DEPOIS DE 29 DE SETEMBRO Outubro de 2013. Após a eleições - TopicsExpress



          

DEPOIS DE 29 DE SETEMBRO Outubro de 2013. Após a eleições autárquicas, irá começar um novo ciclo de ataques, até agora sustidos em função dos resultados do processo eleitoral autárquico. Foi um verão morno de medir forças, entre aqueles que sob a batuta de Berlim, aspiram á alteração constitucional, de modo a liberalizar ainda mais a economia e a reduzir o peso do Estado, e as forças que respeitando a legalidade do nosso sistema constitucional, travam a sua ultrapassagem. Apesar, de o PM dizer que não governa em função dos resultados eleitorais autárquicos, toda a gente sabe que a manutenção do conjunto eleitoral da direita em resultados percentuais confortáveis, lhe irá dar alguma legitimidade politica, erodida ao longo destes dois anos. Dai a trégua instalada, após o golpe amuado e palaciano de Paulo Portas, a meio do Verão. Um pequeno sururu dos mercados, de quando em quando, trepando-nos a taxa de juro como ameaça velada, a emissão de legislação avulso visando do emagrecimento do Estado, no género, o que passar passa, o que não passar logo se vê. Após estas eleições, o que irá suceder, será provavelmente o seguinte: os mercados financeiros internacionais, sob a batuta alemã, irão “duvidar” da nossa capacidade de pagar a divida internacional, e irão espicaçar a taxa de juro no mercado secundário da nossa divida, desvalorizando a nossa divida soberana. Sabemos, por declarações da Sra. Merkel, que o “problema” português está no topo da sua agenda, após as eleições alemãs, em que o eleitorado, quase proporcionou a maioria absoluta ao seu partido. Como continuamos e continuaremos a depender, de financiamento externo, (pois o nosso governo exclui o financiamento interno), para financiar o funcionamento do nosso Estado, irão apertar-nos o laço, que envolve a nossa garganta, muito em breve. E o objectivo, será remover o último escolho, que impede a “restruturação” do Estado, e a liberalização completa da nossa economia: a Constituição da Republica Portuguesa. Pretenderam, esvazia-la de todos os aspectos, que proporcionem manutenção de direitos e garantias constitucionais. O objectivo, também é torna-la oca e submissa, aos poderes vindos do centro da Europa. Mas para isso necessitam de 75%, dos votos do hemiciclo. E só os conseguem, se o PS se prontificar a isso. E o modo de conseguir tal, será através da chantagem dos mercados. Imagino, que a pressão destes, sobre a divida soberana, ir-se-á tornar insustentável, de modo a garantir a anuência do PS. E neste jogo político de interesses, também os resultados eleitorais autárquicos, do PS, serão importantes, para lhes proporcionar legitimidade de resistência, ou não. Se os resultados eleitorais, forem satisfatórios, provavelmente, a posição do PS será dizer, à coligação do governo, aguentem, que nós não alinhamos. Se não quiserem, convoquem eleições antecipadas, que nós assumiremos o poder (como se mudasse alguma coisa!). Se os resultados das eleições forem defraudantes para o PS, provavelmente ver-se-ão forçados (apesar da oposição interna), a alinhar numa revisão limitada e transitória da constituição, nos pontos mais sensíveis, claro que, com a justificação do interesse nacional. E continuaremos, um processo desgastante de aumento da divida publica, aumento de juros pagos ao exterior, redução de salários e de reformas, sem fim à vista, colocando em causa todas as garantias e direitos assumidos pelo Estado, com as populações e os funcionários públicos. Em paralelo, assistiremos à manutenção dos privilégios da classe politica e ao aumento do fosso, entre quem governa, e quem os elege. E agora coloque-se a hipótese, de termos um governo nacional que respeitasse a Constituição da Republica e os portugueses, e que quisesse suster democraticamente esta queda nacional, em direcção a um vórtice de que desconhecemos o fundo. Proporia, um contrato nacional e social, com o seguinte sentido: nós titulares de cargos públicos, antigos e actuais, locais e nacionais, cientes da gravidade da situação, em que colocámos a nação ao longo destes trinta anos, propomos suspender por um período de cinco anos, renovável, todos os privilégios insuportáveis para a nação que auferimos na actualidade, como contrapartida moral, para a redução geral provisória de pensões e de salários na função publica, de modo a possibilitar a manutenção da totalidade dos empregos aos funcionários públicos, a solvabilidade do Estado e a independência nacional. Tal acordo nacional, seria constitucionalmente válido, se ratificado por referendo Por outro lado, incentivaria a substituição da divida publica ao exterior para uma quota desejável, de modo a que tal nos libertasse da chantagem dos mercados e nos reduzisse a taxa de juro externa. Provavelmente, o aumento de rendimentos dos aforradores, incentivaria o mercado interno; o valor do acréscimo de receita do IRS capitais, contribuiria para uma baixa visível do deficit publico. Como estamos, continuaremos a ser sugados pela usura internacional, num processo sem termo à vista. Também proporia, um debate nacional, sobre os motivos que provocaram este descalabro nacional e sobre o modo como as instituições políticas nacionais, deveriam ser reformadas, de modo a evitar que no futuro situações análogas voltassem a suceder. Infelizmente, da esquerda para a direita, da direita para a esquerda, ninguém quer reformar nada, que ponha em causa a manutenção dos privilégios e a orgânica das instituições politicas. O “bem bom”, é para manter para as classes privilegiadas do país. Ao povo cabe-lhe suportar sozinho, o insuportável: Pagar a divida, que alguns contraíram e usufruíram.
Posted on: Sat, 28 Sep 2013 07:18:45 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015