Convém que se não esqueça que a ideia vem de MLR e do seu projeto de uma profissão docente construída à imagem da profissão médica, hierarquizada, funcionalizada e orientada para resultados medíveis objetivamente. A ideia é disparatada e perigosa, porque não toma em linha de conta que, ao contrário da medicina (e mesmo aí...), os alunos não estão em situação de passividade e os fins educativos não são tão claramente identificáveis e consensualizáveis como num hospital. Mas a coisa é mais ridícula agora, porque ao contrário de MLR, aquilo que Crato decretou é uma escola e uma profissão docente à imagem do mais elementar e instrumental operariado, completamente destituído de autonomia ou orientação para fins éticos e pedagógicos autónomos. Temos, então, que para ser operário da educação, Crato exige cinco anos de estudos superiores, um estágio de um ano, um ano probatório e, finalmente, um exame, cuja concretização sempre levantará polémica e confusão É difícil imaginar profissão mais cara para tão baixo estatuto profissional!
Posted on: Wed, 24 Jul 2013 09:21:47 +0000
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