Economia Matéria de Paulo Sérgio Xavier Dias da Silva, - TopicsExpress



          

Economia Matéria de Paulo Sérgio Xavier Dias da Silva, publicada semanalmente no Grupo JBA CRESCIMENTO NO PIB NO SEGUNDO SEMESTRE SURPREENDE, MAS NÃO CONVENCE. Email: psxds@hotmail No final de agosto, foi divulgado o crescimento do PIB, no segundo semestre, de 1,5%, surpreendendo o mercado, mas que não garante a manutenção deste desempenho. Esta situação pode ser comparada com um time de futebol que vem perdendo seguidamente seus jogos e causa surpresa com uma vitória frente a um adversário de grande categoria, mas sua equipe continua irregular, com a defesa vulnerável, meio de campo ineficiente e ataque fraco. Como analogia, temos uma defesa comercial despreparada para enfrentar os desafios do comércio internacional, privilegiando as importações. Deixamos desguarnecida nossa retaguarda, apostando demasiadamente no desempenho das commodities, não firmando acordos bilaterais, dependendo do problemático MERCOSUL e das vantagens concedidas aos “nossos muy amigos argentinos”, que não respeitam os acordos comerciais e preferem importar produtos asiáticos, prejudicando preferencialmente o Brasil. Tomamos gol à toa. A política econômica, nosso meio campo, anda confusa e não alimenta bem o ataque. Sem uma estratégia eficaz e consistente, lança bola de qualquer maneira, adotando medidas pontuais e em benefícios de alguns setores, com desonerações duvidosas que comprometem mais a arrecadação federal. Dos seus principais componentes, as políticas monetária, fiscal e cambial estão todas capengas, jogando só de lado. A primeira, dependente quase que exclusivamente do expediente de aumentar os juros básicos, esquecendo-se de utilizar outros mecanismos para combater a inflação. A segunda, praticamente inexiste e até joga contra o seu próprio campo, atrasando ou pisando na bola, em vez de reduzir, aumenta os gastos de custeio, sem a contrapartida da prestação de serviços essenciais à sociedade brasileira e reduz os investimentos públicos. Na terceira, sofremos uma contusão séria com o aumento brusco do dólar e sem um banco de reservas à altura tivemos de apelar, como as recentes medidas do Banco Central. Como resultado, nosso ataque não funciona e fica perdido, esperando a bola chegar. Trata-se do empresariado nacional, particularmente do setor industrial, que sem incentivos para expandir a oferta de seus produtos, tem sérias dificuldades para ser mais competitivo. Se as inúmeras chances de gol, que foram criadas no mercado interno, com o aumento do consumo das famílias, principalmente da classe média emergente, tivessem sido aproveitadas pela indústria brasileira, não precisaríamos importar tanto e venceríamos de goleada nossos adversários, estabelecendo um ciclo virtuoso de produção-emprego-renda. O Brasil perdeu uma oportunidade ímpar, para se desenvolver desde o governo do ex-presidente Lula, em que tínhamos um comércio externo favorável, preços elevados de nossas commodities e quando a crise financeira internacional se instalou, possuíamos um nível elevado de reservas, que deveriam ter sido utilizadas para melhorar nossa infraestrutura, logística, competitividade, através de avanços tecnológicos e inovação. Mas, a lição de casa não foi feira, não se construiu sequer um cm. de porto, muito pouco de silos e armazéns, não foram expandidas e nem conservadas as rodovias e ferrovias, não se investiu o necessário na saúde e educação, julgando-se que bastava simplesmente ampliar os benefícios dos programas sociais. O pior é que o atual governo vem seguindo a mesma cartilha e se não mudar o esquema de jogo e atuar com mais garra e determinação, corremos o risco de sermos rebaixados para a segunda divisão do campeonato das economias mais desenvolvidas, ficando ainda bem atrás dos demais países emergentes. Para evitar esse vexame só convocando o técnico sempre são-paulino, Muricy Ramalho, para comandar nossa equipe econômica. * Paulo Sérgio Xavier Dias da Silva é economista graduado pela USP, com créditos de mestrado em administração, jornalista, consultor empresaria l, assessor de imprensa e relações institucionais.
Posted on: Thu, 19 Sep 2013 15:27:17 +0000

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