De Psicologia Psicanálise No trabalho da análise, ao não se - TopicsExpress



          

De Psicologia Psicanálise No trabalho da análise, ao não se dividir a angústia, ao não se participar analista e analisando da mesma angústia, o que se faz é pôr a angústia a trabalhar. Na histeria, o sujeito visa prever o desejo do Outro, suscitando-lhe um desejo, do qual tenta e se quer fazer objeto. Na obsessão, o sujeito instaura um Outro, ao qual se liga enquanto escravo fazendo dessa relação, uma relação única e ignorando que exista um Outro desejante e, até mesmo, que existam outros. Na fobia, a insuficiência da intervenção paterna, faz com que o sujeito busque na realidade exterior, um evitamento do encontro do objeto angustiante. Nas perversões, o sujeito tem como estratégia produzir a angústia no Outro, apontar a sua falha, denunciar a sua divisão. E, finalmente, nas psicoses, o delírio serve a inventar um Outro de desejo, que lhe possibilite um lugar de inscrição. Em primeiro lugar a angústia sob esses pontos de vista, é um elemento própria da constituição do sujeito do Inconsciente. Isso basta para dizer que ela não é um obstáculo para análise, pois idealizar um tratamento analítico sem angústia seria tão difícil quanto sem o analisando. Esquematicamente, poderíamos pensar três momentos do aparecimento da angústia numa análise; antes do tratamento, durante e ao final. a) Antes Habitualmente, é por um acontecimento qualquer na vida de um sujeito que lhe desestabiliza, que lhe coloca uma interrogação, que lhe obriga interpretações costumeiramente decepcionantes, ou, dito em termos mais precisos, um acontecimento que tem a propriedade de tocar o Real, ponto de angústia, é que se procura uma análise. b) Durante No decorrer de um tratamento, como por exemplo, no caso de um obsessivo, é a angústia um acontecimento bastante favorável ao questionamento do imperativo superegóico do gozo, que massacra o sujeito, possibilitando ao desprendimento do desejo, resolvedor dessa situação. c) Ao final Ao final de uma análise a angústia pode surgir em sua forma mais direta, naquilo que Freud chamou o rochedo da castração e que Lacan, por sua vez, denominou como o passe, travessia. O atravessamento da ligação do sujeito com seu objeto, o toque no ser, o toque, sempre angustiante. A perda conseqüente de toda certeza, própria e do Outro, a decepção de que exista a garantia de reconhecimento absoluto, faz, no fim de uma análise, transformação da angústia paralisante, que só se sustenta no totalitário, no pleno, no sem falha e no sem falta. A relativização desse absoluto, traz conseqüências de um talvez, conseqüências da ocasião. Transforma-se, assim, uma estratégia alienante, numa possibilidade de um trabalho, num ir mais além, mesmo que não se saiba aonde. Palestra apresentada ao ‘Simpósio sobre Ansiedade e Benzodiazepínicos’, promovido pelo Departamento de Neuropsiquiatria da
Posted on: Sat, 27 Jul 2013 11:51:17 +0000

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