DO OIAPOQUE AO CHUÍ! O Municipio de Oiapoque faz parte da região - TopicsExpress



          

DO OIAPOQUE AO CHUÍ! O Municipio de Oiapoque faz parte da região contestada pelos franceses, que a consideravam parte de seus domínios. Para os franceses, as terras brasileiras terminavam nos limites do Rio Araguari. Para ser brasileiro, o Amapá precisou lutar, tanto na espada como nos tribunais. Nessas lutas, foram decisivos o herói Cabralzinho, que defendeu a região na espada, e o Barão do Rio Branco, Águia de Haia, que se baseou no livro do cartógrafo Joaquim Caetano da Silva para que a Corte Helvética determinasse, em 1713, que a região que se estendia até o Rio Oiapoque era mesmo parte do Brasil. Oiapoque, na língua dos Waiãpi, antiga tribo que habitava o local, significa Casa ou Maloca dos Waiãpi. A região pertenceu à Capitania do Cabo do Norte, foi destacamento militar para abrigar presos políticos em Clevelândia do Norte e hoje abriga um quartel do Exército brasileiro, a sentinela mais avançada do Setentrião pátrio. Conhecida também por Martinica, devido ao um não índio crioulo (Emile Martinic) que por lá habitava, antes ocupada por índios das etnias Galibi e Palikur. Defesa Oiapoque fica a 590 km ao norte de Macapá, via BR-156. Depois de quase 60 anos de iniciada, essa rodovia ainda não está concluída. É a obra federal em execução mais antiga do Brasil e ainda faltam 110 quilômetros para sua pavimentação total. O município tem cerca de 30 mil habitantes, muitos problemas de infraestrutura nas áreas de saúde, educação, transporte, saneamento básico, segurança e abastecimento. Em tese, é o local mais policiado do País, com as presenças do Exército, Aeronáutica, policias Federal, Civil e Militar e na guianense Saint Georges, contingentes significativos do exército francês e até das forças da Legião Estrangeira. Mesmo assim, o tráfico de drogas vindo do Suriname, tráfico de mulheres, prostituição e florescente comércio de clandestinos para Caiena, capital da Guiana Francesa, continuam ganhando terreno. Fronteira O Brasil faz fronteira com a Guiana Francesa (Saint Georges) através do Rio Oiapoque, que empresta o nome ao município. Com a possível inauguração, possivelmente no ano que vem, da majestosa ponte binacional, a situação na região poderá ficar ainda mais complicada. Autoridades brasileiras tentam destravar a má vontade francesa com a questão dos vistos de permanência, muito diferente dos habitantes que sempre tiveram bons relacionamentos sociais, comerciais, culturais e esportivos. No câmbio, ampla vantagem para os franceses, com a potência do euro em relação ao real. Normalizado o tráfego na ponte, franceses, guianenses e brasileiros, em tese, teriam amplo direito de ir e vir, usando apenas documento de identidade civil, como acontece nas outras fronteiras. Então, Caiena estaria a pouco mais de 850 km de Macapá e vice-versa, com amplo potencial turístico para ambos os lados. Para que isso aconteça, é importante que as autoridades públicas dos dois países sentem à mesa e superem os limites burocráticos que edificam muros, em vez de ponte. Estrutura Oiapoque tem pavimentação do tipo esburacada, e saneamento básico precário, com esgoto atirado diretamente no rio, ferindo de morte o meio ambiente local. O atendimento à saúde é um dos piores do país, assim como o abastecimento de água e luz. A violência é crescente, o transporte coletivo municipal inexistente e o intermunicipal. As praças estão destruídas, escuras e abandonadas à própria sorte. A rede de hotelaria é sofrível, antiquada, sem que nenhum investimento tenha sido efetivado no setor nos últimos dez anos. Destaque para alguns restaurantes e bares, assim como para a vida noturna, sempre agitada nas inúmeras boates, com shows musicais e lutas de MMA. De ambos os lados do rio, Oiapoque tem um dos maiores potenciais turísticos do Norte. Na natureza, o município dispõe de rios são piscosos, mar favorável à pesca esportiva, cachoeiras e corredeiras belíssimas, mata nativa para prática de trilhas, área indígena demarcada e sem nenhum conflito com o homem branco. No aspecto sócio-cultural, Oiapoque dispõe de museu indígena, artesanato rico e diversificado, ponte binacional e o florescente comércio com a França, além da própria localização geográfica, no extremo norte do Brasil. Pena que não haja nenhum interesse oficial na expansão exploração desse imenso potencial. Já o Municipio de Chuí é a cidade mais meridional do País e faz fronteira seca – isto é dividida apenas por uma longa avenida com um canteiro central – com a uruguaia Chuy, onde existem vários free shops que fazem a alegria de turistas, que podem comprar até USS 300 sem pagar impostos. A população local gira em torno de 6 mil habitantes, incluídos brasileiros, uruguaios e árabes palestinos, a maioria ligada ao comercio de importados. O município está localizado 525 quilômetros ao Sul de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. A ligação é feita por uma rodovia muito bem pavimentada e sinalizada. Em relação a Montevidéu, capital uruguaia, Chuí está distante 347 quilômetros. O Rio Chuí separa os dois países e apenas um posto de fronteira uruguaia, com poucos policiais, guardam o tranquilo lugar.
Posted on: Tue, 23 Jul 2013 09:07:11 +0000

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