Dialogo 78º Diante da natureza morta, sobre o mar de corpos - TopicsExpress



          

Dialogo 78º Diante da natureza morta, sobre o mar de corpos inertes e sangue nós treze levantamos de nossas preces e exaustos iniciamos o longo caminho de volta ao Templo de Salomão. Mas antes disso reunimos os corpos dos sete irmãos que morreram em batalha bem como suas respectivas espadas, levaria seus corpos de volta nem que fosse a ultima coisa que fizesse em vida! Eles entregaram suas vidas para poupar a vida de muitos outros, sentia-me honrado em ter lutado ao lado desses nobres Cavaleiros da Ordem, fora uma batalha injusta onde poucos enfrentaram muitos, mesmo assim Deus nos concedeu a vitória! Seus corpos iriam ter um sepultamento com toda honra e gloria, dentro das tradições da Ordem dos Cavaleiros Templários, isso eu podia garantir! Depois de quase um dia inteiro de caminhada chegamos às portas de Jerusalém, eu mal podia mexer o braço da espada que fora ferido em combate, quase todos traziam feridas profundas, e a dor de perder sete irmãos... O crepúsculo já tomava os céus quando um dos irmãos do Templo que fazia ronda nos avistou de longe, deu meia volta e cavalgou em direção ao Templo, não demorou estava de volta com uma dúzia de irmãos, inclusive o próprio Grão Mestre estava presente. Assim que se aproximaram nos socorreram, o Grão Mestre veio até mim e inclinou à cabeça em sinal de respeito, eu olhei para ele, que ficava cada vez mais embaçado e confuso, minha visão estava completamente embaralhada, tudo ficou escuro e eu desmaiei... Acordei nos meus aposentos, estava com o ombro enfaixado e medicado, sai pela porta, perguntei a uma senhora que servia o Templo que passava rapidamente pela porta dos meus aposentos quanto eu tinha dormido?! Ela me disse que não muito, estava desacordado apenas por algumas horas, agradeci voltei para dentro e coloquei minhas vestes, atrelei minha espada e desci para o salão principal na parte inferior do Templo. A cerimonia dos sete irmãos já devia ter começado, então me apressei, não podia deixar de prestar minhas condolências e ultima homenagem aqueles nobres Cavaleiros... Quando ganhei ao salão avistei uma centena de irmãos, todos curvaram suas cabeças saudando-me, o Grão Mestre falou: “Devemos novamente a integridade do Templo e de nossas vidas a você Lobo Templário, se não fosse pelo vosso heroísmo e dos vossos irmãos estaríamos em apuros uma hora destas!”. “Estás enganado milorde, devemos essa vitória a Lady RedFord, se não fosse por ela nunca saberíamos que seriamos atacados de surpresa!”. Todos olharam com espanto, bem no fundo do salão vi Lady RedFord com um sorriso estampado no rosto. “Eu sinceramente espero que cada um dos irmãos Templários que insultaram Lady RedFord tenham a decência de pedir-lhe desculpas imediatamente, acusaram-na de mentirosa, traidora entre outras coisas que não valem apena serem ditas!”. O Grão Mestre vendo minha indignação falou: “Vocês ouviram nosso irmão Lobo Templário, que assumam vosso erro e redimam de vossa falta perante Lady RedFord!”. Mais de uma dezena foram em direção de Lady RedFord e dobraram seus joelhos, ela ficou sem graça a principio, mas eu via em seu olhar que estava feliz por eu tê-la defendida das falsas acusações... Eu passei lentamente os olhos em cada um dos sete irmãos mortos, pedindo em meu intimo que eles tivessem encontrado a paz do lado de Deus. O Grão Mestre se pronunciou na abertura da cerimonia: “Vinte bravos Cavaleiros partiram para uma missão importantíssima há pouco mais de uma volta completa de lua, apenas treze retornaram com vida! Vinte dos nossos irmãos sob o comando do Lobo Templário e do Velho Irmão entraram em combate no campo de batalha contra oitenta soldados inimigos, isso é um feito que nunca será esquecido pela Ordem dos Cavaleiros Templários. Devemos nossas vidas e a integridade das terras que estão sob nosso domínio aqui na Terra Santa a esses heróis Templários!”. FlavioK2 – Lobo Bárbaro Poeta
Posted on: Sat, 21 Sep 2013 03:17:12 +0000

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