De modo geral, existem dois fatores perceptíveis que geram a descrença em divindades e a rejeição de valores religiosos/doutrinários: 1. Crescimento Intelectual Existem estudos e pesquisas que estabelecem uma relação inversamente proporcional entre nível de estudos (logo, maior discernimento) e religiosidade. Conclui-se que ter maior grau de instrução nos faz gradualmente diminuir a necessidade de ter crenças baseadas em fé. Claro que não é uma regra, mas que certamente facilita o processo de "desapego". Segundo o último Censo brasileiro, há uma tendência inversa entre ter o superior completo e ser pertencente a uma religião organizada. É algo percebido com maior impacto dentre as crenças cristãs, havendo diferenças significativas entre todas as religiões. Ver dados do censo aqui: oglobo.globo/infograficos/censo-religiao/ (Os dados foram retirados diretamente do Censo 2010 e publicados na matéria contida no link acima. Lembrando que o Censo ocorre a cada 10 anos e está disponível no site censo2010.ibge.gov.br/) Se alguém, por mais intelectualizado que seja, ainda não se desprendeu da religião, é sinal de que algum fator emocional esteja envolvido. A necessidade surge do próprio indivíduo, quando inserido em determinado contexto que favoreça a crença. É sabido que a fé é um mero fator geográfico, variável, sem que se tenha aí um padrão bem definido. Partindo disso, cabe a reflexão sobre o segundo ponto logo abaixo. 2. Desprendimento Emocional Por outro lado, é preciso abdicar da carência desenvolvida pela crença. Crer em divindades e ter para si os valores considerados adequados pela religião organizada são fontes de dependência emocional, já que fornecem um tipo de atenção paternalista ao indivíduo que dela necessita. É desejável ter certo amadurecimento quanto a isso, especialmente tido quando nos deparamos com a fugacidade, com a fragilidade da vida. Crenças não sustentam os fatos da vida, apenas reforçam que somos seres carentes de suporte emocional. Por mais enraizada que esteja a necessidade de crença, podemos nos dissociar desta. Muitas pessoas encontram a fuga que desejam na fé, porém, isso nos faz mais fracos diante de situações delicadas que a vida nos impõe. Pensando nessas duas coisas, o que você faz para se separar da crença? por Pedro H. Costa
Posted on: Tue, 06 Aug 2013 15:02:03 +0000
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