De Robert G Ingerssol - escrito em 1896 "Em minha juventude li - TopicsExpress



          

De Robert G Ingerssol - escrito em 1896 "Em minha juventude li livros religiosos — livros sobre Deus, sobre a expiação, sobre a salvação através da fé e sobre os outros mundos. Familiarizei-me com os comentaristas — com Adam Clarck, que pensava que a serpente havia seduzido nossa mãe Eva, que era de fato o pai de Caim. Ele também acreditava que os animais, enquanto estavam na arca, tiveram suas naturezas transformadas a ponto de comerem palha juntos e desfrutarem da companhia uns dos outros — com isso prefigurando o milênio abençoado. Li Scott, um teólogo nato, que realmente pensava que a história de Phaetom — sobre os cavalos selvagens cruzando os céus — corroborava a história de Josué sobre o Sol e a Lua terem parado. Então li Henry e Macknight, e descobri que Deus amava tanto o mundo que decidiu amaldiçoar a grande maioria da humanidade. Li Cruden, que fez a grande Concordância, tornando os milagres tão modestos e prováveis quando pôde. Lembro-me de que ele explicou o milagre da alimentação dos judeus errantes com codornas dizendo que mesmo atualmente um imenso número de codornas cruza o Mar Vermelho, e que, quando se ocasionalmente se cansavam, pousavam em navios que afundavam com seu peso. O fato de que a explicação era tão improvável quanto o milagre não fez diferença ao devoto Cruden. Há algum tempo li os Institutos de Calvino, um livro que visa produzir, em qualquer mente natural, um considerável respeito pelo Demônio. Li as Evidências de Paley e concluí que a evidência da ingenuidade na produção do mal, na criação da dor, era no mínimo tão boa quando a evidência que tende a demonstrar a presença de inteligência na criação do que denominamos bem. O argumento do relógio foi o maior esforço de Paley. Um homem encontra um relógio e, por este por ser tão maravilhoso, ele conclui que teve necessariamente um criador. Encontrando o criador do relógio, vê que este é muito mais maravilhoso que o relógio, concluindo então que este também deveria ter sido criado. Então encontra Deus, o criador do homem, o qual é tão mais maravilhoso que o homem que não poderia ter tido um criador. Isso é o que os advogados chamam de desvio de petição. De acordo com Paley, não pode haver um projeto sem um projetista, mas pode haver um projetista sem um projeto. A maravilha do relógio sugere um relojoeiro, a maravilha do relojoeiro sugere um criador, mas a maravilha deste criador demonstrava que não havia sido criado — que era incausado e eterno...".
Posted on: Sat, 06 Jul 2013 03:36:19 +0000

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