Exatamente por cultuar os livros, por muito tempo não me atrevi a - TopicsExpress



          

Exatamente por cultuar os livros, por muito tempo não me atrevi a maculá-los com meus comentários ou grifos. Grifava as cópias que lia para faculdade, mas raramente ousava marcar a lápis ou caneta algum livro meu. Adquiri confiança em minhas idéias (e desprezo pelas alheias) e comecei a comentar e corrigir clássicos da literatura , Meditações metafisicas - Descartes, que foi massacrado pelo meu lápis vermelho (e lindo, ele é lindo, gente, eu coloco na boca e finjo que estou fumando, quando não estou rabiscando " o mais genial em descartes não é ter reinventado a Filosofia, mas ter reinventado a filosofia USANDO UM CHAMBRE ROSA" Investiguemos meus hábitos de leitura e grifos em uma breve retrospectiva de apreciação literária: 1- Ulisses : A intervenção humana no livro (já dá pra ver que estou falando merda) deve ser evitada apenas em livros emprestados, especialmente se for da biblioteca, pelo amor de Deus ficar rabiscando o livro da biblioteca, se liga. Para aqueles que, como eu, prezam pelo controlo total do passado e de nossa evolução intelectual, grifar e anotar em livros (próprios, se liga) é ótima forma de situar a obra em sua vida. Dedicatórias são as formas mais comuns de intervenção, especialmente se o livro for presente pra alguém (dedicar o livro pra si mesmo é coisa de onanista). João me deu Ulisses, de James Joyce, sem razão nenhuma – além do meu desejo de possuí-lo (o livro) (opa) – e, tendo em vista meu protesto pelo presente descabido, anexou uma nota que dizia “Feliz dia dos pobres”. Isso foi em 22 de março de 2008, e, abrindo uma página à sorte, um grifo: "-Bobagem! – disse Stephen rudemente. – Um homem de gênio não comete erros. Seus erros são voluntários e são os portais de descoberta"
Posted on: Wed, 31 Jul 2013 01:57:44 +0000

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