Deixa-me ir na direcção oposta, Aonde não se cruzam nem se - TopicsExpress



          

Deixa-me ir na direcção oposta, Aonde não se cruzam nem se lamentam As aves migratórias, atlânticas, sem terra Camuflamos os nossos sonhos em demasia, despidos Já não são o que partiram sendo. Deixa-me ir pela calada madrugadora (fértil em despedidas não sabendo sê-las), Zumbir as árvores e os anéis desfeitos, aconchego de neblina ao longe, Arrastar o meu corpo bruto em arco-íris, descolorido e sem voz vi-te Além, num levantar branco de nuvem Tenho a inconstância de saber um pouco sobre esse teu véu de sorrisos Uma ponte sem fim, um ponto nublado em virgula, assim Duas estradas na parafernália dos teus desejos, Requinte de sílabas sem nome, um terminal vazio em alma Parto, o chão que calcava humedeceu, enforcou-se em tédio, Sem embargo, com o peso de interrogações invertidas, Acalento o inverno em tic-tac – chuva embargada, arco-íris a preto e branco.
Posted on: Tue, 13 Aug 2013 18:40:45 +0000

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