Edgard Morin: ( Aqui na íntegra: - TopicsExpress



          

Edgard Morin: ( Aqui na íntegra: fronteiras/canalfronteiras/noticias/?16%2C70 ) .......Maio de 68 foi a revelação de uma falha da civilização ocidental. Estou falando de todo o mundo ocidental. Ela mostrou que onde havia abundância de bens materiais, onde havia abundância de bens de consumo, bem-estar material, não havia bem-estar moral, não havia bem-estar psicológico; havia, ao contrário, infelicidade, insuficiências tratadas privadamente, quer dizer, recorrendo-se aos soníferos, às drogas, ao psiquiatra, etc. Há um novo mal-estar, produzido pela nossa civilização que, no entanto, produziu virtudes e qualidade, mas que gera cada vez mais essas características negativas que, de certo modo, Maio de 68 aponta. E se falou justamente de crise de civilização, da insuficiência dessas civilizações e, repito, de aspiração a outra vida. ......Falou-se ainda em mostrar que, enquanto muitos teóricos de antes de 1968 pensavam que a civilização, nossa civilização ocidental, iria cada vez mais resolver os problemas mais graves da humanidade, a desigualdade, o desemprego, o mal-estar, a infelicidade, etc., percebia-se que, ao contrário, esses males tinham se agravado. Percebeu-se que nossa civilização era uma superfície, uma camada sobre um subsolo que estava cada vez mais minado. ......Mas o solo não desabou porque, de algum modo, houve o restabelecimento, depois de explosões diversas, da antiga ordem. Pode-se dizer que tudo mudou. Pode-se dizer, de preferência, que nada mudou, embora tudo tenha se modificado. O que se pode dizer é que, durante a década de 1960, vê-se o fim de uma esperança e o fim de um desespero. É o fim de uma esperança, ou seja, havia algo, uma fórmula, um mundo que estava transformando a humanidade, criando um homem novo, uma sociedade nova. Isso desaba, percebe-se que o sistema criou uma nova dominação, uma nova servidão, e chegou a uma série de impasses econômicos. Logo, é o fim de um desespero e de uma esperança; é o fim do desespero de populações que viviam nesse sistema ou que eram oprimidas, ainda que o fim desse desespero não se traduza no nascimento de uma esperança. Assim, assistimos à expansão da economia liberal e, ao mesmo tempo, o que é um fenômeno dos anos 1990, ao extraordinário desenvolvimento das tecnologias de comunicação, que permitem conectar instantaneamente um ponto a outro do planeta, por telefone móvel, fax, correio eletrônico e tudo mais que a internet trouxe. Temos, então, a globalização técnica, econômica, que se espalha no mundo, mas, também, uma segunda globalização mais fraca, mas real, uma globalização de democratização e dos direitos do homem. Então, o que é preciso observar é que a globalização se traduz por uma unificação técnica, econômica, um tipo de ocidentalização. Temos, portanto, quase por toda parte, a reivindicação de uma identidade que, com ou sem motivo, teme ser sufocada. Mas, temos um segundo elemento que explica tudo isso: a perda do futuro. Por quê? Mais na íntegra aqui: ( fronteiras/canalfronteiras/noticias/?16%2C70 )
Posted on: Sun, 16 Jun 2013 18:05:08 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015