Deus os abençoe! 24/08/2013 CORAGEM Numa ocasião fui - TopicsExpress



          

Deus os abençoe! 24/08/2013 CORAGEM Numa ocasião fui convidado para substituir um professor na faculdade e ministrei, por um período, a Teologia do Velho Testamento. Era uma classe heterogênea mais havia algo em comum, todos queria aprofundar-se no conhecimento teológico e, em seguida, poder servir as suas comunidades ou serem mestres. Enfim, todos estavam ali com uma missão nobre de dedicarem suas vidas a favor do próximo e esperavam que Deus os fizesse instrumentos em Suas mãos. Uma vez por semana todo o corpo docente, alunos e funcionários da instituição reuniam-se no auditório maior, para ouvirem uma preleção de aproximadamente 40 minutos de um dos professores. Naquela manhã eu havia sido designado pela reitoria para trazer a mensagem. Esta universidade tinha regime interno e 90% dos alunos moravam no “campus”, portanto, viviam 24 horas por dia com a Bíblia na mão e um ideal no coração e na mente, durante quatro anos que era a duração do curso. O que poderia ser novo para uma plateia tão seleta como esta? O que poderia ser mais profundo? O que poderia produzir impacto? Ali estava eu, pela primeira vez, diante das quase 200 pessoas que estavam ávidas para ouvir o professor de Velho Testamento. O silêncio era sepulcral, os olhares fitos para o púlpito, onde podia se ver o reitor, outros mestres e eu estava no centro. O reitor fez a abertura e me entregou a palavra. Eu iria ensinar para quem já ensinava pregar para quem já pregara, desafiar a quem fora desafiado, estimular a quem já fora estimulado. Enfim, aquela multidão esperava algo superior ao que estava acostumada. Assumi o púlpito, e como não podia deixar de ser, pedi que abrissem suas bíblias no livro de Levíticos 19:2. Terminada a leitura eu me dirigi ao auditório e disse: “Vocês viram o que Deus está dizendo aqui? Ele quer que vocês sejam santos.” Após a leitura, disse-lhes: esta é a mensagem de Deus para vocês, obrigado pela atenção de todos! Deu para perceber a fisionomia perplexa da maioria, intrigante da reitoria e demais colegas e professores. Todos saíram para o pátio, havia tempo sobrando e ninguém falava nada. Entrei no carro e fui para casa, certo de ter deixado uma mensagem. Uma mensagem que não foi profunda, não foi eloquente, não foi demorada e não me projetou como um grande orador. Passados aproximadamente dez anos após esta minha mensagem, encontrei- me com um aluno que voltava da África e ele me indagou: “Antonio, o que aconteceu com você naquela manhã ali na universidade para você trazer aquele tipo de mensagem? Ou melhor, ler aquele texto?” Eu lhe respondi fazendo uma outra pergunta: “Quando foi que você ouviu uma grande mensagem, que teria sido arrebatadora e que você tenha dito glória à Deus? Ele me respondeu: foi a trinta dias atrás, quando em um estádio com capacidade para 10.000 pessoas, estava lotado e todos deliravam com a mensagem do pregador, inclusive eu! Eu perguntei: qual foi o texto bíblico que ele usou e qual foi o desfecho da mensagem? Ele não soube responder objetivamente e nem tampouco se lembrava do texto bíblico. Eu lhe fiz outra pergunta: “qual foi o texto bíblico que eu usei naquela mensagem de dez anos atrás e qual foi o desafio”? Ele respondeu o livro da bíblia, o capitulo, o versículo e o desafio do texto. Eu respondi para ele: Se naquela manhã eu tivesse explicado que ser santo no hebraico significa separado (kadosch) elucidaria mais? Se eu tivesse feito uma exegese do texto e gasto os 40 minutos que me estavam reservados para dizer que ser santo é estar separado para o uso de Deus, que a roupa que os sacerdotes usavam recebia o nome de Kadosch, os utensílios usados no templo recebiam o nome de Kadosch e o próprio sacerdote recebia o nome de Kadosch, ou seja, tudo era separado para ser usado por Deus. E que esta era a condição de todos que estavam ali naquela universidade. Isto elucidaria e traria um desafio maior? Então eu conclui dizendo: se uma mensagem poderosa ouvida a trinta dias atrás você esqueceu, o mesmo teria acontecido com a minha de dez anos trás por mais culta e eloquente que fosse. Entretanto, todo o destaque e profundidade foram deixados por conta de Deus. Já são passados 25 anos daquela mini mensagem, porém tenho certeza que meus alunos não a esqueceram e não a esquecerão. Tudo o que precisei foi ter “CORAGEM”. Todos os direitos de publicação reservados a Antonio Gonçalves
Posted on: Sat, 24 Aug 2013 10:24:54 +0000

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