Educadores recebem apoio de eletricitários no Acampamento O - TopicsExpress



          

Educadores recebem apoio de eletricitários no Acampamento O acampamento dos trabalhadores em educação da rede estadual, por tempo indeterminado, no Palácio das Mangabeiras, ganha, a cada dia, visitas e apoios. Nesta terça-feira (03.09), quinto dia do Movimento, os educadores receberam os trabalhadores da Cemig demitidos das cidades de Divinópolis e Bom Despacho. A estatal dispensou, de abril a agosto de 2013, 100 funcionários, sendo cerca de 20 das cidades citadas acima. Para o diretor do Sindieletro de Divinópolis, Celso Primo, a visita fortalece a luta dos eletricitários demitidos. “O Sindieletro sempre foi parceiro do Sind-UTE/MG, aprendemos muito com os educadores, como por exemplo, entender a dinâmica de as pessoas dedicarem uma vida em prol de outras, da coletividade. Precisamos dessa solidariedade e nos fortalecer para tocarmos esta luta árdua, que é enfrentar um poder do governo que, hoje, tenta, de todas as formas, tirar emprego de vários concursados.” Também de Divinópolis os demitidos Waldez Wagner Alexandre de Sousa e Leônidas Camargos Dias partilharam do mesmo sentido – prestar solidariedade aos companheiros do acampamento e pedir apoio e discutir estratégias para questionar as demissões que aconteceram este ano na Cemig. “Saímos daqui animados, fortalecidos e vamos apoiar os educadores nesta caminhada.” “Somos mais uma categoria a engrossar o coro de denúncias contra o governo. Queremos resposta para essas demissões. Apoiamos o Movimento e toda a sociedade, pois sabemos que ela sofre com a precariedade do trabalho oferecido pelos terceirizados. Temos que nos fortalecer unidos e todos engajados para buscar uma solução melhor, uma resposta desse governo, que está desagradando várias áreas.” A declaração é de recém demitido Ícaro Moreno, de Bom Despacho. Entenda o caso: Anastasia demite trabalhadores concursados, acaba com a Cemig S e entrega tudo para as empreiteiras O compromisso de gerar empregos de qualidade não passou de mais uma promessa de campanha do governador Antônio Anastasia (PSDB). Isso porque, recentemente, os eletricitários da Cemig Serviços receberam, via Correios, notificação de aviso prévio e, com isso, o fim de um sonho de trabalhar em uma grande empresa. Criada em 2008 para fazer o serviço de faturamento, leitura e entrega de contas de energia, a Cemig Serviços chegou a ter 200 trabalhadores em seu quadro, todos admitidos através de concurso público. Mas pouco tempo depois a empresa começou um processo de demissões arbitrárias, culminando com o PDI, em fevereiro de 2013. Durante a curta existência da empresa, os trabalhadores foram discriminados e perseguidos. Apesar das diversas tentativas do Sindieletro de estabelecer negociação coletiva a favor dos eletricitários da Cemig S, a Cemig nunca se mostrou de fato disposta ao diálogo. Os trabalhadores recebiam salários inferiores aos praticados na Distribuição e Geração, não tinham plano de saúde, Forluz e outros benefícios. Os eletricitários denunciaram as péssimas condições de trabalho em uma audiência na Comissão de Trabalho Previdência e Ação social da Assembleia Legislativa. Em represália, a empresa demitiu vários trabalhadores. A Cemig usou de todas as práticas ilegais para forçar as demissões, inclusive bancou transporte e hospedagem para os eletricitários participarem de uma reunião em Belo Horizonte. O assédio moral foi tanto que desde março a Cemig transferiu todos os serviços para empreiteiras, mas os trabalhadores eram obrigados a cumprir o horário de trabalho. Todo o serviço foi entregue para as empreiteiras. Mas a luta continua. O Sindieletro mantém a mobilização em solidariedade aos trabalhadores da Cemig S e vai cobrar do governador respeito ao concurso público. O assunto também será levado ao Ministério Público e aos movimentos sociais. (com informações do Sindieletro) Políticos visitam Acampamento Também renderam solidariedade os vereadores de Belo Horizonte, Pedro Patrus e Arnaldo Godoy. Os parlamentares ofereceram apoio aos educadores. Patrus parabenizou a categoria pela luta travada com o governo. “Pressão é fundamental nesses embates com o governo e a unidade do Movimento sempre fortalece a luta e promove conquistas.” Godoy citou Mário Quintana: ‘Se as coisas são inatingíveis fora, não é motivo para não querê-la. Tristes os caminhos não fora a presença mágica das estrelas’ para reforçar a busca pelos sonhos. “Estamos com cada um de vocês, educadores/as, nesta tenaz e aguerrida luta por cobrança de direitos e cumprimento de leis e acordos. É uma lição de cidadania.” Educadores A educadora Nagida Azevedo, da Subsede Floresta, explica o porque do apoio ao acampamento. “Defendo outras iniciativas semelhantes em vários pontos da cidade, que tenham mais visibilidade. Temos que dialogar com a população cada vez mais. Apoio o movimento pela nossa força e unidade.” Para o trabalhador em educação Isaac Simões, da Escola Estadual Rodrigues Campos, da Subsede Barreiro, o movimento é fundamental nesta batalha. “A atividade é necessária, um mecanismo de pressão para conseguirmos nossos objetivos. Temos que fazer barulho, incomodar e realizar várias atividades, inclusive culturais para marcarmos espaço e alcançarmos o que desejamos.” A noite dessa terça-feira ficou sob a responsabilidade da Subesede Floresta. A imprensa esteve presente no local. Hoje, fizeram cobertura jornalística in loco os portais Uol, Terra, Sindieletro e CUT/MG, além de outros veículos que atualizaram informações por telefone.
Posted on: Fri, 06 Sep 2013 11:36:42 +0000

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