Entre a Morte e o Sonhar, de Partículas Cósmicas Nos meus - TopicsExpress



          

Entre a Morte e o Sonhar, de Partículas Cósmicas Nos meus últimos anos sofri bastante devido a problemas de ordem patológica. Deste sofrimento surgiram várias reflexões a partir de uma solidão profunda. Não sou o único a conseguir , retirar lições do sofrimento patológico, isto aconteceu com Nietzsche e Arthaud. Jean Paul-Sartre afirmava , que vivemos entorpecidos pela existência e apenas em situações limites como a presença da morte, nos acordamos, notamos estar na linha da borda, ou caímos para dentro , ou para fora. De certa forma nascemos sozinhos e morremos sozinhos. Muitos querem vivenciar o mito da alma gêmea, mas na verdade temos que aprender a nos bastar, ou seja nos amar na mais profunda solidão. É só deste amor, que pode nascer uma verdadeira capacidade de amar ao outro. É um paradoxo, verificarmos nesta solidão profunda , o que daqueles que convivemos, faz de nós sermos quem somos, nesta experiência mental profunda, bem como o que habita os outros tem parte de nós. Assim não posso viver sem o outro , bem como outro não pode viver sem mim. David Bohn, na obra a Totalidade e a ordem implicada, exercendo uma digressão sobre as palavras, afirma que: “ ...a palavra healph (saúde em inglês baseia-se na palavra anglo-saxônica hale, que significa ‘inteiro”[ whole ,em inglês]: isto é, estar com saúde é estar inteiro, o que é mais equivalente, penso, da palavra hebraica shalem’. Igualmente , o inglês holy{sagrado, santo} baseia-se na mesma raiz que whole. Tudo isso indica que a integridade ou totalidade é absolutamente necessária para que a vida valha a pena ser vivida. No entanto durante eras , ele geralmente viveu em fragmentação”. A dialética nos diz que todo momento vivido é um momento morrido, a vela só ilumina por que queima. Talvez esteja aí a razão de certas percepções em estados patológicos. Pois ao asseverar a ideia da morte nos asseveramos da razão e sentido de nossas vidas. Nos pode ser colocado , segundo ideias e sentimentos extremos, um apercebimento raro e também perverso com nós mesmos. Como diz no velho testamento: “ao termos a vida, não a temos, ao podermos perder a vida nós a temos”. Schopenhauer, diz que não devemos temer o nada, pois brotamos deste nada. O carbono parece vir do nada , mas é pó de estrelas. Talvez o átomo tenha, que em seu ser mais profundo, reconhecer-se como átomo, para que existam moléculas e para que a matéria seja como a conhecemos. A base da vida conhecida é o átomo de carbono. O que é este pequeno corpo chamado espermatozoide? Em sua saga, cruzando o Grande Cânion , no caminho para tornar-se humano, fecunda o óvulo, possibilitando, o nascimento da vida, que poderá tornar-se humana. Internalizará parte do universo circundante, desenvolvendo razão e emoção, será parte da história e retornará a ela num continuum, até retornar ao pó de onde veio. Talvez Maturana esteja certo e o universo seja coberto de afetividade. Talvez este vazio, que perturba os filósofos, incita poetas e músicos, não seja tão vazio. Mas guarde em seu interior respostas profundas, sobre o sentido de estarmos aqui. Talvez na eminência de nos desmembrarmos em átomos , estejamos mais sensíveis a nos percebermos dentro desta totalidade que é o universo e a matéria em movimento. Talvez isto nos faça perceber de outra forma esta sociedade, o universo e através disto, a nós mesmos. Talvez sejamos um dia átomos sonhando entre as estrelas. Talvez presenciemos a longa e solitária noite do fim dos tempos. Narendranath Martins Costa
Posted on: Mon, 15 Jul 2013 09:19:07 +0000

Trending Topics



tbody" style="min-height:30px;">
Anandamide has important anti-inflammatory and anti-cancer

Recently Viewed Topics




© 2015