Crítica: A primeira temporada de “Hannibal” A série mais - TopicsExpress



          

Crítica: A primeira temporada de “Hannibal” A série mais ousada da TV americana encerrou sua primeira temporada. “Hannibal” passou a perna em todo o mundo, incluindo no público. Admito que, ao ouvir falar de “Hannibal”, a minha primeira reação foi torcer o nariz. Para que reviver uma história icônica? Claro que, assim como “Bates Motel”, a série quebrou a minha cara. “Hannibal” estabeleceu seus personagens como algo único. O dr. Hannibal Lecter interpretado por Mads Mikkelsen tem muito do Hannibal de Anthony Hopkins, mas ao mesmo tempo é um outro personagem. O mesmo vale para Jack Crawford (Lawrence Fishbourne), Freddie Lounds (Lara Jean Chorostecki) e o próprio Will Graham (Hugh Dancy) recriaram personagens que já tínhamos visto nos filmes, de outra maneira. Mas admito que uma das personagens que eu mais gostei foi Bedelia (Gillian Anderson), a psiquiatra do próprio Hannibal. É uma mistura da minha quedinha pela Gillian Anderson com o brilhantismo das cenas de terapia da série. Toda essa atuação brilhante, de todo o elenco, foi acentuada pela direção e pela estética da série, bem distinta. Com uma fotografia escura, cheia de nuances, e com o vermelho (não só do sangue) bem destacado, é fácil identificar cenas de “Hannibal”. A trilha sonora também ajudou bastante no clima. Ainda que a série abuse um pouco da fé do público, o objetivo não é corresponder à realidade. “Hannibal” foge da verossimilhança, tornando Will quase um médium, Hannibal um verdadeiro gênio e Jack incrivelmente crédulo e suscetível às armações do psiquiatra. E não se pode dizer que a série é divertida. O termo correto seria entreter: a série nos absorve para o universo mostrado, e por vezes, para nós, assim como para Will, é difícil olhar. Dito tudo isso, o final da temporada foi perigosamente previsível e deu uma sensação terrível de desespero. Ver Hannibal manipular todos eficientemente, levar Will à cadeia e ainda se vangloriar disso não foi uma coisa agradável de se assistir. Todos sabemos o final da história, e a inversão de ver Hannibal ir visitar Will na cadeia foi interessante, mas ao mesmo tempo dolorosa, pois a série já nos fez amar Will. A morte de Abigail (Kacey Rohl) também foi complicada. Mas numa série em que o serial killer matou mais de quatro pessoas e serviu a carne para convidados num jantar, matar personagens queridos não é o mais chocante.
Posted on: Tue, 25 Jun 2013 04:27:29 +0000

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