do FICO, o “Clube da Resistência”, sob a direção de José Joaquim da Rocha, foi transformado em “Clube da Independência” e, mais tarde, na Loja “09 de janeiro”. Prosseguiu desenvolvendo-se, intensamente, o movimento da emancipação política, sempre com a iniciativa dos maçons. Mário Melo, em seu livro “A Maçonaria no Brasil”, anota que ninguém era iniciado nas Lojas Maçônicas sem que fosse conhecida sua opinião sobre a Independência do Brasil e os candidatos assinavam um termo de compromisso de defendê-la. No dizer do historiador Assis Cintra, “a independência era fatal, era um fruto maduro pendente da árvore, prestes a ser colhido. Em todos os recantos fervilhava o ardor patriótico. Nas Lojas Maçônicas, generais, doutores, juízes, almirantes, funcionários públicos, capitalistas, fazendeiros, artífices e até padres dos mais ilustres desse tempo, conspiravam” Domingos Alves Branco Muniz Barreto, em sessão da loja “Comércio e Artes”, propôs que se desse ao Príncipe um título conferido pelo povo, de “Protetor e Defensor Perpétuo do Brasil”. A idéia foi aprovada por todos e marcaram a data de 13 de maio, dia do Aniversário de D. João VI. D. Pedro I disse que aceitava o Título, mas sem o “Protetor”, apenas como “Defensor”. Avançava, desse modo, a evolução política para o 07 de setembro de 1822, tudo temperado e argamassado nas disposições cada vez mais fortes das Lojas Maçônicas. Era preciso, ainda, fazer maçom o Príncipe D. Pedro I. José Bonifácio já lhe falara da Maçonaria, da ação de Gonçalves Ledo e outros líderes maçônicos. Não seria ele o primeiro Príncipe a conhecer os preceitos da Ordem. Reis e Imperadores, na Europa, haviam sido maçons. Assim, a 13 de julho de 1822, foi aprovada sua proposta de admissão, endossada por José Bonifácio. A 02 de agosto de 1822, D. Pedro I era iniciado na Loja “Comércio e Artes”, “ardendo em curiosidade, a fantasia despertada pelo mistério de um rito perfumado de magia oriental” – como escreve Pedro Calmon, em “A Vida de D. Pedro I”. Recebeu o nome histórico de “Guatimozim”. Mas, por que “Guatimozim” e o que significava isso? Trata-se do último imperador Asteca morto em 1522, conforme conta-nos, parabolicamente, o historiador Rocha Martins, em sua obra “A Independência do Brasil”: Da iniciação ao Grão-Mestrado, o certo é que o ingresso de D. Pedro I na Maçonaria resultou de sua mais íntima ligação com a causa de independência. Foram os maçons que o proclamaram Imperador e, em conseqüência, a própria libertação política do Brasil, em sessão de 20 de agosto de 1822 do Grande Oriente do Brasil, quando D. Pedro I se encontrava em viagem para São Paulo. Na verdade, como afirmam em uníssono os historiadores, maçônicos e profanos, no dia 20 de agosto de 1822, Gonçalves Ledo propôs e se aprovou por unanimidade “que fosse inabalavelmente firmada a proclamação de nossa independência e da realeza constitucional na pessoa do augusto príncipe”. Aliás, o próprio Ledo, em vibrante artigo no “Revérbero”, já o concitara antes: “Príncipe! Não desprezes a Glória de ser o fundador de um novo império”. Em nota à margem do livro “História da Independência do Brasil”, de Adolfo Varnagem, escreve o Barão do Rio Branco. “No dia 23, em outra sessão, ainda presidida por Gonçalves Ledo, continuou-se a discussão. Por proposta sua, foram nomeados os emissários, que deviam ir tratar a aclamação nas diferentes províncias, entre eles, Januário Barbosa, designado para ir a Minas, João Mendes Viana, para Pernambuco, e José Gordilho de Barbuda, para a Bahia. Vários maçons ofereceram as somas necessárias para as despesas de viagem”. Assim, na tarde de 7 de setembro de 1822, às margens do Ipiranga, D. Pedro I limitou-se com seu gesto a promulgar o que já fora resolvido a 20 de agosto no Grande Oriente do Brasil. Segundo Adelino de Figueiredo Lima, em “Nos Bastidores do Mistério”, “INDEPENDÊNCIA OU MORTE” era a denominação de uma das “palestras” da sociedade secreta “Nobre Ordem dos Cavaleiros de Santa Cruz”, conhecida por “Apostolado”. Sabe-se, hoje, que essa sociedade foi fundada por José Bonifácio. D. Pedro I era, com o título de Archonte-Rei, o presidente, sendo José Bonifácio, já então Grão-Mestre da Maçonaria, seu lugar-tenente. O “Apostolado”, a que também pertenciam outros maçons ilustres, possuía rituais próprios, liturgia bastante severa e sinais e palavras de reconhecimento, exprimindo motivos patrióticos, o que evidenciava os fins políticos da sociedade. Indiscutível, afinal, é que a independência política de nossa terra foi, certamente, assinalada com o FICO, em 09 de janeiro, declarada pela Maçonaria em 20 de agosto e consagrada em 07 de setembro, com o brado do Maçom D. Pedro I. Disse-o bem Gustavo Barroso, em sua obra “História Secreta do Brasil”: “A Independência do Brasil foi realizada à sombra da Acácia, cujas raízes prepararam o terreno para isso”. Texto do Ir∴ JOSÉ ROBSON GOUVEIA FREIRE. Adaptação do texto pelo Ir∴ Antônio César Dutra Ribeiro. Publicado em: maconariacapixaba.blogspot.br/
Posted on: Sat, 07 Sep 2013 01:58:14 +0000

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