DPOC E REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA Num estudo recente foi avaliada em 0,1% a taxa de referenciação e adesão a Programas de Reabilitação Respiratória em Portugal, que está relacionada com a diminuta capacidade de resposta dos serviços de saúde públicos e privados, contrariando a taxa dos 30 por cento alcançados nos países mais desenvolvidos. Os números indicam que 700 mil doentes que sofrem de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) deveriam ser enquadrados num programa de reabilitação respiratória. A reabilitação respiratória deverá ter o suporte técnico de uma equipa interdisciplinar composta por médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, psicólogo, nutricionista e terapeuta ocupacional que tornem os doentes capazes de gerir a sua doença, que apresentem de forma sustentada uma melhoria do seu estado de saúde com diminuição do recurso aos serviços de saúde, melhoria significativa na qualidade de vida e consequente melhoria na vivência familiar e social. A Reabilitação Respiratória é uma componente fundamental no tratamento do doente respiratório crónico e tem sido alvo de particular atenção pelos investigadores nos últimos 10 anos. Actualmente apontada como uma intervenção de 1ª linha no tratamento da DPOC estável num estadio moderado a grave, demonstrável pela diminuição dos sintomas, melhoria na funcionalidade, aumento da capacidade para o exercício e melhoria global da qualidade de vida bem como na autonomia da gestão da doença por estes doentes. Um programa de reabilitação respiratória tem como objectivos proporcionar a diminuição das incapacidades físicas e psicológicas causadas pela doença respiratória através da capacitação do doente, da melhoria da aptidão física, mental e consequentemente da performance dos pacientes, promovendo a reintegração social máxima dos mesmos. Para além destas questões, existe uma forte evidência dos custos directos com a saúde. O aumento dos níveis de actividade física através de uma actividade tão simples e acessível como a deambulação pode ter múltiplos benefícios na saúde do doente respiratório (ex. melhoria da capacidade funcional, diminuição do número de exacerbações e de internamentos hospitalares) , se ajustados às suas necessidades e iniciado o mais precocemente possível.
Posted on: Fri, 15 Nov 2013 14:53:10 +0000
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