Espionagem afeta luta antiterror, diz Europa Reunidos, líderes - TopicsExpress



          

Espionagem afeta luta antiterror, diz Europa Reunidos, líderes da União Europeia dizem que escândalo abala confiança nos EUA e ações conjuntas contra terroristas França, Alemanha e outros países querem negociar com os EUA acordo sobre as práticas dos serviços secretos Folha de São Paulo: 26.10.2013 A20 - LEANDRO COLONDE LONDRES Os líderes políticos europeus declararam ontem que as denúncias de que os Estados Unidos espionam aliados podem afetar as ações conjuntas de combate ao terrorismo em todo o mundo. Num comunicado após dois dias de reuniões em Bruxelas, os países reagiram às recentes revelações de que a chanceler alemã Angela Merkel teria sido monitorada pelos americanos, além da suspeita de que o total de líderes mundiais espionados cresça muito ainda. Fora da Europa, países como Brasil e México já apareceram entre possíveis alvos dos EUA. Coleta de informações é elemento essencial na luta contra o terrorismo, mas a falta de confiança [entre os países] pode ser prejudicial à cooperação necessária neste campo, diz o texto divulgado pelo grupo ontem. Sob o comando de França e Alemanha, os europeus querem começar a negociar com os EUA na próxima semana uma espécie de acordo de procedimentos na prática dos serviços secretos dos países. O principal objetivo dos esforços de inteligência é combater o terrorismo e garantir a segurança, mas ninguém deveria ter medo de que seus dados pessoais fossem usados, disse o presidente da França, François Hollande. O premiê belga, Elio Di Rupo, concordou: Todos podem entender a adoção de medidas excepcionais quando há ameaças terroristas importantes, mas não estamos numa situação em que é preciso espionar uns aos outros. Aliado fiel do presidente dos EUA, Barack Obama, o premiê do Reino Unido, David Cameron, adotou discurso cauteloso e tem sido cobrado pela imprensa britânica. Ele assinou o texto divulgado pelos colegas europeus, mas, segundo relatos, teria atuado na defensiva na reunião, sem criticar diretamente os EUA. Ontem, deu uma declaração bem cordial. Eu entendo o que os outros querem fazer e apoio isso, enquanto acho que o presidente Obama também, disse. A Casa Branca afirmou que não houve nenhum tipo de espionagem sobre Cameron, mas não tem dito o mesmo sobre Merkel. O governo de Obama afirma apenas que não há espionagem contra ela nem haverá no futuro, mas não nega que isso possa ter ocorrido anteriormente. Um telefone usado pela chanceler alemã entre outubro de 1999 e julho de 2013 teria sido alvo dos americanos. O número dela estaria nos documentos do ex-analista da NSA (Agência de Segurança Nacional) Edward Snowden, asilado na Rússia após o vazamento das informações. Após dizer que as relações com os EUA têm de ser restauradas, Merkel afirmou ontem que verdadeiras mudanças devem ocorrer nas práticas de inteligência. O princípio deve ser: não se espiona, nem no futuro, disse. Segundo o jornal britânico The Guardian, 35 líderes mundiais foram monitorados pelo serviço de inteligência dos EUA. A informação está em documento com data de outubro de 2006. Não se sabe ainda quem são eles. www1.folha.uol.br/fsp/mundo/135792-espionagem-afeta-luta-antiterror-diz-europa.shtml Ativista espiona ex-diretor da CIA em trem e vaza dados na rede DA AFP Um ex-diretor da CIA e da NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA) foi ouvido enquanto conversava por telefone com jornalistas em um trem e seus comentários, que eram off the record ( a fonte é mantida no anonimato), terminaram no Twitter. O general da reserva Michael Hayden falava ao telefone sobre o escândalo da espionagem americana durante uma viagem de trem entre Washington e Nova York. Sem saber, Hayden estava sentado perto de Tom Matzzie, ex-diretor em Washington da ONG MoveOn.org, que divulgou trechos das conversas na rede social. O ex-diretor da NSA Michael Hayden no Acela (linha de trem), atrás de mim, falava como ex-alto funcionário do governo. Parece defensivo, escreveu Matzzie no Twitter. Escutando o ex-chefe da NSA dar entrevistas off the record. Me sinto como se fosse da NSA. Exceto que estou em público, postou. Na conversa, o ex-diretor falou sobre um famoso Blackberry (de Obama) e estava alardeando interceptações, destacou Matzzie, ativista antiguerra. Quinze minutos após as mensagens, Matzzie ficou nervoso: Talvez alguém esteja avisando que estou aqui. Me escondo? Apesar de, aparentemente, o gabinete de Hayden ter informado sobre o Twitter, o ex-chefe da NSA gentilmente ofereceu uma entrevista a Matzzie. Eles discutiram a espionagem no exterior e a Quarta Emenda da Constituição, que veta investigações sem justificativa legal. Ele foi um cavalheiro e discordamos, disse Matzzie, que publicou no Twitter uma foto dos dois. Matzzie, que agora dirige empresa de energia renovável, concluiu: Tenho de dizer. Estou um pouco assustado. O mundo da inteligência é escuro e assustador. www1.folha.uol.br/fsp/mundo/135791-ativista-espiona-ex-diretor-da-cia-em-trem-e-vaza-dados-na-rede.shtml Revelações podem mudar acordos dos EUA com países aliados DO NEW YORK TIMES, EM WASHINGTON A alegação de que a NSA teria monitorado o celular da chanceler alemã Angela Merkel pode forçar Barack Obama a optar entre levar adiante a brincadeira de espionar aliados ou cortar a cooperação com parceiros importantes no rastreamento de terroristas, na administração da economia global e no esforço para brecar o programa nuclear iraniano. A espionagem entre aliados não é novidade. Mas é sensível no caso da Alemanha, crítica em operações de inteligência dos EUA. O BND, principal agência de inteligência alemã, rastreou supostas células terroristas e teve ação crucial para obter informações de um cientista do Irã sobre o programa nuclear do país. E apoiou o esforço de prejudicar o enriquecimento de urânio iraniano. No passado, a Alemanha buscou com os EUA acordo semelhante ao que o país tem com o Reino Unido e três aliados anglófonos que proíbe espionagem entre eles. A administração Obama relutava em fechar o acordo, em parte porque outros países reivindicariam pacto semelhante. Mas as novas revelações deixaram as relações entre Washington e Berlim tão tensas que isso pode mudar. Funcionários dizem que a NSA, na ânsia de construir uma rede global de coleta de dados, raramente pesa os custos políticos de longo prazo de algumas operações. Acertar um acordo de reciprocidade com aliados é uma das questões que duas revisões das práticas de espionagem da NSA esperam avaliar. Tradução de CLARA ALLAIN www1.folha.uol.br/fsp/mundo/135793-revelacoes-podem-mudar-acordos-dos-eua-com-paises-aliados.shtml Indiano se diz tranquilo, por não usar celular nem e-mail DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS Enquanto líderes políticos de todo o mundo se preocupam com suas conversas e e-mails, que poderiam ter sido espionados pelos EUA, o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, 81, garante estar tranquilo com o caso. O motivo é prosaico: ele não utiliza telefone celular nem possui um e-mail pessoal. Isso evita as preocupações de possível monitoramento, anunciou seu gabinete ontem. Segundo o jornal The Guardian, um funcionário americano transmitiu os números de telefone de 35 líderes de todo o mundo à Agência de Segurança Nacional (NSA), que os grampeou. À pergunta sobre se o chefe do governo indiano temia ter sido espionado, um porta-voz de seu gabinete respondeu: O primeiro-ministro não utiliza telefone celular e não tem e-mail. Seus serviços utilizam o e-mail, mas ele não tem um pessoal. Não temos informação nem motivos para estar preocupados, acrescentou. Singh, famoso por seu turbante típico da religião sikh, é conhecido pela defesa dos valores tradicionais da cultura indiana e pela aversão a modismos do Ocidente. www1.folha.uol.br/fsp/mundo/135794-indiano-se-diz-tranquilo-por-nao-usar-celular-nem-e-mail.shtml
Posted on: Sun, 27 Oct 2013 22:55:30 +0000

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