Desviar, desfalcar, usurpar: roubar! Mesmo com tantas - TopicsExpress



          

Desviar, desfalcar, usurpar: roubar! Mesmo com tantas movimentações “implorando por mais dignidade e justiça”, falar sobre os desmandos com a coisa pública parece ser um debate tão fatigante aos leitores, quanto sem glória para nós que nos atrevemos a rabiscar qualquer coisa sobre tal assunto. Às vezes o receio de parecermos impertinentes obriga-nos mais uma vez a fazer isso como ato de contrição. Falando assim, isso até parece que tenhamos ofendido a Deus para com tanta pertinência num assunto que há tempos contaminou as repartições públicas por esse Brasil continental e que tanto nos tem entristecidos. O exagero da falta de respeito para com a sociedade brasileira que parte de todos os lados dos poderes que rege o nosso país e a nossa “democracia” é algo abominável. A cada dia vem à tona uma nova fórmula de barganhar em cima da coisa pública. Espere aí! Barganhar? Não. É ROUBAR MESMO. Assim como a distribuição da renda dos brasileiros é desigual, assim também são entre os ratinhadores do erário do povo brasileiro. Vejamos por exemplo, a obra de mestre que o juiz Nicolau dos Santos Neto conseguiu fazer, roubar milhões de reais, mesmo tendo esse decente a ajuda de seus comparsas, esse “douto das leis” teve a façanha de ficar com maior parte do dinheiro roubado. Esquemas de desvios de milhões de reais são desvendados quase que diariamente, e, mesmo assim, parece que impunidade seja mesma a fiel companheira pelo menos para a minoria desses corruptos. Aqui no Brasil quanto mais o larápio conseguir roubar dos cofres públicos menos chance ele tem de ser condenado e, quando são, os percalços do nosso arcaico Código Penal Brasileiro dar-se-á a esse ladrão um meio de não pagar pelos seus crimes. Citamos o influenciador e amigo dos “políticos e empresários” o nobre Carlinhos Cachoeira. Afinal, por anda esse contraventor? Talvez nem mesma a maior interessada pela sua prisão saiba, que é a justiça. Vamos partir para um assunto bem “fresquinho” que veio à tona no último domingo – 07 - no programa da Rede Globo – O Fantástico, que é a vendagem de túmulos. Primeiramente façamos um pequeno traçado ou itinerário de como somos roubados até chegar a hora da morte aqui no Brasil. Primeiramente, maquiam-se falsas internações e tratamentos contra o câncer ou qualquer outra doença. Depois desviam as verbas destinadas para tais tratamentos e internações que vão diretamente para as contas dos “doutores, diretores e secretários da morte” através de suas clínicas e ou então das falsas e viciadas licitações. E aí quando a morte chega você acha que tudo já acabou – literalmente -. Puro engano. Principalmente se você mora, por exemplo, no Rio de Janeiro ou em outra grande cidade, haja vista, que o purgatório nos grandes centros do país só está apenas começando, pois, a até chegar à terra dos pés juntos e – cemitério -, enterrar o seu ente querido você precisará corromper, ou então, ser corrompido por algum infeliz que seja responsável por tais serviços funerários que friamente promete mandar o finado pro além, todo maquiado e tudo que ele tenha direito e, em alguns casos, menos o principal, o caixão. Para piorar ainda mais o martírio da família do morto, encontra-se outro infeliz pela frente que promete enterrar o defunto num lugar bastante privilegiado na mansão dos mortos com visão para os jardins do Éden. Isso até parece roteiro de filme de terror. Infelizmente esse é o Brasil que tanto nos orgulhamos. Na educação as coisas não mudam de figura e tampouco de figurino. Além da má qualidade do ensino brasileiro, a nossa educação é quase que obrigatoriamente a lidar com os usurpadores dos recursos que era para dar aos nossos filhos uma educação de primeiro mundo, mas, que infelizmente a realidade em alguns casos se quer se tem uma cadeira para sentar. A merenda? Quando se tem é de má qualidade e muitas vezes estragadas ao ponto de jogar no lixo. A caduca frase que diz que o brasileiro sempre encontra o jeitinho de se livrar do “aperto” está servida sim, mas, para atos ilícitos. Ganhar dinheiro em nome de quem já partiu dessa pra melhor, por exemplo, é o que mais se tem acontecido, principalmente nas falsas aposentadorias e pensões. Não e atoa que o Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS - é um dos órgãos federal que anualmente tem trazido grandes déficits para o governo. O mais degradante disso é que tais absurdos são realizados com a conivência e a participação quase sempre de servidores que de alguma forma também saem ganhando com a safadeza. Já no tocante a religião pode dizer que em se tratando da religião católica, por incrível que pareça, somos um dos menos corruptos dentro da Santa Sé, pois ninguém tira esse posto dos ladrões que povoam há décadas a cidade - Estado do Vaticano. O que não se pode afirmar o mesmo quando se refere às igrejas evangélicas e, diga-se passagem, entre elas estão as pentecostais que tem nos seus principais líderes, verdadeiros barganhadores dos dízimos de seus fiéis. A corruptância nesse meio se torna menos evidente devido ao variadíssimo cardápio de produtos “consagrados e abençoados” que essas igrejas sabem comercializar e fazer fortunas como ninguém. Isso sem falar nas outras atrocidades que esses homens de fé cometem em nome de Deus. E no meio político? Aí que as coisas estão sombrias. Assim como fundar igrejas virou um comércio bastante lucrativo, fundar partidos políticos não foge a regra de como faturar muito dinheiro. É nesse meio que o termo desviar e as vias de acesso para tal são os mais variados possíveis. Os crimes de desvios das verbas públicas no meio político é também um dos mais organizados quando se trata de roubar os cofres públicos. A começar pelos financiadores de campanhas desses homens públicos. Antes da campanha eleitoral de 2010, fiz um artigo que falava justamente de quantos políticos seriam eleitos naquelas eleições financiados com o dinheiro vindos do narcotráfico. Assim quantos decentes de uma vida pra lá de suspeitas tiveram sucessos nas urnas através de ajuda de seus amiguinhos do submundo do crime, assim está caminhando o futuro do povo brasileiro que estão justamente nas mãos desses homens que são responsáveis pela constituição de nossas leis. Mas, nem tudo estar perdido. Sempre teremos um trunfo nas mãos que é o nosso voto, muito embora, em determinados momentos, a vontade da maioria e a democracia sejam desrespeitadas. O momento de protestar não é só agora, mas, sempre. Assim seja necessário. E como a necessidade é algo que sempre estará presente principalmente nas classes menos abastadas, assim, devemos, portanto, no próximo ano, dar uma resposta de INDIGNIDADE CONTRA A TUDO DE RUIM DO QUE ESTAMOS VIVENDO NUM PAÍS TÃO MARAVILHOSO E TÃO RICO, MAS, QUE AO MESMO TEMPO SE TORNA TÃO POBRE. É sempre bom lembrarmos que nada estar perdido. Somos uma nação com uma história de lutas e conquistas e, porque não dizer, com memória sim. Próximo teremos dois grandes ventos, a Copa do Mundo e mais uma eleição. Com certeza, o primeiro fará com que o povo brasileiro esqueça momentaneamente as mazelas e as safadezas cotidianas que nos afligem, mas, saberemos dar a respostas para àqueles que só aqui vem a cada quatro somente para usurpar e nos enganar com as velhas e manjadas promessas de campanhas. Areia Branca – RN, 12 de julho de 2013. Glauco Araújo.
Posted on: Tue, 16 Jul 2013 01:56:39 +0000

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