Déjà vu e dialética Maquiavel era conservador (os direitistas - TopicsExpress



          

Déjà vu e dialética Maquiavel era conservador (os direitistas de plantão também); para ele a história é cíclica, estática, fechada e repetitiva; italiano de Floresça, apreciava o período político áureo e de glória de seus ancestrais Romanos; desejava um déjà vu, que o mesmo acontecesse no seu tempo, dos Borgias, no poder; queria uma Itália unificada. Para azar dele e sorte nossa, a história é dinâmica, dialética; como sugeriu o fundador do pensamento dialético, Heráclito de Efeso, “panta rei os potamos” , como um rio, tudo flui na natureza. Água que desce rio abaixo na força da correnteza pela descaída do terreno segue adiante até se encontrar no plano do oceano num a alternância forçada entre contrários, num devir natural; ninguém se banha duas vezes nas mesmas águas; o que identifica a coisa é o seu contrário; contrários são oposições, e são oposições porque lutam entre si, vivem em disputa, em polêmica, em guerra. Com os fatos no tempo se dá algo parecido; o tempo não se repete; os fatos nele acontecidos são arrastados para o infinito. Mas fatos se dão no tempo e no espaço, e são atribuídos a sujeitos em face de objetos. Esses elementos variáveis compõem a unidade de um acontecimento. Na mistura das variáveis, muitas são as possibilidades de realização. É o devir espácio-temporal, é história, sucessão de fatos, fatos novos que sucedem fatos do presente, que se tornam passado, que não voltam: mudança, alternância entre contrários para frente. Fatos com qualidade de contrário, de oposição, resistentes um ao outro, que lutam entre si, vivem em disputa, em polêmica, em guerra, em busca do equilíbrio, da harmonia. Logo, não há déjà vu. Tudo é dialética.
Posted on: Thu, 08 Aug 2013 23:01:50 +0000

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