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Editorial: Educação brasileira e a valorização dos professores "Os professores responsáveis por alfabetizar nossos filhos são mal remunerados e precisam trabalhar os três turnos seguidos para ganhar o mínimo para sobreviver", afirma jornal Fonte: Jornal de Tocantis (TO) Daqui a pouco mais de três meses teremos a realização de mais uma prova do Enem e com ela voltam as velhas discussões acerca de qualidade da Educação brasileira e o acesso ao Ensino Superior. Quando se fala em Educação Pública sempre vêm à tona os problemas na aplicação das provas do ENEM e o acesso a Universidade Pública. A realidade atual mostra que os Alunos que terminam o Ensino médio em Escolas particulares são a grande maioria dos aprovados nos vestibulares das Universidades Públicas Brasil a fora. A nova sistemática adotada pelo Enem somente agravou esse problema, pois possibilita que Alunos de regiões mais desenvolvidas do país possam concorrer a vagas em Estados com sérios problemas na formação básica dos estudantes. E é justamente a formação básica, nas séries iniciais, a grande responsável por toda a vida acadêmica dos estudantes e a principal responsável por sua futura aprovação no vestibular, daí se explica o "porque" dos Alunos de Escolas particulares ficarem com a maior fatia de vagas nas universidades públicas, principalmente nos cursos ditos "elitizados" (Medicina, Direito, etc...). A falta de investimentos na Educação de base é o grande empecilho para o desenvolvimento econômico do país e a diminuição das desigualdades sociais aqui existentes. Os Professores responsáveis por alfabetizar nossos filhos são mal remunerados e precisam trabalhar os três turnos seguidos para ganhar o mínimo para sobreviver. Contudo, ganhar pouco não é o único problema que os profissionais da Educação precisam enfrentar. O desabafo da Professora Amanda Gurgel tempos atrás, acerca de toda a responsabilidade que os Professores tem sobre suas costas é a mais pura realidade: a redenção da Educação Brasileira está nas mãos do Professor que tem um pedaço de giz e um quadro, no bolso um salário base de R$ 930 comendo cuscuz alegado? A pergunta da Professorinha até hoje num foi respondida pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte. Ano passado tive uma experiência que deveria ser vivida por todos aqueles que são responsáveis pelos rumos da Educação Pública brasileira, mais especificamente, a classe política que facilmente aprova o aumento de seus salários em detrimento da categoria de profissionais que considero mais importantes, os Professores. Em viajem a minha cidade natal tive o desejo de reencontrar a Professora que mais marcou a minha vida estudantil. Aquela que tirava a tabuada utilizando "os métodos antigos e eficazes da pedagogia". Aquela que quando perguntava "8 x 7?" precisava ser respondida de imediato e não adiantava utilizar a técnica dos "enrolões" de repetir a pergunta pra tentar relembrar a resposta. Ela que me acompanhou por apenas dois anos, mas que foi determinante para a minha formação. Com certeza a melhor de todas as Professoras que já tive a inesquecível Tia Marizete da Escolinha da Mickey. Os ensinamentos e o amor com ela transmitia o que sabia foram tão marcantes em minha vida que quando cheguei a Escola onde ela agora é diretora reconheci a sua voz como se tivesse ouvido no dia anterior. Pensava que encontraria a mesma Professorinha de 17 anos atrás, mas havia me esquecido que os anos haviam se passado e quase não a reconheci. Contudo, o amor e o carinho com que me abraçou não poderiam ser de outra pessoa que não da minha querida Tia Marizete. Conversamos bastante naquela tarde e pude contemplar o amor que ela ainda tinha pelo Magistério, por sua profissão apesar de tantos anos de lutas e dificuldades, problemas de saúde, remuneração não condizente com a paixão que até hoje tem pelo Ensino das crianças. Apesar de tudo podia ver que ela era feliz e que ela não viveria bem fazendo outra coisa. Para minha surpresa recebi o convite de jantar na sua casa no dia seguinte... Quem é maranhense (como eu) sabe que a gente não anda convidando qualquer um pra almoçar na casa da gente, precisamos ter certeza da índole da pessoa, saber que ela é digna de entrar em nossa casa, de ser apresentado aos nossos familiares... Contei essa história toda para fazer uma proposta aos nossos políticos brasileiros, tanto em esfera federal quanto em nível estadual. Aliás, faço essa proposta a todos vocês que tiveram Professores inesquecíveis que foram fundamentais na sua formação e que marcaram sua vida pra sempre. Os anos se passaram e juntamente com a Tia Marizete chegamos à conclusão de que hoje em dia é muito mais difícil ser Professor e, como já dito antes, acredito que a tal "pedagogia moderna" tem parcela de culpa. Aquela pedagogia que retirou do Professor toda a autoridade que ela possuía; toda a disciplina indispensável para moldar o caráter das crianças. Se todos, principalmente os políticos, sentissem o que senti quando reencontrei minha Professorinha, a realidade da Educação das séries iniciais mudaria e com ela toda a realidade do Ensino Público.Se isso acontecesse mais estudantes brasileiros de Escolas públicas teriam acesso a tão sonhada universidade pública.
Posted on: Thu, 22 Aug 2013 23:52:30 +0000

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