Editoras pelotenses incentivam produção cultural - TopicsExpress



          

Editoras pelotenses incentivam produção cultural local Satolep Press e Mandinga assumem vertente editorial ao colocar nas livrarias obras de autores da cidade e região Esforço para ingressar no mercado literário iniciou ano passado com a Satolep Press Mandinga, grupo formado por poetas, ativistas culturais, músicos e artistas visuais teve início em março deste ano, na 14ª edição do Poesia no Bar Uma nova leva de livros chegou às prateleiras. Dividindo espaços entre bestsellers de Dan Brown, John Green e Nicholas Sparks estão títulos de Deco Rodrigues, Nauro Júnior, Martim César, José Luís Marasco e outros autores do extremo sul. Se antes a possibilidade de um escritor da região lançar uma obra era praticamente remota, agora esse sonho está se transformando em edições caprichadas e de muito bom gosto pelo trabalho da Satolep Press e da Mandinga Arte Literatura, duas incentivadoras de artistas que levam a Pelotas de seus corações para as páginas. O esforço para ingressar no mercado literário iniciou ano passado com a Satolep Press. Na verdade, a agência de comunicação liderada pela jornalista Gabriela Mazza e o fotógrafo Nauro Júnior nem era para se tornar uma editora. “Nada foi planejado”, adianta Gabriela. O objetivo inicial era lançar de forma independente Náufrago do mar doce, romance de seu sócio e marido sobre um pescador da Vila da Palha que sobrevive a um naufrágio na Lagoa dos Patos. “Iríamos bancar o livro do nosso próprio bolso. Na hora, o Nauro perguntou: ‘Por que não colocamos o selo da Satolep Press?’. Fiquei em dúvida, mas seguimos em frente”, conta a jornalista. O projeto foi um sucesso, tendo sua primeira edição esgotada e a promessa de uma versão cinematográfica. A partir disso, aquela logomarca estampada na contracapa foi responsável pelo contato de vários aspirantes a escritores. Frente a uma crescente demanda, a empresa projetou o lançamento de quatro obras para o segundo semestre de 2013: Três contra todos, de Deco Rodrigues; Pelotas em imagens, de Nauro Júnior, Histórias do papai, de Álvaro Braga, e Rastros num caminho, de José Luís Marasco Cavalheiro Leite. Todos tiveram sessão de autógrafos na 41ª edição da Feira do Livro de Pelotas. As narrativas publicadas pela Satolep Press possuem uma forte relação com o município. Os títulos, até o momento, transcorrem suas tramas em Pelotas e mostram, ao seu modo, o cotidiano local. “Nossa essência é a mesma que a do Vitor Ramil, de poder ficar aqui e produzir uma cultura de qualidade, tanto para Pelotas como para fora dela”, comenta a novata editora. “E se, além de realizar um sonho, gerar lucro, ótimo! Mas, essa não é a nossa motivação”, adverte. Empolgados com a vertente editorial, Gabriela e Nauro adiantam mais novidades estão previstas para o próximo ano, incluindo um livro de poemas. União de artistas A incursão da Mandinga Arte Literatura é mais recente. O grupo formado por poetas, ativistas culturais, músicos e artistas visuais teve início em março deste ano, na 14ª edição do Poesia no Bar, realizado no Madre Mia. Daniel Moreira, Ediane Oliveira, Jairo Tx, Ju Blasina, Junelise Martino, Valder Valeirão e Vicente Botti integram o coletivo cujo foco é a poesia. Entre os projetos desenvolvidos recentemente está o lançamento do livro Sobre amores e outras utopias, de Martim César, que serviu de marco para as ações editoriais. “Queremos facilitar o caminho dos escritores, disponibilizar trabalhos e divulgar a poesia. É tirar os textos da gaveta”, define Moreira sobre esta extensão da Mandinga. Ele explica que o selo foi criado para distribuir a produção do grupo, mas acabou tendo sua estreia com o músico e poeta jaguarense porque este já estava em tratativas com Valder, integrante do coletivo e proprietário da Nativu Design, para lançar sua obra. Martim aceitou participar do projeto e teve o conjunto de poemas lançado em Pelotas, Rio Grande, Canguçu, Jaguarão e Concórdia. O primeiro livro trouxe muita gente a conhecer a Mandinga, principalmente, autores que procuraram o grupo para saber mais detalhes sobre o processo de publicação. Por enquanto, a prioridade é por materiais de cunho poético, mas isso não significa que estejam fechados para outros gêneros. “Nada impede que um cronista ou um romancista se aproxime. Tudo é conversa”, esclarece Moreira, que revela a intenção de outros membros do coletivo em produzir obras diversificadas. Mais que livros O selo editorial é um complemento do trabalho desenvolvido pelo grupo. Com a realização de uma Feira do Livro voltada à poesia, a Mandinga aproveitou a chance para ajudar na programação do evento com diversas atividades. Fora da Feira, o coletivo Mandinga segue com as edições trimestrais de uma revista virtual que une poesia e fotografia. Soma-se ainda o Poesia no Bar, projeto existente desde 2010 e que deu origem ao grupo. Seja no bar, na biblioteca, no ônibus ou nas livrarias, a Mandinga quer cercar a população de poesia. Moreira adianta que o segundo livro será lançado até março do próximo ano. Ainda para 2014 está prevista uma coletânea com o trabalho de poetas que colaboram com as atividades promovidas pelo grupo. “Queremos formar um grande movimento. Aos poucos estamos ganhando representatividade. E isso retumba”, conclui. Por: Max Cirne www2.diariopopular.br/zoom/index.php?n_sistema=3153&id_noticia=NzYyMzM=
Posted on: Tue, 12 Nov 2013 15:10:50 +0000

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