Esse dai é Moreninha A história conta sobre Augusto, rapaz que - TopicsExpress



          

Esse dai é Moreninha A história conta sobre Augusto, rapaz que aposta com amigos ( incluso Felipe ) que não ficaria apaixonado por mais de 15 dias por mulher alguma, sua pena ( em caso de perda) será a de escrever um romance para estes amigos. O romance A moreninha é o fruto desta aposta (há aqui um exercício de metalinguagem) Augusto é estudante e colega de Felipe, cuja irmã é Carolina. Augusto quando criança jurou amar eternamente uma menina cujo nome ignora e fica inconstante em seus amores, até que conhece Carolina, pela qual se apaixona e persegue. Quando no final ficam noivos, ela primeiro manda-o casar-se com sua amada de infância e depois revela ela ser esta amada. O livro é um exemplo clássico do Romantismo, tendo sido seu primeiro exemplo brasileiro. Ele gira em torno de sua heroína perfeita e seu herói que luta para ter o amor desta e os obstáculos para sua realização, no caso a promessa infantil. Também são bem representados os costumes do Rio de Janeiro da década de 1840 e a classe dos estudantes, da qual Macedo fazia parte na época da escrita do livro. A obra de Macedo apresenta todo o esquema e desenvolvimento dos romances românticos iniciais: descrição dos costumes da sociedade carioca, suas festas e tradições, estilo fluente e leve, linguagem simples, que beira o desleixo, tramas fáceis, pequenas intrigas de amor e mistério, final feliz, com a vitória do amor. Com esta receita, Macedo consegue ser o autor mais lido do Brasil em seu tempo. Macedo foi, por excelência, o escritor da classe média carioca, em oposiçào à aristocracia rural. Sua pena tinha o gosto burguês; seus romances eram povoados de jovens estudantes idealizados, moçoilas casadoiras, ingênuas e puras e demais tipos que perambulavam pela agitada cidade do Rio de Janeiro. A Moreninha apresenta dois personagens principais planos, simples, construídos superficialmente, embora essa caracterização funcione de modo a destacá-los do grupo a que pertencem. Eles são sempre compostos de modo a tornar viável o que mais interessa nesse tipo de romance: a ação. São eles: Augusto e D. Carolina, a Moreninha Augusto: A figura de Augusto resume um certo tipo de estudante alegre, jovial, inteligente e namorador. Dotado de sólidos princípios morais, fez no início da adolescência um juramento amoroso que retardará a concretização de seu amor por Carolina. Esse impedimento de ordem moral permitirá o desenvolvimento de várias ações até que, ao final da história, Carolina revelará ser ela mesma a menina a quem o jovem Augusto jurara amor eterno. D. Carolina: É muito jovem e "moreninha" e também travessa, inteligente, astuta e persistente na obtenção de seus intentos. Carolina encarna a jovem índia Ahy, que espera incansavelmente por seu amado Aoitin – uma antiga história da ilha que D. Ana conta a Augusto. No final ela revela para Augusto que era a menina para quem lhe prometera casamento. Os personagens secundários compõem o quadro social necessário para colocar a história em movimento ou propiciar informações de certos dados essenciais à trama e representam, por meio de alguns tipos característicos, a sociedade burguesa da capital do Império. Sâo eles: Rafael: Escravo, criado de Augusto, espécie de pajem ou moleque de recados. É quem lhe prepara os chás e quem lhe atura o mau humor, levando castigos corporais (bolos) por quase nada. Tobias: Escravo, criado de D. Joana, prima de Filipe. O negro tem dezesseis anos, é bem-apessoado, falante, muito vivo quanto à questão de dinheiro. Paula: Ama-de-leite de Carolina; incentivada por Keblerc, bebeu vinho e ficou bêbada. D. Ana: Avó de Filipe, é uma senhora de espírito e alguma instrução. Tem sessenta anos, cheia de bondade. Seu coração é o templo da amizade cujo mais nobre altar é exclusivamente consagrado à querida neta, Carolina, irmã de Filipe. Filipe: Irmão de Carolina, neto de D. Ana. Amigo de Augusto, Fabrício e Leopoldo. Também estudante de Medicina. D. Violante: "D. Violante era horrivelmente horrenda, e com sessenta anos de idade apresentava um carão capaz de desmamar a mais emperrada criança." Meio estabanada, ela quebra a harmonia reinante no ambiente burguês, sem causar transtornos graves. Keblerc: Alemão que, diante das garrafas de vinho, prefere ficar com elas a tomar parte na festa que se desenrola na ilha. Embriaga-se, mas não perturba o clima de harmonia em que se desenvolve a história. Fabrício: Amigo de Augusto, também estudante de Medicina. Está apaixonado por Joaninha, mas dela quer livrar-se por causa das exigências extravagantes da moça. Chega a pedir a ajuda de Augusto para livrar-se da namorada exigente. Leopoldo: Amigo de Augusto, Filipe e Fabrício; também estudante de Medicina. D. Joaninha: Prima de Filipe, namorada de Fabrício. Exigia que o estudante lhe escrevesse cartas de amor quatro vezes por semana; que passasse por defronte da casa dela quatro vezes por dia;
Posted on: Tue, 08 Oct 2013 21:21:03 +0000

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