Descriminalização das drogas!!! Falência do modelo punitivo faz países buscarem alternativas, mas, no Brasil, Congresso aposta no retrocesso Há cerca de dois meses, os noticiários brasileiros vêm martelando uma pergunta. “Onde está o Amarildo?” Desde que foi levado para averiguação em um posto da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) na favela da Rocinha, Rio de Janeiro, e nunca mais voltou, moradores, familiares e movimentos da sociedade civil têm realizado protestos exigindo explicações sobre o ocorrido. Sem nenhum sucesso, até o momento. O sumiço de Amarildo está relacionado a uma operação de combate ao tráfico naquela região e é bastante revelador das consequências desse modelo baseado na repressão e perseguição policial. “Além das mortes e do encarceramento massivo, a versão brasileira da ‘guerra às drogas’, assim como sua versão mexicana, está trazendo de volta ao cenário latino-americano a trágica prática do desaparecimento de pessoas, que caracterizou as ditaduras do século 20 na nossa região”, assinala a juíza Maria Lucia Karam. Em sua opinião, os 100 anos de proibicionismo ao invés de reduzir o consumo, intensificou o comércio ilegal no mundo e aumentou os riscos à saúde. “Nesses anos todos, as drogas ilícitas foram se tornando mais baratas, mais potentes, mais diversificadas e muito mais acessíveis do que eram antes de serem proibidas e de seus produtores, comerciantes e consumidores serem combatidos como inimigos”, observa. Maria Lucia também é presidente da filial brasileira da Leap (Agentes da Lei Contra a Proibição, em português), que reúne juízes, policiais civis, militares, entre outros profissionais de segurança pública pelo fim da proibição de todas as drogas. “Somente a legalização e consequente regulação da produção, do comércio e do consumo de todas as drogas porá fim aos inúmeros danos provocados pela nociva, insana e sanguinária guerra às drogas”, pontua Maria Lucia. FONTE: Caros Amigos
Posted on: Mon, 30 Sep 2013 01:09:54 +0000
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