Drogas Devido à grande possibilidade do acesso não mais controlado pela religião e pelos ritos místicos de onde se originou o seu consumo e a sua descoberta, agora, a droga alucinógena se desvencilhou e se desvinculou do círculo de onde surgiu para ser um fim em si mesmo a busca de um estado psíquico alterado como simples fuga da realidade sem um sentido místico, exotérico ou religioso. Seria análogo, se pudéssemos comparar, como se um muçulmano roubasse o sacramento da hóstia sagrada dos católicos na missa e as introduzisse em seu cotidiano como um lanche matinal, degustado com manteiga ou com creme de amendoim, seria considerado pelos católicos como uma profanação de seu ritual mais sagrado, assim fizemos nós, os ocidentais, com os ritos indígenas e orientais que introduziram os alucinógenos como parte inseparável de seus rituais místicos sagrados, nós os ocidentais os profanamos, assim como profanamos o chocolate que era uma bebida de um ritual sagrado dos Astecas agora transformado em guloseima e vendido nas prateleiras dos supermercados e até nos lugares mais profanos inimagináveis para os sacerdotes Astecas. Assim fizemos com o Yoga que é uma parte da religião dos Vedas na Índia e transformamos o Yoga em exercício físico de relaxamento e condicionamento físico, para os Vedas é uma parte do ritual sagrado de busca do nirvana, assim de profanação em profanação os rituais místicos e sagrados vão sendo banalizados e transformados em commodities para consumos vandalizados da nossa superficialidade consumista e imediatista sem nos atermos aos significados, origem, consequências e importância.
Posted on: Wed, 09 Oct 2013 15:30:00 +0000