Em seu último vídeo, Pai Rivas dá mais um argumento – - TopicsExpress



          

Em seu último vídeo, Pai Rivas dá mais um argumento – incontestável como todos os demais e suficiente por si mesmo – para evidenciar cabalmente e em definitivo que Mestre Yapacani (W. W. da Matta e Silva) não era e jamais foi avesso às influências africanas que a Umbanda recebeu e recebe na dinâmica de sua constituição e reelaboração constante. Rememoremos alguns deles: 1. A “Entidade de frente” de Pai Matta (Pai Guiné) foi um Babalawo africano em tempos recuados. Um Ponto de Raiz muito entoado na Umbanda Esotérica não deixa dúvidas quanto a isso, pois a certa altura diz claramente: “Babalawo Guiné...”. 2. Essa mesma “Entidade de frente” continha em seu nome simbólica alusão tanto às influências Yorubanas (Ketu), quanto às Angolanas (Bantu). 3. Pai Matta manipulava, na condição inconteste de Babalawo, o Oráculo de Orunmilá-Ifá, fazendo clara referência a esse fato em seu livro “Macumbas e Candomblés na Umbanda”, inclusive com fotos. 4. Nesse mesmo livro, Pai Matta indica expressamente, mediante citação de Nina Rodrigues, que havia – como há de fato – uma Escrita Secreta dos Babalawos, que vem a ser precisamente a Lei de Pemba, um dos pilares fundamentais de sua Escola. 5. E agora, para encerrar definitivamente a questão, encontramos o valioso e inequívoco trecho através do qual Pai Matta declara que “somente as raças africanas” conservaram, por algum tempo, o antiquíssimo termo “Umbanda” – que ecoou por todas as tradições espirituais do mundo, desde as mais remotas eras e civilizações e que foi guardado pelas portentosas civilizações de África e transmitidos para a posteridade... Quem quer que, depois de tais esclarecimentos, continue considerando – e até de forma estranhamente entusiasmada – que Pai Matta era “anti-africanista” dá uma clara amostra de brutal descompasso com os fatos (contra os quais não há argumentos, vale lembrar). Talvez façam isso por levarem em conta apenas as formas exteriores da Escola da Umbanda Esotérica, pelo que têm a impressão de não haver nada mais distante das tradições espirituais africanas do que a Umbanda Esotérica. Mas fazer isto é deixar de levar em conta o próprio Esoterismo enquanto tal, já que este, ao contrário do formalismo exteriorizante e fetichista dos exoterismos vivenciados de forma dogmática e sectária, penetra as formas exteriores, em busca do que lhes é intrínseco, essencial e oculto... Nada mais contrário à Umbanda Esotérica do que tratá-la de forma exotérica, exterior e fundamentalista. Esoterismo é coisa séria. Mojubá aos Babalawos Yapacani e Arhapiagha! Mojubá!
Posted on: Mon, 12 Aug 2013 17:08:41 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015