Essa era a matéria que eu precisava ler. Até aqui estava meio na dúvida se esse ato deveria ser apoiado ou não. A ideia de invasão de propriedade particular é bem o tipo que me faz perder simpatia por qualquer causa. Nesse caso, contudo, como eram animais indefesos sendo submetidos a testes cruéis e desnecessários, eu estava meio lá meio cá, disposto a conceder uma exceção, dependendo do que ouvisse daqui e dali. Ao longo do dia, novas leituras me faziam pender cada vez mais para o lado dos ativistas. Faltava alguma coisa, e ela chegou: esse tipo de argumentação calhorda dos partidários do laboratório. Pra início de conversa, falam em remédios quando, ao que tudo indica, era um laboratório que fazia testes relacionados a cosméticos. Ou seja, desonestidade intelectual. Além disso, tem a frase se não fizermos os testes, vamos ter medicamentos que matam pessoas. Pronto. Parei aí. Parei aí, visto que volta e meia a gente ouve falar de medicamentos que fazem exatamente isso e/ou causam efeitos colaterais sérios e por isso mesmo são proibidos, retirados de circulação - e isso sem falar na velha discussão do criar diagnósticos de doença para vender remédios. Medicamentos precisam ser testados? Lógico. Eu defendo que sejam testados em humanos que se disponham a isso. Mas não é nem essa a discussão. É o fraseado. O enunciado. SE NÃO isso, ENTÃO aquilo. Como se fosse algo que NÃO ACONTECE NUNCA E VAI PASSAR A ACONTECER. Vai passar a acontecer porque soltaram uns cachorrinhos. Ah, vão pra puta que os pariu! Lado escolhido. Que essa gente morra pela boca de um Beagle mutante que, de tanto ingerir material tóxico, virou Beaglezilla, cresceu 30 metros e passou a se alimentar de carne humana. Tenho certeza que deve ter um por aí.
Posted on: Sat, 19 Oct 2013 00:15:02 +0000
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