Existimos de verdade? É Ambiguamente caótico, o reconhecimento da própria e verdadeira personalidade, escondida em algum compartimento secreto do consciente, longe da nossa total compreensão e aceitação, e tomando o cuidado de manter ainda mais longe das pessoas que nos cercam. Por vezes renegamos esse “outro eu”, sufocando-o na condição de instinto indesejável, como se houvesse algum mérito em negar o que se é, para assumir a confortável identidade de algum personagem idealizado socialmente. Infelizmente, não existe honra no processo de equivalência e adequação social, não há nada além de negação de conflitos que nos atordoam, (ainda que de forma velada para alguns) em meio a uma falsa sensação de conforto e aceitação. Não é tarefa fácil abolir os grilhões que aprisionam o verdadeiro “eu”, é uma liberdade dolosa. E essa dor sempre será incurável, são feridas que jamais irão cicatrizar, pois não é possível saber ou entender a causa, até que haja coragem para conhecer profundamente a si mesmo.
Posted on: Mon, 30 Sep 2013 18:30:24 +0000