Depois de passar por mais de dez países, como Rússia, Alemanha, - TopicsExpress



          

Depois de passar por mais de dez países, como Rússia, Alemanha, Polônia, Portugal e Argentina, e de ter recebido cerca de 1 milhão de pessoas, a exposição “Instrumentos medievais de tortura, período da Inquisição” chega ao Brasil. Em cartaz no Museu Municipal de Arte de Curitiba até o dia 6 de outubro, a mostra traz mais de 50 peças originais, restaurações e réplicas de instrumentos de tortura que foram utilizados do século XIII ao XVII. “O objetivo da mostra é fazer com que os visitantes reflitam sobre a opressão humana em suas faces mais radicais e cruéis. O poder das instituições, inclusive religiosas, sobre o indivíduo, sua mente e seu corpo”, afirma Mauro Tietz, diretor de patrimônio cultural da Fundação Cultural de Curitiba. Para ele, as peças, vindas em sua maioria da Europa ocidental, provocam reações diversas, do assombro à admiração. Instrumentos de dor e dominação Exposição inédita no Brasil traz mais de 50 peças originais utilizadas na Inquisição, como a donzela de ferro A donzela de ferro (cápsula de ferro com espetos capaz de enclausurar um homem), o triturador de cabeças (barra de ferro que esmagava crânios lentamente) e a cadeira inquisitória (um assento de ferro, que poderia ser aquecido, repleto de agulhas) são alguns dos instrumentos de tortura em exposição. Utilizado no Brasil durante todo o período colonial, o pelourinho também está lá, apesar de ter tido apelo inquisitorial apenas em Portugal. “Como nunca houve tribunal da Inquisição aqui, os réus eram enviados pelos visitadores ou comissários do Santo Ofício para Lisboa. Tortura havia, sim, nas fazendas escravistas. Mas aí é outro assunto”, esclarece o professor da UFF Ronaldo Vainfas, que estudou as visitações inquisitoriais no Brasil Colônia. Trazida da Itália pela Associação Ricercatori Storici,a mostra também aborda grandes personagens da história perseguidos à época, como Joana d’Arc, morta em 1431, Nicolau Copérnico, censurado ao apresentar a teoria heliocêntrica, e Galileu Galilei, condenado à prisão e obrigado a retratar-se por sustentar a teoria de Copérnico. Sem querer justificar os atos, Vainfas sugere, entretanto, fugir do erro de interpretar o passado com o pensamento atual. “A Inquisição existiu em uma época na qual não havia direitos humanos. A pena de morte era legítima e pública. A escravidão era legalizada. A tortura era uma técnica de interrogatório que todos sabiam que estava em prática”. “Os abusos praticados pela Igreja na Idade Média com o intuito de manter e alargar seu poder, sem dúvida, são fatores que levaram ao acirramento das críticas contra os representantes do catolicismo”, argumenta Angelo Assis, que frisa a atualidade do tema apesar do hiato temporal. “A intolerância religiosa, infelizmente, é motivo de conflitos em várias regiões no mundo de hoje”, completa. Saiba Mais O museu fica na Avenida República Argentina 3.430. Tel.: (41) 3329-2801. revistadehistoria.br/secao/em-dia/instrumentos-de-dor-e-dominacao
Posted on: Tue, 24 Sep 2013 17:03:23 +0000

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