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Equilíbrio é a receita para não deixar que o excesso de trabalho comprometa sua vida 1 Rosana Faria de Freitas Do UOL, em São Paulo 05/10/201207h00 Comunicar erro Imprimir Stefan/UOL Há indivíduos que, onde estiverem, levarão o trabalho consigo; porém, o ideal é investir também na vida social, amorosa e familiar, além de dedicar um tempo para o lazer Há indivíduos que, onde estiverem, levarão o trabalho consigo; porém, o ideal é investir também na vida social, amorosa e familiar, além de dedicar um tempo para o lazer O quadro é cada vez mais comum hoje: sem que a pessoa se dê conta, o trabalho começa a ocupar uma área muito grande no dia-a-dia, deixando pouco espaço para as vidas pessoal e social, o lazer, o descanso. Se isso está acontecendo com você, vale ligar o sinal de alerta! Mas antes de começar a somar quantas horas tem reservado à labuta, considere que esta ‘matemática’ varia muito de pessoa para pessoa. Quer dizer, às vezes uma se dedica seis horas e a outra dez horas, porém o primeiro caso pode ser mais grave, isso se o trabalho preencher um lugar mental e emocional muito maior. “Há indivíduos que, onde estiverem, levarão o trabalho consigo”, destaca Blenda de Oliveira, psicóloga clínica formada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), psicanalista pela Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, psicoterapeuta de adolescentes, crianças, famílias e casais. Em outras palavras, o espaço ideal é aquele definido por cada um como confortável, em que há dedicação, prazer e satisfação sem que isso impeça que tais sentimentos também estejam presentes em outras esferas. “É recomendável que haja tudo isso também em áreas como a social, a amorosa, a familiar, além de tempo para hobbies e lazer”, diz a terapeuta, acrescentando que, não raro, a pessoa vive sob a crença de que o trabalho dignificará sua existência – e, por isso, é necessário dedicar-se muito à profissão e abrir mão de outros interesses. Excesso não é bom Embora não se possa dizer que essa visão é certa ou errada, é desejável que cada um procure uma vida harmoniosa. “Vale, acima de tudo, ter um equilíbrio entre as tarefas e os papéis”, reflete Helena Masseo de Castro, psiquiatra e psicanalista, membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo e coautora do Programa de Dependências Químicas do Município de São Paulo. O segredo, ao que tudo indica, é não exagerar – pois tudo que é excessivo tem grande chance de ser também prejudicial. Então, caso perceba que está perdendo a mão nessa seara, acompanhe as dicas das profissionais para encontrar um meio termo e ganhar bem-estar e qualidade de vida. A seguir algumas dicas para não deixar que o trabalho ocupe todo o espaço em sua vida Pergunte a si mesmo o que você quer. E qual o papel que o universo profissional tem na sua vida. Por exemplo: você escolheu tal ocupação por uma necessidade interna de ser importante? Para ganhar dinheiro? Para obter poder? Para competir, se diferenciar ou agradar alguém? Ou, por outro lado, porque gosta, sente prazer, é com o que sempre sonhou? “Dependendo da resposta, você estará satisfeito ou insatisfeito. Tal reflexão é muito importante para entender não só sua escolha profissional como também o ‘tamanho’ que ela representa na sua existência”, analisa Helena Castro Reveja seu foco no trabalho. Há situações em que ele, como qualquer outro elemento em que há excesso, serve como válvula de escape para o sujeito não olhar em direção a algumas questões. “Uma pessoa que não consegue se soltar afetivamente, por exemplo, pode se jogar na profissão para suprir tal lacuna”, pondera Blenda de Oliveira Pense até que ponto você busca o apreço alheio. O sucesso profissional é algo que faz bem ao ego, principalmente de quem almeja a aprovação do mundo, dos outros. “Se seu nome é trabalho, sua identidade é construída na base de suas realizações profissionais”, observa a psicanalista Coloque na balança o que ganha e perde trabalhando demais. Certamente há mais chance de conquistar sucesso e dinheiro, porém há outro lado também. “Mulheres que necessitam de poder muitas vezes abdicam de seu lado feminino. Ficam distantes dos filhos, da casa, do marido. Acabam subtraindo vivências que não voltam mais. Idem para os homens tidos como workaholics”, ressalta Helena Castro Olhe para si mesmo de maneira global. Só assim você será capaz de identificar até que ponto está dando importância demais a este setor, em detrimento de outros. Pense como está sua saúde física, sua saúde emocional. “Nosso corpo está sempre nos mandando recados. Se alguém se mostra sempre cansado e irritado, impaciente, exaurido por causa do serviço, sinal de que deve parar e repensar”, diz Blenda de Oliveira Observe sua relação com familiares e amigos. Está distante deles? Vocês têm interagido pouco ou quase nada? Em caso positivo, se tiver certeza de que o motivo do afastamento é a dedicação extrema a seu ofício, veja o quanto esse convívio vem fazendo falta no seu cotidiano – e se não é o caso de dividir melhor sua atenção. “Quando não investimos nos relacionamentos que são valiosos para nós, pode acontecer de o corpo adoecer, ou ficarmos sozinhos. Carregaremos, então, uma sensação permanente de tristeza e insatisfação”, diz a psicanalista Esteja consciente das suas escolhas, o tempo todo. Como afirma Oliveira, não há prejuízo em se trabalhar muito dependendo da relação e do propósito que se tem com a lida. Em outras palavras, se sua opção no momento é dar mais atenção a essa área, faça-o com conhecimento de causa, sabendo das consequências que tal caminho trará Busque o equilíbrio em tudo o que faz. Principalmente se identifica que o excesso de trabalho vem afetando negativamente sua vida e seu bem-estar. “Vale conhecer seus desejos, conversar com as pessoas que gosta e confia, ir atrás de formas de se conhecer melhor. Equilíbrio é um caminho que se busca e se perde todos os dias, portanto é um processo que exige tolerância, paciência e calma”, conclui Blenda de Oliveira
Posted on: Thu, 27 Jun 2013 05:11:18 +0000

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