ESSA MÚSICA É BOA? O poeta-divisor-de-mentalidades Ezra Pound dava uma fórmula simples, em um de seus livros, pra se saber se a poesia era boa ou ruim: COMPARAR. Simples assim. Ele até falava em química para tal, dois agentes químicos postos em contato e sua reação e etc. A cândida fórmula poundiana vale para TODAS as artes, da tapeçaria ao estelionato, da arte de se compor uma sinfonia à carreira solo do ex Menudo. Não é necessário dizer q quase NINGUÉM faz isso TECNICAMENTE, digo, compara para fins ESTÉTICOS. Já para fins de VAIDADE da gota serena, é uma comparação só: veja o q aquele escreveu, mas olhe o q o outro gravou, está sabendo o q aquele outro vai expor? Dito posto isto dito, exponho a razão de achar Manoel de Barros um poeta menor. Não falarei dele, mas do NEGATIVO dele, alla Pound: nomeando um Paideuma de 10 poetas que 20 anos de leitura minha não exauriram. E poetas contemporâneos dele (jogo limpo, alguns bem mais novos), e nascidos e incluídos num cânone ainda em aberto - isto é, fora dos consagrados em livros escolares. Começando com: 1. Armando Freitas Filho Primeira impressão O poema novo é dos insurgentes. Surde, subterrâneo e somente eles o escutam. Não parece poema, parece que todos podem escrevê-lo mas não o escrevem nem o escreverão nunca. Não tem cabeça e pé princípio ou fim definidos mas não são sem pé nem cabeça. Tem peito, plexo solar, e dois dedos de prosa quebrados. Só vai ser poesia, depois. Quando muitos o terão lido relido e estabelecido. ....
Posted on: Fri, 04 Oct 2013 02:27:23 +0000
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