Eu não entendo o porquê disso tudo, juro. Por que você me procura e logo depois já vai embora? Para, por favor, eu te imploro. Para por mim, ou por nós. Você sabe que eu sou estupidamente vulnerável a você, então, me diz… Para que tudo isso? Para que mexer tanto comigo? Eu não aguento, e você sabe. Você chega e tudo desaba. As minhas certezas se vão pelo ralo e eu fico aqui, pateticamente estática a sua espera. Mas você nunca volta. Não tão depressa, não tão previsível assim. Você é surpreendente, só que não para o bem. Suas surpresas não são boas. Para, eu já te pedi. Para de sorrir assim. Você sabe que é muito complicado conseguir esquecer seu sorriso e aquele beijo de despedida dado na noite de Natal de 2011. Olha, o Natal está chegando. Quase dois sem te beijar e te tocar daquele modo. Eu me lembro de tudo que você sussurrou e de todas aquelas promessas para o novo ano encaixotadas num baú velho. Eu me lembro de você trêmulo e me pedindo para nunca te abandonar. Poxa, amor, olhe para mim. Acha mesmo que eu te abandonaria? Aposto que não. Então, me diz… Para que pular fora do barco? Para que me deixar assim, sem chão, sem rumo, sendo que você nem estava tão a fim? Eu juro que não entendo. Não pode ter sido por maldade. Deve ter havido amor. Tem que ter havido amor! Porque eu me doei tanto, me usei tanto, me fiz tão sua só para te agradar. Eu, praticamente, me dei de presente a você. Eu fui sua. E, infelizmente, ainda sou sua. Toda sua, assim como nunca fui de outro alguém. Eu jurei nas mesas dos botecos que nem seu nome me invadia mais a mente, mas você sabe, tanto quanto eu, que não é bem assim. Não me olha assim, com esse brilho na esclera, é sério. Para, por favor. Assim como o Sol do deserto do Irã, você está me derretendo aos poucos. Isso, pode dar risada das minhas metáforas estranhas, eu não ligo. Se você sorri - mesmo que por alguma besteira dita por mim - eu sorrio também. Então, assim mesmo, sorria feito bobo, feito criança, feito - e tão somente - meu. Sabe, eu acho que qualquer pessoa no meu lugar iria querer te esbofetear, mas eu sinto algo que, talvez, seja até maior que amor. Para alguns, não passa de masoquismo, porém, para mim, é um amor que não necessita de reciprocidade. Sempre te amei sem esperar amor em troca. Eu chego a ser tola e gostar das suas mentiras e de quando você dizia que me amava. Calma, não chora. Eu acho que acredito no seu arrependimento, sei lá. Você não teria motivos para me procurar, caso realmente não quisesse mais saber de mim. Isso, pode sorrir e me rodopiar, eu gosto disso e você sabe. Espera, não tão depressa. Sim, eu juro, sou sua. Pare de me fazer rir, pare com as cócegas e com os rodopios, por favor. Eu estou passando mal, então, por favor, não me rodopie tanto. Isso, assim, devagar. Eu amo esse seu sorriso de canto, seus dentes brancos e seu hálito de menta. Mas, que inferno, eu deveria estar te odiando. Eu deveria te pedir para ir embora. Mas não, eu não vou pedir. Ei, eu disse que não vou pedir, não precisa de drama. Fique, por favor. Fique aqui comigo, se possível, para sempre. — Hora de Sonhar
Posted on: Fri, 12 Jul 2013 18:43:20 +0000
Trending Topics
Recently Viewed Topics
© 2015