Cápsula avistada. Aterrisou. Setor 11.2. Caiu com um estrondo. Se enterrou fundo na areia de uma das muitas dunas do deserto escaldante. O estranho ser emergiu. Fora enviado para aquele planeta. Cair em lugar seco foi uma sorte e azar. Era quente. Muito quente. Não era desabitado, ele sabia. Mesmo tendo poucos meses de idade, já entendia o que o esperava. Os veículos do mundo em que estava logo começaram a surgir. Terra e ar. Quando chegaram a uma distância que ele imaginava pensavam ser ser segura. Atiraram o que parecia ser uma armadilha rústica, mas não era. O enredou com tanta força, que se ele fosse um espécime comum, teria morrido, com certeza. Deixou que eles acreditassem que estavam seguros. Se aproximaram falando rápido, uns com os outros. Foi o suficiente para que ele fizesse uma análise e aprendesse o idioma por completo. Rasgou a rede radioativa e se viu alvejado por todo tipo de armamento. Não foi ferido. Sua pele cinzenta se retraia e voltava ao lugar. Queimou alguns, explodiu veículos e agarrou aquilo que parecia ser o chefe. Quebrou seu pescoço. Ele era um sobrevivente. O único. Sobreviver era seu talento. O restante da tropa foi resgatada às pressas por aeronaves às quais apenas observou se afastarem. Quando viu a cápsula cair em sua direção, já entendia o que era. Poder. A explosão foi ensurdecedora. Transformou areia em vidro. Arrasou com seu veículo, mesmo ele estando enterrado fundo. Depois de algumas horas. Avistou à quilômetros de distância uma nova areonave se aproximando. Resolveu assumir a forma humana. Eram assim que eram chamados: humanos. A palavra tinha outros sentidos que não pareciam combinar com os mesmos. Sentiu o medo dos tripulantes ao avistà-lo onde a cápsula usada por eles, caiu. Então, calma, mas firmemente, disse: - Acabou.
Posted on: Thu, 08 Aug 2013 17:44:02 +0000
Trending Topics
Recently Viewed Topics
© 2015