Eu levantei às 4h20 da manhã com a dúvida que dormia adjacente - TopicsExpress



          

Eu levantei às 4h20 da manhã com a dúvida que dormia adjacente ao meu travesseiro: Se a vida é, realmente, composta do que julgamos erros. Dentro de uma – suposta – solução rápida, conclui que nossa concepção de “erro” não se pode encaixar ao modo “viver” já que temos uma concepção de erro a partir de uma ideia de “perfeito”, e esta concepção nada mais é que uma conclusão subjetiva que se encaixa aos padrões de nosso tempo. E sobre o tempo, bem colorido à minha memória, desperta uma cena de TV, do entrevistador perguntando a uma mulher qual era a coisa mais importante da vida. Ela confiante de si, cheia de uma suposta verdade pregada nos lábios, respondeu: “o amor”, o jornalista esperou que ela usufruísse um pouco daquela pulsação de emoções, até que rebateu: “É o tempo”. Em nossas rotinas de bolo e café aos domingos; Concursos de fantasia onde APENAS nós aparecemos fantasiados; entre damascos e figos, olhando as crianças tropeçando na praça; entre discussões sobre opiniões diversas diante do caminho da história, após aulas extensas: Às vezes grito meio que sem pensar “Felicidade pra mim é isso!” e vocês me olham meio tímidos, esperando que eu não comece a cantar, ou fazer filosofias espirituais, é exatamente neste intervalo que penso como ando aproveitando muito bem o meu tempo. Talvez sejam essas síndromes de jovens de 21, esse negócio de querer soar até a última gota de felicidade que a vida pode oferecer até que o tempo retire isso da gente. Enfim, no último final de semana, visitamos o cemitério. Sem nenhum motivo objetivo, não temos parentes enterrados aqui, apenas lemos as lápides e contextualizamos o período histórico em que algumas pessoas viveram. Depois, sentamos sem falar muita coisa. Confesso que fiquei imensamente triste em pensar em tudo que eu estava vivendo poderia ser a felicidade enterrada daquelas pessoas que não estão mais aqui. Nunca saberei, já que muitas delas guardaram para si, sem registro algum. Maldita mania de sofrer pelos outros. Trilhei um caminho de coisas relevantes que devo fazer, entre elas, queria falar palavras tão bonitas à Iara quanto à altura de sua beleza externa e interna, como na musica “Disritimia” qual tanto ouvimos, ou contar quanto me sinto bem em juntar meu colchão com o do Flávio, perturbar seu sono “cantando” canções Hare Krisnna, e depois acordar o ouvindo reprimir a tosse para não me incomodar. Sinto-me feliz ao lado de vocês e percebo isso através das coisas que falo sem pensar, como “tatuaria seu nome na minha nádega esquerda, Flávio”, (conhecendo o tamanho de sua timidez) e quantas vezes mais eu fico imaginando minha dedicatória do TCC a vocês, do que a própria elaboração do trabalho. Enfim, acho que vou ficar mesmo com o poeminha do Mario Quintana que a Iara me contou, sobre o peixe que viveu fora d’água com o melhor amigo humano, e quando voltou ao lago, não sabia mais viver por lá. Obrigada por me mostrarem que sou capaz de matar baratas. Por vocês dividirem comigo o tempo de vocês, tenho aproveitado melhor o meu. Acho que isso já diz muito.
Posted on: Mon, 04 Nov 2013 07:39:26 +0000

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