Era uma vez na América... O Partido revolucionário institucional (PRI) dominou a cena política mexicana entre 1929 e 2000.Todos os presidentes eleitos neste período pertenciam ao PRI, até que, em 2000, Vicente Fox Quesada foi eleito pelo Partido da Ação Nacional do México.A grande maioria dos vícios político-institucionais mexicanos foram se somando ao sabor desta época de continuísmo. O Brasil que desenha com seu analfabetismo ideológico-partidário uma era mais ou menos parecida, meio que resiste, se surpreende, quando uma simples jogada do tabuleiro eleitoral é mexida por outros que não os detentores do poder. Finalmente, após uma sequencia de atos e fatos políticos coordenados pela ambição pessoal de Lula, alguém tenta mexer peças com um mínimo de inteligência, o que convenhamos tem sido raro nos que se tem como oposicionistas. Aqui e agora nem é muito um movimento de oposição. É um movimento estratégico de gente que não faz parte das ambições hegemônicas do nosso PRI, embora se mantenha meio que equidistante, ou muito antes pelo contrário...se é que dá para entender. Mas, mesmo assim ainda é um bom movimento. Lula e João Santana, que determinam a caminhada do governo e do nosso PRI, pela primeira vez são incomodados, incitados e sabem que devem mexer um pouco mais nas peças do tabuleiro anacronicamente lento da política brasileira. Campos e Marina nem são a oposição dos sonhos. Mas produziram um fato novo, fora do eixo fiel ao continuismo. Já fizeram se mover as redes alugadas, as penas vendidas, as análises da equipe de vassalos que servem ao PRI nas redações, nas redes, no Brasil. Pode ser que o jogo político fique mais interessante e tenhamos uma certa alternância senão no poder, pelo menos nas manchetes. E que em 2014, alguém se posicione de tal forma que não estejamos repetindo o México. O do passado, porque o México atual, em pleno desenvolvimento está muito a frente. Difícil de alcançar.
Posted on: Sat, 05 Oct 2013 22:29:22 +0000
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