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Curiosidades genealógicas para pesquisas: Haroldo Pacheco da Silveira Santos A partir da genealogia do autor (probando) descrição de algumas características fenotípicas para possíveis estudos na área de Genética. I- Trisavós da mãe: 1- Louise Dorothea Lother – Nascida na Pomerânia, filha de Christine Ronspet ou Rosset (pouco legível em documento) e David Lother. Na época de seu nascimento os tipos antropológicos predominantes na região eram o Nórdico ou Cimeriano e o Báltico ou Leste-Europeu, mas ali não devia ser pequena a presença de indivíduos em parte descendentes de ugro-fínicos, dináricos e alpinos. A família de Louise viveu muito próxima da Kashubia, região de uma etnia de origens controversas que pode ser descendente da mistura de soldados mongóis de Gêngis Khan com mulheres germânicas. Embora o que se observa do fenótipo dos atuais descendentes de kashubos induza a pensar em origens báltica e eslava. Houve emigração de franceses para a Pomerânia, que ficava perto da região de maior concentração de judeus na Europa. A Pomerânia Ocidental é separada da Oriental pelo rio Vístula, onde situa-se há muito tempo uma variedade do tipo Báltico. 2- Karl Friedrich Siedschlag – Nasceu na Pomerânia, filho de Christine Graesse e Christian Friedrich Siedschlag. Johann Georg Theodor Graesse nasceu em Grimsby em 31/JAN/1814, foi filólogo e bibliotecário e faleceu em Niederlössnitz, perto de Dresden. Um artista chamado Wolfgang Graesse nasceu em 1930 na Alemanha. A pintora profissional Anne Marie Elisabeth Graesse nasceu em 1933 na Bulgária, filha de pai alemão e mãe húngara. Sua mãe ajudava a organizar a fuga de judeus do território do Reich para a Europa livre. Pelo menos alguns Siedschlag eram descendentes de judeus mas os primeiros deste sobrenome talvez fossem mongóis ou eslavos do Oeste, porque Siedschlag significa “rebatidos do Sul”. A partir das listas de imigrantes pomeranos que se dirigiram à colônia que deu origem a Joinville-SC (Colônia Dona Francisca) ou que passaram ali perto, pelo porto de São Francisco do Sul-SC, pode-se deduzir que não foram poucos os imigrantes de origem israelita nessas levas. Isto não só por causa de sobrenomes como Abraham, Ephraim (de um imigrante que se dirigia para Blumenau), Hahnemann, Krebs, Rapopport, Retzlaff, Rossow, Severin e Unger, mas também porque alguns outros constavam como de religião israelita ou em “religiões diversas”. Declaradamente de religião judaica era por exemplo o imigrante Jacob Block, da Rússia. Mas a Colônia Dona Francisca foi formada principalmente por colonos alemães, suíços e noruegueses. Alguns contemporâneos do autor que tinham antepassados israelitas eram descendentes de imigrantes pomeranos que se estabeleceram na Colônia Dona Francisca, como é o caso dos Rudnick. Leopold Rudnick nasceu em 1838 em Steinforth (localidade que depois mudou de nome para Trzyniec) e casou com Laura Friederike Raabe, nascida em Karwitz. Os Schossland que o autor conheceu em Joinville-SC eram descendentes de judeus e com árvore genealógica remontando ao século XV mas seguiram religiões cristãs. 3- Louise Friederika Marie Dorothea Behling – Filha do lavrador David Behling. 4- Johann Erdmann Klug – Agricultor da Pomerânia que foi cozinheiro no Hotel Tannenhoff em Joinville-SC. No seu caso talvez Erdmann não seja sobrenome porque em sua região de origem houve um nobre deste sobrenome que era intercalado em nomes como homenagem. Klug significava na Idade Média algo limpo passando depois a significar esperto e inteligente. Diversas pessoas deste sobrenome em diferentes países seguiram o Judaísmo. Por exemplo em Curitiba-PR uma Rosa Klug, que casou com um Geller. O indivíduo mais famoso deste sobrenome é o Prêmio Nobel de Química de 1982, Aaron Klug, com antepassados que viveram na Lituânia. Também da área científica consta William S. Klug, do College of New Jersey, autor de “Concepts of Genetics” juntamente com Michael R. Cummings. 5- Maria Madalena Luciana Alves da Silva – Catarinense filha de Maria Luciana Alves (ou Luciana Alves da Silva) e do alemão Johann Georg Brenneisen, cujo sobrenome materno parece que era Poeman ou Meyer. Este Johann foi padeiro, tecelão e soldado mercenário a serviço do Brasil. Após o falecimento de um irmão acrescentou a seu próprio nome o nome daquele (Friedrich). Avós maternos: Luciana Fernandes do Nascimento (que descendia das famílias Luz, Gonçalves, Fernandes Ortunho e Gonçalves Lamim, esta última provavelmente descendendo da família judaica Lamy, nome de uma localidade em São Francisco do Sul) e Joaquim Alves da Silva ou Joaquim José de Santa Anna, nascido em 25/JUL/1798, filho de Theresa Lopes do Valle ou do Bairro e José Lourenço Alves ou Alves Lourenço ou Alvares. Os pais de Theresa eram Silvana Enriques ou da Silva e Thimóteo Lopes e os de José eram Anna da Silva de Jesus e Lourenço Alves, este último nascido em Portugal em cerca de 1748. Pelo menos alguns Ortunho antigos eram de uma família judaica espanhola que lutou contra os mouros. Muitos de sobrenome Fernandes eram descendentes da família Abravanel mas não se pode generalizar muito isto para os sobrenomes atuais porque entre os ibéricos era comum o uso do sufixo ES na formação de sobrenomes, por exemplo o descendente direto ou sobrinho de um Vasco passava a assinar-se Vasques, de um Domingos usava Domingues, de um Gonçalo Gonçalves e assim por diante. Quanto ao sobrenome Rodrigues muitas vezes indica a família Cohen-Roderick, a mais dizimada pela Inquisição em Portugal. Mendes muitas vezes indica origem israelita. No litoral Norte do estado de Santa Catarina os descendentes dos bandeirantes vicentistas parecem ter se misturado bastante com os descendentes dos índios Carijós, como no caso de uma numerosa e antiga família Amaral que colonizou uma região de Joinville conhecida como Morro do Amaral. Segundo alguns pesquisadores os carijós poderiam ser em parte descendentes da antiga população dos sambaquis e/ou de náufragos (entre os quais se encontrava um mulato). 6- José Leite Pereira – Talvez o mesmo cujo corpo foi sepultado em Joinville-SC, porque viveu pelo menos um pouco nessa cidade. Uma Augusta Fiebig Leite, de 39 anos em 21/DEZ/1901 e natural da Bahia, era esposa de um José Leite Pereira em Joinville e parece ter vivido nessa cidade no bairro Itinga. 7- Segundo informação da avó materna do autor seria inglesa. O autor considerou esta informação verossímil porque a mesma informante deu diversas outras informações que foram confirmadas. Provavelmente viveu na região da atual Florianópolis-SC. Isto deduz-se não só porque a família de seu filho era considerada proveniente desta região mas também porque aí desembarcaram alguns imigrantes ingleses. 8- José Bento da Costa – Provavelmente não era açoriano e parece não ser descendente de açorianos que chegaram em Santa Catarina no século XVIII. Um sobrenome Bento originou-se da família israelita Baruch. Uma das famílias Costa em Portugal veio dos judeus da família Abenhacar, de um ramo desta chamado Abenhacar da Costa porque viveu no litoral. 9- Maria Rosa de Jesus – Do Sul de Santa Catarina, talvez filha de francesa, do que se depreende de uma vaga tradição oral da família do avô materno do probando. Em Santa Catarina havia uma política de direcionar os imigrantes franceses mais para o Sul da província enquanto os espanhóis eram direcionados para o Norte, a fim de evitar conflitos de fronteira. 10- Antônio Fernandes Lima – Da região de Tubarão-SC. Provavelmente oriundo de uma família portuguesa da cidade do Porto, que pode ser a mesma de origem israelita que emigrou para o Nordeste do Brasil. Muito possivelmente neto de Manuel Fernandes Lima, nascido em Laguna-SC e Maria Josefa de Jesus, natural de Laguna ou de Enseada do Brito, que tiveram pelo menos 5 filhos: Manuel, Ana Maria, Maria Josefa, José e Polucena Maria, esta última casada com Feliciano José da Veiga. O primeiro destes filhos de Manuel e Maria Josefa, também Manuel, nasceu em Laguna, onde em 03/MAI/1796 casou com Joana Maria Joaquina, da família de Antônio de Sousa Nunes. Um Tomás Fernandes Lima nasceu na cidade portuguesa do Porto e faleceu em Laguna-SC entre final de 1793 e 06/MAR/1812. Este Tomás casou com Rosa de Sousa, açoriana da Ilha Terceira falecida em Laguna-SC a 15/MAR/1830, com cerca de 94 anos. Tomás e Rosa tiveram pelo menos 3 filhos: Francisco, Ana Maria do Rosário e João. 11- Maria Florinda da Silva – Catarinense de origem açoriana pelo menos em parte. Filha de Florinda Rosa de Jesus e Constantino José da Silva. Avós maternos: Josefa Joaquina e José Silveira Goulart, que talvez seja o mesmo José Joaquim Silveira Goulart que teve 3 esposas, sendo a primeira delas uma Josefa Joaquina. Remotamente os Silveira Goulart eram de origem judaica: Gulat do Sul da França transformou-se em Gouilward, Gevaert e Goulart. Em Santa Catarina Gevaert transformou-se em Gevaerd. Estes Silveira vinham de Van der Haagen, originária de judeus alemães que foram para a Holanda. Segundo o que consta na Internet estes sobrenomes se entrelaçaram mais de uma vez no começo desta família. O Wilhelm van der Haagen que aportuguesou o sobrenome para Silveira seria por parte de um avô descendente da nobreza de Portugal. A esposa de Wilhelm seria descendente do rei São Luís (Luís IX da França) por mais de uma linhagem. Segundo o escritor João Paulo da Fontoura, de Taquari, no site mujahdincucaracha.blogspot.br/2013/05/origem-dos-sobrenomes.html, praticamente todos os açorianos do Sul do Brasil descendiam deste Wilhelm. 12- Laurindo Rodrigues de Figueredo – Catarinense filho de Felicina Rosa de Jesus e Joaquim Rodrigues de Figueredo. Avós maternos: Marcelina Rosa de Jesus e João Silveira Goulart, ambos da localidade de Enseada do Brito, em Florianópolis-SC. Avós paternos: Leonor Rosa de Jesus e Manoel Rodrigues de Figueredo. Leonor era filha dos açorianos Maria Rodrigues e Manoel Dutra de Medeiros, que segundo um documento eram da Ilha de São Jorge e segundo outro eram da Ilha Graciosa. Sobre a filiação de Manoel Rodrigues de Figueredo ou Figueiredo paira uma dúvida sobre de qual dos casamentos de seu pai foi fruto. Seu pai era Antônio Rodrigues de Figueredo, que nasceu aproximadamente em 1736 em Paranaguá, cidade do litoral paranaense. O primeiro casamento de Antônio foi com a catarinense Anastácia da Silva, nascida em Laguna. O segundo casamento foi com Maria Rosa de Jesus, açoriana da Ilha de São Jorge, que casou em Laguna-SC em 21/FEV/1791 com o espanhol Juan Antonio Chinchon, nascido no Bispado de Burgos, filho legítimo de pai de mesmo nome e de Francisca Lopez. Parece que os Rodrigues de Figueredo, às vezes grafados com I, eram de origem cristã-nova. Na região de Laguna-SC entrelaçaram-se muito com outra família Figueiredo, esta de origem açoriana. 13 e 14- Pais de Maria Rosa de Jesus, que provavelmente era catarinense e com alguns antepassados ameríndios. 15- Maria de Jesus. 16- Tomé José Pacheco – Provavelmente de nacionalidade portuguesa porque esta era a nacionalidade de seu filho e também porque na região de Laguna-SC duas numerosas famílias de sobrenome Pacheco não têm relação de parentesco conhecido entre si. A origem mais provável do sobrenome Pacheco é a celta. Inclusive porque foi usado pela rainha celta Boudicca, que liderou revolta contra os romanos. Mas foi um sobrenome muito adotado por judeus e teria se originado de Pessach (Páscoa). Segundo alguns os druidas eram levitas. Embora a cultura celta tenha se originado a partir de 4 culturas antigas e entre os povos celtas antigos pareça ter havido tipos dinárico, alpino, nórdico e mediterrâneo. II- Trisavós do pai: 1- Anna Maria da Conceição – Provavelmente de origem portuguesa. 2- José Alves Marçal – Seria parente do famoso padre Joaquim Francisco Pereira Marçal, que viveu na cidade catarinense de Parati, que depois mudou de nome para Araquari. Este padre teve filhos nessa região e faleceu em 01/AGO/1885, de nefrite. Este padre era irmão de Maria Clara da Conceição (que casou com Joaquim Antonio de Oliveira Correia) e filho de José Francisco Pereira – que nasceu aproximadamente em 1800 sendo vereador 20 anos depois – e de Bárbara Maria de Jesus, da família Castilho de Quadros de origem judaica a que pertenceu o ex-Presidente da República Jânio da Silva Quadros e que em parte teve o nome modificado para Castilhos, que é nome de outra família, de origem portuguesa. José Francisco Pereira era filho de Josefa Maria do Nascimento e Pedro Álvares Pereira, nascido em Iguape. Josefa era filha de Ana Pires dos Santos e do genovês Domingos de Oliveira Patram. 3- Rita Cândida do Nascimento (Ferreira) – Sua mãe seria cafuza ou de tipo parecido com este e seu pai provavelmente foi dono de escravos. 4- Antônio José de Carvalho – Seria parente do farmacêutico francisquense Manoel Deodoro de Carvalho, o que – juntamente com outros indícios como a riqueza de seu filho e pela exclusão na presente genealogia da família Carvalho de um cartório de São Francisco do Sul, família esta proveniente de Paranaguá-PR – leva a supor que seria filho de 2 primos, ambos da família Carvalho Bueno ou Bueno de Carvalho. Mas é também muito possível que seja o mesmo Antônio José de Carvalho que foi batizado em Penha-SC em 17/MAI/1809, filho de Margarida Rosa de Jesus e Francisco José de Carvalho. Seria então neto materno de Ana Tavares de Miranda e Antonio da Silva Coutinho e paterno de Francisca Xavier e João Mathias de Carvalho, que de outro casamento (com a francisquense Ana Maria de Oliveira Borges) teve o último Capitão-mor de São Francisco do Sul, Antônio de Carvalho Bueno (1774-1841). Esta família Carvalho Bueno descende de Thomé Martins Bonilha, filho de Francisco Martins Bonilha, natural de Castela, e de Leonor Leme, filha de Matheus Leme, de quem Thomé teve entre outros filhos Matheus Martins Leme, um dos principais dos primeiros povoadores de Curitiba falecido em 1697 (e não em 1695 como registrou Negrão). Este Matheus casou com Antônia de Góis, de quem teve Maria Leme, que de Manoel Picam de Carvalho, filho de Anna Maria e Manoel Picam de Carvalho, teve o filho João Carvalho de Assunção, que do casamento com Maria Bueno da Rocha teve o filho João Mathias de Carvalho. Em 05/MAI/1825 faleceu em São Francisco do Sul, com 50 anos, de “cerões amalignados” (sic) um Manoel Boeno de Carvalho, casado com Paulina Ribeira, que faleceu em 14/JUL do mesmo ano. 5- Thomazia – Casada com 6- Joaquim Alves da Silva – Talvez filho de Maria Joaquina Alves da Silva e João Alves Ribeiro. Esta Maria seria irmã de José Lourenço Alves pai de outro Joaquim Alves da Silva, já citado acima como avô da Maria Madalena, uma das trisavós da mãe do probando. 7- Genoveva de Souza – Talvez de família de Florianópolis-SC. 8- Inácio José da Silveira (Jr.) – Filho da francisquense Maria de Oliveira e de Inácio José da Silveira (Sênior), que nasceu em São Miguel da Terra Firme, onde atualmente se situa Biguaçú-SC, filho dos açorianos Maria de Ascensão e Domingos da Silveira. Maria de Oliveira era filha de Ana Lopes e Thomé Peres. Inácio José da Silveira (Jr.) doou terreno de 100 braças para a construção da igreja católica da Vila da Glória. Ali perto tinham terras Jordão Silveira e outros da mesma família, que se estendeu principalmente para a parte continental de São Francisco do Sul, para o Centro da cidade deste município e para a localidade francisquense de Laranjeiras. Uma de suas irmãs casou com Manoel José de Oliveira, o Pendica, ativo membro do Partido Conservador em Santa Catarina (onde esse partido era chamado de Partido Cristão). 9- Rita Caetana de Jesus – Francisquense filha de Caetana Maria de Jesus ou da Silva e de João Antônio Monteiro. Caetana Maria de Jesus ou da Silva nasceu na Ilha de Santa Catarina, filha de Maria da Silva (também nascida ali) e do português José da Silva Santos, natural da cidade do Porto. João Antônio era português natural de Lisboa, filho de Victória de Almeida e de João José Monteiro,naturais de Lisboa. Rita Caetana de Jesus casou com o português Manoel Dias dos Santos, de quem teve a filha Maria Floresta de Carvalho ou dos Santos Monteiro. Casou também com 10- Francisco Xavier da Conceição e Oliveira (Cercal) – Alferes francisquense. Em Santa Catarina um dos líderes do Partido Liberal, nesse estado conhecido como Partido Judeu. Irmão do coronel José Antonio de Oliveira, que casou com Emília Nóbrega, neta do último Capitão-mor de São Francisco do Sul. Francisco era filho de Cesarina Maria de Jesus e de José Antônio de Oliveira, da família Oliveira Cercal. Cesarina era filha de Maria Antônia Moreira e do alferes Manoel Fernandes Dias. Seus avós maternos eram Elena, Ilena ou Helena Dias de Santana e João Afonso Moreira e os paternos eram Anna Silveira de Miranda (descendente dos Miranda Coutinho) e o Capitão-mor Francisco Fernandes Dias (1734-11/JAN/1818). João Afonso Moreira era filho de Catharina Antonia Cardoso de Siqueira ou Catarina Cardoso e de Marcos Afonso Moreira. Este Marcos tinha casa na vila de S. Francisco do Sul e fazenda na localidade francisquense de Enseada, onde muito antes ficavam as terras que pertenceram a seus prováveis antepassados, Paula Moreira e o capitão Luiz Rodrigues Cavalinho, que tinha sido casado com a filha do fundador de São Francisco do Sul, Manoel Lourenço de Andrade. Anna Silveira de Miranda era filha de Rita Maria de Cássia Correia, de Paranaguá, e de João Silveira de Miranda, descendente dos Miranda Coutinho. O capitão-mor Francisco Fernandes Dias era filho de Isabel Pereira da Silva e do português José Fernandes Dias, filho de Anna Fernandes e Sebastião Dias. A família Pereira da Silva era a mesma Tavares de Miranda. O pai de Francisco, José Antonio de Oliveira, era filho de Ana Maria de Miranda (por sua vez filha de Margarida Tavares de Siqueira e do capitão Amaro de Miranda Coutinho, o moço) e de Antonio de Oliveira Cercal, filho de Ana Vieira da Costa e João de Oliveira Cercal, nascido aproximadamente em 1740, descendente de uma família de cristãos-novos antes grafada em Portugal como Oliveira Lopes. 11- Lucinda Maria do Carmo – Mãe solteira. Era da família Oliveira Cercal citada acima. 12- Um general de sobrenome Parreira que passou pelo Forte de São Francisco do Sul-SC e que seria de origem judaica. 13- Anna Dias do Rosário – Irmã de Rosália Dias do Rosário, que nasceu em 06/MAR/1831. Era filha de Maria Correia da Silva e de José Dias do Rosário, que nasceu em 1796 e casou também com Clara Maria da Conceição Fernandes e com Ana Alvares. Maria era filha de Maria Fernandes Madeira e de Manoel Correia da Silva. José era filho de Anna Budal Arins e João Dias do Rosário. Em 09/JUL/1809 faleceu “de repente” em São Francisco do Sul com 104 anos Maria Fernandes Madeira, moradora no Rio de Pennagosa, já viúva de José Afonço Vieira. Felipa Dias Madeira era casada com Manoel Pereira Gonçalves, filho de Maria da Veiga e João Pereira de Lima, sendo este João de uma família de origem judaica aparentada com os Leão Pereira de Curitiba-PR, do Mate Leão. Felipa e Manoel foram pais de Bárbara Pereira, que faleceu em 24/FEV/1793 em São Francisco do Sul-SC e foi casada com José Gomes de Oliveira. Anna Budal Arins era filha de Nazária Rosa Correia e Pedro Budal Arins. O sobrenome Budal viria de Boudal, do Marrocos, e Arins talvez fosse variante de um sobrenome muito usado por cristãos-novos. João Dias do Rosário era filho de Isabel da Conceição de Leão e de Salvador Dias do Rosário, que casou também com Maria Bernarda de Jesus, filha de José Budal Arins e Ana Francisca Xavier. Isabel era filha de Maria Fagundes dos Reis e Francisco Alves de Leão. 14- José Alves da Silva – Filho de paulina Maria de Jesus e João Alves da Silva. 15- Maria Angélica de Jesus – De uma família Nóbrega de São Francisco do Sul que iniciou com um açoriano que era filho de um Silveira Dutra, ou seja, levou sobrenome Nóbrega do marido de sua mãe que não era seu pai biológico: O capitão Antônio Francisco da Nóbrega era filho ilegítimo de José da Silveira Dutra com Isabel Joaquina, ambos açorianos da Ilha do Fayal. Maria Angélica juntamente com seu marido José Domingos dos Santos apadrinhou no batismo em 27/AGO/1848 Maria, filha de Córdula Maria (da família Nóbrega) e de Manoel Francisco Lopes (Jr.). 16- José Domingos dos Santos – Filho da francisquense Maria Rita de Castilhos e do espanhol José Domingues Gallego. O pai de Maria Rita, Gabriel de Castilhos, era irmão de Domingas Maria dos Santos, que do casamento com Ignácio Correa de França teve a francisquense Floriana, nascida em fins do século XVIII. Não está bem esclarecida a origem do sobrenome Santos nessa família. Em Portugal era usado por exemplo por pessoas nascidas no Dia de Todos os Santos ou que fossem da família Shem-Tov. É costume espanhol colocar no final o sobrenome da mãe e o Santos aparece em registros francisquenses em nomes dos filhos de Bernarda de Castilhos com João de Oliveira Falcão. Um dos filhos deste casal, Bernardo de Oliveira Falcam, teve de Clara Antonia Moreira, filha dos francisquenses Elena Dias e João Afonso Moreira, o filho Antonio, nascido em S. Francisco em 29/JUL/1798 e aí batizado em 06/AGO do mesmo ano. Irmão do Bernardo acima citado foi o Antonio dos Santos de Oliveira que casou com Anna Antônia Moreira filha de Helena Dias e João Afonso Moreira e teve deste casamento a filha Joaquina, nascida em S. Francisco em 07/JUN/1799 e batizada 9 dias depois. Lourenço dos Santos e Joanna Gonçalves foram pais de uma criança que faleceu com 5 anos de idade em fins de 1793. Maria Rita de Castilhos foi batizada em 23/SET/1798 como filha de Gabriel de Castilhos, morador na Ilha Grande, e da primeira esposa deste, Silvana Correa ou Silvana Correia Lima Souto, sendo os avós maternos de Maria Rita os francisquenses Ana Baptista e Miguel Teixeira da Silva e paternos Apolônia da Veiga (descendente dos primeiros povoadores de São Francisco do Sul) e Pedro de Castilho, um dos fundadores de Guaratuba, no Paraná, paulistano que num documento em que foi testemunha, em 12/JUL/1781, era casado, tinha 65 anos e vivia de suas lavouras. Entretanto, numa certidão de óbito datada de 13/SET/1793, este Pedro tinha 70 anos de idade. Os francisquenses Manoel Teixeira da Silva e Antônia Francisca foram pais de Tomé Teixeira da Silva, que de Luzia Carvalho teve a francisquense Ilena, nascida em 07/AGO/1799 e batizada 8 dias depois. Estes Manoel e Antonia foram pais também de Maria Francisca da Conceição que casou com Manoel da Silva Cardozo, filho de Antonia Cardoza e Antonio da Silva Arrioles. João de Castilho, irmão de Maria Rita de Castilhos aqui mencionada, casou em 13/SET/1818 em São José dos Pinhais-PR com Maria Pires, filha de Manoel Pires Nathel e uma Luiza. Na mesma cidade, em 14/JAN/1834, casou José Manoel de Castilho, meio-irmão de Maria Rita, filho de Gabriel com sua segunda esposa. Este José Manoel casou nessa ocasião com Anna Joaquina da Silva, filha de Maria Simões de Oliveira e pai incógnito. Gabriel de Castilhos faleceu de garrotilho, em 13/JUL/1830, com 70 anos, deixando viúva Anna Francisca. No mesmo ano, em 04/ABR, falecera com 60 anos Bernarda de Castilhos, já viúva. José Domingues Gallego era da Galiza, nascido na freguesia de San Juan de Agrudos, no Bispado de Frei, assim como seus pais Maria Esteves e Francisco Domingues. Talvez nem todos os Quadros de São Francisco do Sul fossem descendentes do sevilhano provavelmente cristão-novo Bernardo de Quadros nascido em meados do século XVI que casou com Cecília Ribeiro. O casal André de Quadros e Maria Francisca de Jesus, ambos açorianos da Ilha de São Jorge, foram pais de Joaquim José de Souza, que de Maria da Assunção de Lima teve a filha Ana, nascida em 24/DEZ/1799 e batizada em São Francisco do Sul em 01/JAN/1800. É bem possível que parte dos membros da família Castilhos de Quadros de São Francisco fosse miscigenada com índios e/ou negros. O autor conheceu pessoalmente um goiano moreno médio cujo pai era de origem paterna francisquense e Moreira Castilho. Este goiano relatou que quando residiu em São Francisco do Sul teve como colega de estudos uma Castilho Moreira, o que leva a supor que talvez estas duas famílias fossem muito interligadas. Um José Francisco de Quadros que faleceu precocemente deixando a família em dificuldades financeiras mas residindo em boa casa próxima da igreja matriz (católica) de S. Francisco foi pai de Theodora Leopoldina d’Assumpção ou da Conceição, que residindo nesta casa dixada pelo pai foi vizinha do padre Antônio Francisco Nóbrega, de quem teve 15 ou 16 filhos. Marta de Quadros, viúva de Jerônimo Pereira de Andrade, faleceu em 23/MAR/1811 em São Francisco com mais de 80 anos. Em 1813 faleceu ali Bartolomeu de Quadros, casado com Bernarda Alves de Oliveira. Um Antonio da Veiga, de Guaratuba-PR, teve da francisquense Joanna Fernandes o filho Manoel da Veiga, que de Victorina do Carmo, filha dos curitibanos Izabel do Carmo e Manoel Pereira, teve o filho Ricardo, nascido em 14/NOV/1800 em São Francisco do Sul e aí batizado em 22/NOV do mesmo ano. Em 06/JUL/1816 morreu “apressadamente” na mesma cidade, Maria Carvalho, com 20 anos, casada com Francisco da Veiga. Em 10/NOV do mesmo ano faleceu em S. Francisco um Gonçalo da Veiga, casado com Vitória Peres. Deve ser o mesmo Gonçalo da Veiga da vila de Paranaguá casado com Vitória Peres Gonçalves, de quem teve o filho Agostinho da Veiga, que do casamento com a francisquense Francisca Carneiro da Sumção, filha dos parnanguaras Joana Fernandes e Joaquim Carneiro de Brito, teve a francisquense Maria, nascida em 20/SET/1798 e batizada 8 dias depois. Dos séculos XVIII e XIX há diversos registros de pessoas com sobrenome Santos em São Francisco do Sul. Inclusive de uma pessoa com combinação dos sobrenomes Santos e Silveira e com o mesmo prenome da irmã do probando. Um espanhol chamado José dos Santos teve de Estela de Faria o filho Manuel dos Santos, que de Ana Franco teve a filha Maria, nascida em 02/FEV/1800 e batizada em São Francisco em 02/MAR do mesmo ano. Os avós de outra francisquense nascida em 1800, Manuel dos Santos e Joana Cordeiro, também talvez não tivessem ligação de parentesco com outros de mesmos sobrenomes dessa região. Em 01/JUN/1820 faleceu Josefa dos Santos, casada com Antonio Dias Cardoso. Manuel dos Santos Delgado e Luzia Matoza, francisquenses, foram pais de Margarida dos Santos, que do casamento com Luiz da Silva, filho de Maria da Silva e Martinho de Arrioles, teve a filha Anna, nascida em São Francisco do Sul em 22/NOV/1798. Isabel dos Santos e Jacinto Alvares foram avós paternos da francisquense Bárbar que nasceu em 09/ABR/1799. III- Trisavós do probando: 1- Emilie Friederike Siedschlag – Nascida por volta de 1853 na Pomerânia, na localidade de Billerbeck, que depois mudou de nome para Nadarzyn. Veio para o Brasil no navio Gellert, comandado pelo Capitão Terry, em 1862. Morou na Estrada da Ilha, município de Joinville-SC. Irmãos: 1) Ernestine, muito provavelmente a Ernestine Wilhelmine nascida em Billerbeck por volta de 1844 e que casou com Gottfried Wilhelm Büst de quem teve o filho Rudolf Wilhelm Ferdinand nascido em 22/JUL/1871 na Estrada Santa Catarina, em Joinville; 2) Wilhelm, nascido em Billerbeck por volta de 1845; 3) Carl, nascido em Billerbeck por volta de 1849; 4) Johanna, nascida em Billerbeck por volta de 1855; 5) Caroline, nascida em Billerbeck por volta de 1857 e 6) Dorothea, nascida em Billerbeck por volta de 1860. O autor lembra de ter visto em Joinville registros de casamentos entre as famílias Siedschlag e Koehntopp da Colônia Dona Francisca. Uma Stine Siedschlag solteira e de religião protestante, também nascida em Billerbeck, saiu de Hamburgo em 31/OUT/1857 no navio Emma, comandado pelo Capitão Friedrichsen, chegando no Brasil na terceira classe desse navio em 13/JAN/1858 após ter ocorrido nessa viagem um falecimento a bordo. No mesmo navio vieram para a Colônia Dona Francisca, também na terceira classe e de religião protestante a solteira Dorothea Siedschlag (de 24 anos e com os filhos Friedrich de 3 e Louise de 1 ano de idade) e o lavrador Friedrich Siedschlag, de 35 anos, com os filhos Wilhelm de 7 e August de cerca de 9 meses. 2- Carl Friedrich Wilhelm Klug – Agricultor de olhos azuis nascido em uma das viagens de sua família ou em Schwartow, que depois mudou de nome para Zwartowo. Chegou na Colônia Dona Francisca com aproximadamente 5 anos de idade e residiu na Estrada da Ilha. Teve pelo menos 4 irmãos: 1) Johann Friedrich Wilhelm, que nasceu no dia 24/JUL/1837 na aldeia de Trienke, que depois mudou de nome para Trzynik, morou na Estrada da Ilha e foi casado com Friederike Henriette Wilhelmine Wille, nascida em 01/SET/1844; 2) August Christian Friedrich, agricultor nascido por volta de 1838 na aldeia de Lustebhur, que depois mudou de nome para Wlosciborz, e falecido em 14/JUN/1902, com 64 anos, após ter morado na estrada Mildau, em Joinville e casado com Friederike Wilhelmine Louise Eggert, que nasceu em uma família alemã de origem judaica em Fritzow, localidade que depois mudou de nome para Wrzosowo tendo deste casamento pelo menos 4 filhas nascidas na Estrada da Ilha: Auguste Wilhelmine Louise (nascida em 21/ABR/1873 e apadrinhada no batismo por Bertha Eggert, Wilhelmine Ponnick e August Ledebhur em 04/MAI/1873), Friederike pauline Wilhelmine Auguste (nascida em 08/FEV/1875 e tendo por padrinhos Gustav Eggert, Wilhelm Ledebhur, Auguste Guse e Pauline Neitzel em 28/MAR/1875), Alma Emma Caroline (nascida em 07/JUN/1877 e batizada no mesmo ano) e Hedwig Caroline Emma (nascida em 08/FEV/1880 e tendo por padrinhos de batismo Hermann Neitzel, Emma Korn e Caroline Krüger em 21/ABR/1880); 3) Emilie Wilhelmine, que nasceu em 15/JUL/1847 em Moitzelfitz (que depois mudou de nome para Myslowice) e casou na Colônia Dona Francisca com Johann Gottlieb Stein Jr., filho de imigrantes que chegaram a esta colônia em 29/OUT/1853 no navio Caroline que saiu da Europa em 09/AGO/1853: Johann Gottfried (então agricultor de 43 anos de Saabor, na Prússia) e a esposa deste Eleonore nascida Hoffmann (45). Nessa lista de imigração os filhos de Johann e Eleonore aparecem com os seguintes nomes: Johanna Louise (18), Johann Gottlob (14), Johanna Elisabeth Auguste (9) e Johanna Pauline (4). Do casamento de Emilie Wilhelmine com Johann nasceram a filha Adéle e os empresários Emil (Emílio) e Hermann (Germano) e 4) Johann Carl Friedrich, agricultor que nasceu em 12/JUN/1854 na aldeia de Moitzelfitz, casou com Wilhelmine Bertha Auguste Ponick, residiu no interior do município de Joinville e faleceu em 23/NOV/1908. Provavelmente era também irmão de Carl Friedrich Wilhelm Klug um Ernst Friedrich August Klug, agricultor que nasceu em Moitzelfitz e morou em Petershagen (que depois mudou de nome para Powalice). Este Ernst casou com Emilie Caroline Wilhelmine Schwebs nascida em Mersin Kreis Fürstenthum Bezirk Köslin, na Pomerânia, tendo deste casamento os filhos Ernst Wilhelm Friedrich e Gustav Gottlieb Emil. O primeiro nascido em 28/MAR/1872 na localidade de Estrada da Ilha e tendo por padrinhos de batismo Wilhelm Retzlaf, Johanna Klug e Caroline Krüger. O segundo nascido em 23/FEV/1878 em Estrada da Ilha e sendo apadrinhado por Gottlieb Stein, Johann Klug e Johanna Retzlaff. Também provavelmente seria irmã de Carl a Johanna Augustine Louise Klug também chamada Johanne Justine Louise, que nasceu em 30/JUN/1833 em Trienke, residiu na Estrada da Ilha e teve pelo menos duas filhas e um filhodo casamento com Wilhelm Ludwig Ferdinand Retzlaff, nascido em Körlin Kreis Fürstenthum Bezirk Köslin, na Pomerânia. Inclusive por causa dos nomes de alguns dos padrinhos destes filhos. Um Carl Friedrich Ferdinand Eggert, da Colônia Dona Francisca e nascido em 04/MAI/1851 filho de Louise Tessmann e Johann Eggert, foi casado com Johanna Wilhelmine Keyser ou Kaiser, também chamada Wilhelmine Johanne, sendo testemunhas deste casamento August Klug e Friedrich Holz em 05/SET/1878. Deste casamento nasceu na localidade de Estrada da Ilha em 27/FEV/1881 Marie Emilie Agnes Eggert, que foi batizada em 27/MAR deste ano tendo por padrinhos Wilhelm Kaiser, Emilie Klug e Agnes Beyer. Após enviuvar de Emilie, Carl Wilhelm casou com Luise Sonn, de quem teve os filhos Emil Wilhelm Carl, August Wilhelm Friedrich, Ferdinand e Ida Luise Bertha. Destes, Ferdinand foi pai de Ervino, de cujo nome veio o nome da praia francisquense do Ervino, apesar de este não ter sido o humano pioneiro do lugar. A segunda esposa de um Rossow tinha sobrenome de solteira Klug. Klug era também o sobrenome de uma esposa de Eugênio Doin Vieira. No navio Andromache comandado pelo Capitão Petersen saíram de Hamburgo em 20/SET/1852 para a Colônia Dona Francisca, chegando em S. Francisco em 05/DEZ do mesmo ano: Ferdinand Klug, de 37 anos, destilador, de Kniephoff, Prússia, e falecido em 18/JUN/1853 chegando ao Brasil com a esposa Charlotte (33) nascida Dyckow e os filhos Albertine (13), Bertha (10), Wilhelmine (7) falecida em 08/ABR/1853, Johanne (5) falecida em 02/MAR/1853 e Ottilie (1/2) falecida em 08/ABR/1853. Veio também no mesmo navio Christian Klug, com 82 anos, também de Kniephoff, Prússia, e falecido em 10/JAN/1853. Nesta mesma viagem deste navio veio Carl Otto Metternich, de 31 anos, ecônomo de profissão, natural de Biesenthal, Prússia, antepassado de uma família que será vista adiante. Ele veio com a esposa Amalie, de 31 anos, e os filhos Amalie, Ernest e Louise e a criada Wilhelmine Strabe. 3- Marcellina Rosa de Jesus – prima de Colatino Belém, por parte dos Brenneisen. 4- José Bento da Costa Jr. – De uma família que mudou-se de Florianópolis para Barra do Sul. 5- Carlota Maria Fernandes Lima. 6- João Laurindo de Figueiredo – Um homem com nome igual ou parecido e da mesma família, ele ou seu pai, teve diversos processos judiciais no Sul de Santa Catarina por questiúnculas, teria sido alguém do tipo impertinente. 7- Maria Rosa de Jesus – Segundo um retrato que o autor analisou ela teria aparência de cabocla. 8- Manoel Paulo Pacheco – Seria português. Foi segundo-faroleiro no Farol de Santa Marta, em Laguna-SC. Recebeu punição por ter feito procedimento inadequado em sua função, indo numa determinada situação para a Ilha das Araras. Tinha traços aparentemente bem europóides. 9- Rosenda Pulchéria Alves – Também chamada de Razena e Rosenda das Dores. O nome Pulquéria ou Pulchéria - encontrado em registros francisquenses de outras famílias da época em que ela viveu – provavelmente indicava religiosidade por ter sido Pulquéria uma imperatriz muito católica. Segundo relatos Rosenda era clara, alta, loira e de olhos azuis. Seu irmão Pedro Alves Marçal teve terras em São Francisco do Sul situadas perto do Morro do Pão de Açúcar e a esposa dele era da família Miranda Coutinho, parente de Antônio José da Silva, o Judeu (1705-39), considerado o primeiro teatrólogo brasileiro. 10- Manoel José Ferreira de Carvalho – Apesar de batizado em São Francisco do Sul parece ter surgido de repente na Vila da Glória sendo ali considerado de origem desconhecida. Teria tido um padrasto de sobrenome Ferreira do bairro francisquense dos Paulas, de quem talvez tenha herdado não pouca riqueza. Em seu registro de batismo, datado de 1853, Manoel e seus pais são considerados brancos. Não obstante, este Manoel, conhecido como Maneco Ferreira, não era muito claro (talvez em parte porque tomasse muito sol) e alguns o consideraram mulato. Em foto era longilíneo e aparentava ser moreno de nariz e lábios finos. Foi Intendente do Segundo Distrito do Saí e Presidente da Igreja Católica na Vila da Glória. Foi em sua época o homem mais rico de São Francisco do Sul-SC, tendo negócios no Rio de Janeiro e casas situadas na rua Babitonga, perto de onde atualmente fica o Porto de São Francisco do Sul. Costumava andar armado. Juntamente com um Antônio que seria seu irmão ou mais provavelmente seu filho fazia muitas brincadeiras de mau gosto em festas. Manoel José costumava também amarrar barcos alheios e cavar buracos fazendo armadilhas para os outros, com o que se divertia. Foi processado pelo Ministério Público em fins do século XIX por perturbar a paz pública. Mas foi nome de escola no Saí. 11- Ritta Lídia da Silva – Herdou ¼ de uma casa na Rua d’Armada, atual Professor Joaquim São Thiago, no Centro de São Francisco do Sul-SC. Foi a segunda esposa de 12- Hermellino José da Silveira – Às vezes grafado como Hermellino Silveira de Souza. Navegador muito arrojado que viveu principalmente na localidade francisquense de Laranjeiras. Parente próximo de Hermellino, provavelmente tio ou filho de um primo deste, Joaquim José da Silveira Jr. teve um irmão que foi pai de Rosa Maria, de pele clara, estatura abaixo da média e cabelos castanhos claros e que morou muitos anos no Rio de Janeiro-RJ. Joaquim, de olhos claros provavelmente esverdeados e queixo quadrangular algo proeminente, casou com Ida Bompeixe, que apesar de descender do imigrante Metternich citado acima tinha fortes traços indígenas e cujo pai era da família Cunha tendo incorporado o sobrenome Bompeixe por causa de expressão que ele usava ao comprar peixe em mercado. Filho de Ida e Joaquim foi o intelectual Otávio da Silveira, que entre outras coisas contribuiu para publicações do Eixo Rio-São Paulo e trabalhou na empresa Hoepcke. Este Otávio, parecido com o ex-Presidente JK, teve duas filhas e um filho: a) Luíza Rosa, b) Idamar (que casou com o professor e escritor Laércio Brunato, de Jaguariaíva-PR, de quem teve o filho médico Márcio e c) Joaquim (Neto), que do casamento com Cecília, do município catarinense de Lauro Müller teve as filhas Sandra e Eloísa. Também parente próximo destes Silveira foi Caetano Évora da Silveira Jr., que foi Prefeito de Joinville-SC. Outros Silveira desta família de origem açoriana bastante conhecidos em São Francisco do Sul foram Ilson (Melão) e a esposa domédico Wilson Morgenstern. * Outra família Silveira com muitos descendentes na região não tem relação de parentesco conhecido com esta e originou-se em Paranaguá-PR. Esta família Silveira de antepassados do probando também não é parente – apesar de muitos boatos nesse sentido – do político Luiz Henrique da Silveira, que foi governador de Santa Catarina. 13- Ana Zulmira de Oliveira – Costureira francisquense um pouco obesa e de pele clara. Irmã de Virgínia Olímpia de Oliveira, batizada em 13/MAI/1859 com 26 dias, sendo afilhada de Marcelino Nunes Cardoso e sua segunda esposa, Francisca Nunes Mafra. Virgínia faleceu solteira em 27/MAI/1885, de tísica pulmonar deixando o filho Eudoro, que tivera do famoso dr. Abdon Batista, mulato médico e político baiano que se destacou em Santa Catarina. Este Abdon só teve filhas do casamento com Sara Afra da Graça e casou também com Teresa Nóbrega de Oliveira, prima de Virgínia. Abdon era filho de Maria Girard ou Girão e de Hermegildo José Batista e teria nascido numa senzala. O Eudoro citado acima casou com Martha Douat e foi dono do jornal “A União”. Outra irmã de Ana Zulmira foi Guilhermina de Oliveira. Ana Zulmira era órfã e com 18 anos quando casou com 14- Silvino Gomes Parreira – Carpinteiro na época deste casamento. Foi comerciante e militar e membro do Partido Republicano de São Francisco do Sul. Seu comércio se situava onde atualmente fica a Rua Marcílio Dias em São Francisco. 15- Anna Joaquina da Graça – Irmã de Manoel Alves da Silva e de Gregório Alves da Silva, que casou com Ana Nóbrega de Jesus, filha de Córdula Maria (da família Nóbrega) e de Manoel Francisco Lopes (Jr.), cujo pai foi batizado em 1821. Anna Joaquina casou onde hoje se localiza Araquari-SC, em 10/OUT/1880, com 16- João Domingos dos Santos ou das Neves – Foi rábula, ou seja, uma espécie de quase-advogado. Casado também com 2 mulheres irmãs entre si e ambas da família Fernandes Dias. Irmão de Marcos José de Oliveira, bisavô da genealogista Roseli Fernandes. Sua irmã Ana Nóbrega de Jesus casou em 09/JAN/1875 com Joaquim José da Silva, filho de Ana Maria da Conceição e José Alves da Silva. Deve ter sido irmão também de Luiza Nóbrega de Jesus, que aparece juntamente com Ana, Maria e João Domingos acima citados na venda de propriedades: por volta de 1870 1/3 de morada de casa térrea para Manoel Francisco Lopes Jr. e em 23/SET/1874 um terreno de frente para o mar na localidade de Saco Grande para Luiz Dias Bello, ex-escravo de José de Sá da Costa. Uma família de negros ex-escravos em São Francisco do Sul-SC adotou o sobrenome Neves. IV- Bisavós do probando: 1- Martha Leonore Emilie Klug – Luterana batizada em 1891 na Colônia Dona Francisca , onde nasceu em 01/NOV/1890. Morena clara, de cabelos e olhos castanhos, temperamento alegre e jovial e estatura mediana. Enfrentou forte oposição de seu pai para poder casar co alguém de fora da colônia alemã, tendo para isso lavrado pedaço de terra maior que o de seus irmãos na propriedade da família, que situava-se onde se localiza atualmente o bairro Itaum, em Joinville. Foram seus irmãos: 1) Anna Luise Mathilde, nascida em 26/MAI/1874 na Estrada da Ilha, batizada em 12/JUL domesmo ano sendo seus padrinhos de batismo Gottlieb Stein, Agnes Karnopp e Dorothea Siedschlag, casou em 1894 com Otto Friedrich Carl Wilhelm Reimer, filho de Wilhelmine nascida Safo e Joachim Reimer; 2) Emilie Wilhelmine, falecida em 1876, com 14 meses e 7 dias; 3) Emilie Caroline Henriette, nascida em 21/MAR/1876 e batizada no dia seguinte tendo como padrinhos Emilie Stein, Carolina Klug e Conrad Müller; 4) Louise Emilie Caroline, n. em 19 ou 20/SET/1877 e batizada no dia 25, afilhada de August Kristner, Marie Ulrichsen e Carolina Müller; 5) Otto August Hermann Gustav, n. em 27/SET/1878, sendo no batismo apadrinhado por Gottlieb Stein, August Retzlaff e Wilhelmina Siedschlag e tendo se casado com Ulrike nascida Hille, de quem teve os filhos Otto e Josef; 6) Jacob Franz Hermann, falecido na infância, n. em 10/MAR/1881, sendo seus padrinhos de batismo Jacob Meier, Franz Stamm e Hedwig Unger; 7) Hermann, que consta da relação dos filhos de Emilie Klug, nascida Siedschlag, em certidão de óbito de 1893; 8) Wilhelm Gustav Emil, n. em 21/SET/1884, sendo seus padrinhos de batismo Wilhelm Benner, Wilhelm Sohn e Louise Richlin, de uma família suíça de origem judaica; 9) Bernardo Fritz Carl Benjamin, nascido em 30/AGO/1886 e batizado em 07/NOV daquele ano, afilhado de Bernardo Stamm, Fritz ulrichsen e Benjamim Tiede; 10) Alfred Friedrich Bernardo Hermann, alfaiate que viveu em Jaraguá do Sul e nascido em 27/MAR/1889, sendo seus padrinhos de batismo Francisca Gertrude de Souza, Elvira Hippolita do Canto, Bras Celestino Oliveira e Hermann Stein e 11) Fritz Wilhelm Carl, nascido em 17/ABR/1893, quando sua mãe faleceu no parto. Foram padrinhos de batismo deste último Arnold Kölsch, Luise Schröder e Franz Lepper. Além destes irmãos Martha teve um irmão natimorto. 2- Alfredo Bento da Costa – Nascido onde atualmente se situa Barra do Sul-SC. Teve pelo menos 2 irmãos e uma irmã. Estatura abaixo da média, rosto estreito e olhos azuis. Era muito religioso, gostava de escrever orações e respeitava muito as mulheres mas era de personalidade cismática, tendo sido provavelmente neurótico com um pouco de paranoia. Teve diversos empregos, inclusive em ferrovia, sendo jornaleiro na época em que casou com Martha, em 1910. Foi um dos primeiros empregados da Farmácia Minâncora, em Joinville-SC. Após enviuvar de Martha casou com Idalina Silva, que já tinha uns 4 filhos e com quem teve mais alguns. 3- Ignácia Rodrigues – Nasceu no Sul de Santa Catarina, numa família sem muitos recursos financeiros. De estatura pequena, magra e muito resistente. Pele clara, testa saliente e cabelos muito brancos. Trabalhou muito inclusive lavando roupa dos filhos em rio e era muito religiosa mas tinha o hábito de se queixar. Faleceu em Joinville-SC em abril de 1981 com aproximadamente 94 anos, devido a complicação em cirurgia. Teve pelo menos um irmão, João Laurindo, que morou em Lages-SC. Casou em fins de 1911 com 4- Martinho Paulo Pacheco – nascido em Imbituba-SC, em 12/NOV/1889. Foi principalmente pescador e trabalhou no Farol de Santa Marta, em Laguna-SC, antes de mudar-se para São Francisco do Sul. Barrigudo, moreno claro, de estatura mediana e de rosto quase quadrangular. Foi membro do Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento e participou do Centro Espírita Caridade de Jesus, em São Francisco do Sul. Tinha testa saliente e o mesmo tipo de sobrancelha do probando, a que os chineses chamam de sobrancelha de dragão (sinuosa). Teve somente irmãs, 4 ou 5 (Noêmia, Salvatina, etc.). Uma delas, Francisca, casou com o comerciante Domingos costa, de quem teve 2 filhos médicos. Com sua esposa Ignácia morou principalmente na Praia do Calixto, num terreno que tinha sido da Marinha, perto de terras do sr. Calixto, num terreno que tinha sido da Marinha, perto da localidade francisquense de Ubatuba, onde foram vizinhos de Emílio Sousa Benke, pai de Ademir, Valdivia, Flávio e Júlio. Flávio casou com Naziria Schuster, de Blumenau. Parece que Martinho teve filhos fora do casamento. Teria predito o dia de sua morte com acerto. Após falecer teria aparecido como agênere para um motorista de ônibus a fim de assegurar que uma de suas filhas não perdesse a viagem e teria também dado comunicação mediúnica na Inglaterra destinada a um de seus netos. 5- Maria Francisca de Carvalho – De cabelos castanhos claros e muito religiosa, tendo o hábito diário de rezar o terço. Teve pelo menos os seguintes irmãos: Hemétrio Onofre, Anna, Basílio Pedro, João, Antonio e Procópio Ezequiel. Basílio Pedro casou com uma irmã do marido de Maria Francisca, 6- Pedro Bernardino da Silveira – Além de alguns irmãos teve meio-irmãos do primeiro casamento de seu pai, com Marianna Tavares de Miranda. Dono de engenho na Vila da Glória, na parte continental de São Francisco do Sul. Nasceu no dia da Abolição da Escravatura (13/MAI/1888) e faleceu com mais de 70 anos. De pele muito clara, olhos claros e cabelos escuros. Fumava muito e comia muita carne. Não é parente de João Bernardino da Silveira, que se destacou em Joinville-SC como educador, era de família paranaense de Lapa e foi casado com Ada Sant’Anna. Após enviuvar de Maria Francisca, Pedro casou com a jovem Pureza de Oliveira Prado. A filha desta, Zilda, casou com um neto de Pedro Bernardino, Zenir. 7- Ana Gomes Parreira – Francisquense falecida por volta de 1973, quando o avô materno do probando transportou de barco seu corpo para ser velado na Vila da Glória. Tinha estatura abaixo da média e seus olhos teriam sido amendoados ou puxados e seus cabelos lisos. Seu irmão João, conhecido como Zico, era pescador e não tinha um dos dedos do pé, razão pela qual deixava pegada característica na areia. Foi irmã também da mãe do famoso padre Ney Brasil Pereira, poliglota cujo pai era filho de Maria da Graça Silveira e Manoel Pereira de Miranda (descendente dos Miranda Coutinho) e irmão de Othília Pereira, que casou civil e religiosamente em 08/NOV/1890 com Aristides Waip Cardoso (06/OUT/1895-01/JUL/1946), filho de Felicia Maria Waip (filha de Maria Margarida Waiper) e João Mafra Cardoso, este filho de Francisca da Silva Mafra e Marcelino Nunes Cardoso, que foi padrinho de batismo de muitos francisquenses e um dos donos de engenho que em S. Francisco mais alforriaram escravos antes da Abolição da Escravatura. Ana casou com 22 anos de idade em Araquari-SC, em 14/NOV/1908, com 8- José Domingos dos Santos – nascido em 15/OUT/1883 em Araquari, onde foi batizado em 28/JAN/1884. Foi pescador, comerciante e dono de sítio perto da Praia Bonita e da Vila da Glória. As fontes de pesquisa deste trabalho são praticamente as mesmas já publicadas em mais de um lugar. São principalmente diversos livros e genealogistas ligados ao SC_GEN, com um agradecimento especial ao prof. Antônio Roberto Nascimento que deu ao autor muitas informações valiosas principalmente uns 25 anos atrás.
Posted on: Wed, 11 Sep 2013 22:25:10 +0000

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