Estou gostando bastante do Livro! Duas ou três coisas sobre a - TopicsExpress



          

Estou gostando bastante do Livro! Duas ou três coisas sobre a venturosa Amsterdam [...] “Do ponto de vista cultural, mesmo que nos limitemos ao ultimo século, a cidade foi um centro crucial de troca entre os movimentos artísticos que provinham da Grã- Bretanha, da Europa Central e da área Franco- Belga. Bastante significativo foi o fato de as realidades criativas, das quais Amsterdam foi testemunha, terem em comum a mesma tendência a querer influir no social. Os exemplos são inúmeros: a Nieuwe Kunst, escola holandesa de arte Nouveau, representada por personagens como Thorn Prikker ou Jan Toorop; o neogótico, cujo o expoente mais ilustre foi o arquiteto Petrus J. Cuijers (a quem se devem o Rijksmuseum, 1885, e a Estação Central, 1889); a escola de arquitetura de Amsterdam, ativa desde de a década 1930, composta por um grupo de jovens arquitetos (Entre os quais Berlage, Klerk e Kramer) muito sensíveis as necessidades das classes menos privilegiadas e autores, entre outros, do “Plano de expansão Sul”, um dos exemplos mais bem-sucedidos e imaginativos de construção civil popular na Europa – essa escola está ligada à importante revista de vanguarda Wendigen (1918), dirigida por Wijdaveld; De Stijl, grupo racionalista e antisubjetivista ligado às idéias da Bauhaus, formado ao redor da revista homônima fundada em Leida (1917) por Theo van Doesburg, da qual também participou o pintor Piet Mondrian. Na formação desse grupo, as idéias da sociedade teosófica desempenharam um papel decisivo. A sociedade teosófica teve um vasto séquito em Amsterdam. O próprio Mondrian era filiado e mantinha bem à vista, em seu ateliê, um retrato de Madame Blavatsky. A cena exotérica sempre foi bastante viva nessa cidade que, além de escolher grupos mais ou menos bizarros de alquimistas, ocultistas, antroposofistas, vegetarianos, budistas, matemáticos místicos (M.H.J. Schoenmaekers, que se vangloriava de poder subdividir o mundo em seus elementos construtivos), foi também o quartel-general da famosa Ordem da Estrela do Oriente, de Krishnamurti. De resto, basta observar a estrutura de Amsterdam em forma de concha (o termo grego kteis, além de concha, designa também o órgão genital feminino) para compreender o segredo de sua particular força criativa e erótica” [...] Capítulo 1, pagina 19. Provos. Amsterdam e o nascimento da contracultura.
Posted on: Fri, 05 Jul 2013 16:18:20 +0000

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