Era apenas mais um dia normal. Acordei. E de repente. Uma dor estranha. Nas costas e no rim. Não conseguia nem andar direito. Algo como dores de parto. Horrível. Fui pro médico. Eu odeio médico. Hospital. Remédio. Mas fui. De ambulância. Mas fui. Me atenderam rápido. Chorei com a tal da agulha. Chorei pelas minhas dores. Aproveitei e chorei por dores outras. Passadas e futuras. Sim. Fui esperto. Aos poucos, a dor foi diminuindo. E fiquei bem. E esqueci um pouco de mim e passei a observar os meus semelhantes como dores semelhantes ou piores que a minha. Como é difícil. Não sei lidar com isso. Não. Não mesmo. Pensei: Por quê? Por quê sentimos dores? Por que sofremos? Por que ficamos doentes? Não existe uma resposta. Pensei na Bíblia. Pensei em Adão e Eva. Pensei na ciência. Pensei. Pensei. Nada. Nenhuma conclusão. Como minha vida é sempre uma balbúrdia, lógico que o componente cômico estava presente. Eu tomando soro com buscopan e uma outra coisa lá que não lembro o nome, e tendo que resolver coisas pelo celular, pelo facebook, aquele negócio apitando e eu morrendo de sono... Até entrevista para a Folha de São Paulo eu dei meio dopado... Tô até com medo do falei. A matéria é sobre a cultura em Ribeirão Preto. Eu falei. Nem lembro o quê. Mas falei. Já peço perdão antecipadamente. Ai que balbúrdia! Ai que saracoteio!
Posted on: Tue, 05 Nov 2013 19:31:32 +0000
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