FESTEJANDO O SÃO MARTINHO (U. Sénior de Vale de Cambra - TopicsExpress



          

FESTEJANDO O SÃO MARTINHO (U. Sénior de Vale de Cambra 09/11/2013) I Foi no Solar das Laranjeiras Que decorreu a nossa festa Feita de muitas canseiras Esforço que ninguém contesta II Antecipou-se o São Martinho O espaço estava apinhado Há castanhas e prova de vinho E o “grupo” que irá ser praxado III Quando consultei a ementa Toda ela estava um primor São petiscos de ”arrebenta” Mais os rojões à lavrador IV As entradas eram de estalo Há rissóis a dar “cum pau” Os croquetes são um regalo E quentes bolos de bacalhau V Há travessas de mão em mão É verdade, eu não vos minto Quebra-se um pouco a tensão Com um branco ou um tinto VI No Solar da Laranjeiras Não se notou a austeridade Muito convívio e brincadeiras Deram-se vivas á Universidade VII Conversei com muita gente Troquei opiniões e convivi Rodeado por bom ambiente Muita alegria, foi o que senti VIII Há murmúrios e outros sons Um pouco por toda a sala Vão chegando os homens “bons” Mais um copo e ninguém os cala IX Eramos muitos com certeza Numa noite de “farra” a sério Deixar para trás a tristeza E até ficar um pouco “aéreo” X Foi bom rever o meu “povo” Todos muito aperaltados Havia também “sangue novo” Tenrinhos, irão ser praxados XI As senhoras muito airosas Com suas faces coradas Os lábios em tom de rosas E as pestanas alongadas XII Vêm-se vistosos penteados Um ou outro mais “porreiro” Os gastos estão justificados Vale o esforço do cabeleireiro XIII Saíram os fatos do armário Chapéus, camisas e gravatas Mais uma noite de “fadário” Mas ninguém saiu de gatas XIV Também eu levei chapéu Que “ganhei” na minha praxe Não fui de cabeça ao léu Por mais piada que eu ache XV O tempo passou a voar Os caloiros são “doutores” Foi um ano sempre a “andar” Sacrifícios e algumas “dores” XVI Conversa-se sobre memórias Dum tempo que já passou Muito riso e mais histórias E um abraço a quem chegou XVII Noto mais cabelos brancos Uma ou outra ruga mais funda É vida e os seus trancos E o saber que se aprofunda XVIII Chegam os novos caloiros Alguns, bastante ansiosos Será a praxe que os assusta? Ou apenas estão nervosos? XIX Aos “novos” que são praxados Aqui deixo o meu recado Mantenham-se bem aprumados E passem um bom bocado XX Com o peso de ser caloiro E o seu olhar cabisbaixo “Julgados” por um “Juiz” Que era mesmo, “bota a baixo” XXI Terminou o suplício Tudo teve um fim feliz Acabou o sacrifício Sorrindo, estava o “Juiz” XXII Finalmente o juramento Entoado com fervor Mais parecia o julgamento Dum governo em estertor XXIII O “Cantar dum Estudante” Cantado com emoção Fez-nos esquecer num instante O estado desta da Nação XXIV Siga a Festa e o Protocolo De belo discurso enquadrado Sinto nele algum consolo Parecia um Chefe de Estado XXV Sem tirar mérito ao orador Senhor de vastos recursos Bom português, “sim senhor”! Fez bom uso de seus cursos XXVI Como sempre o Zeca Pais Mostra a sua competência Com sorrisos e algo mais E discursos de excelência XXVII Bonitas estavam as mesas Decoradas com rigor A casa deu assim mostras De harmonia e muita cor XXVIII Está na hora da “malada” Chegam terrinas dançantes Deixe aqui uma “malgada” E nada será como dantes XXIX Seguem-se mais alguns “pratos” Serão carne? Serão peixe? Há máquinas e muitos retratos Para que ninguém se queixe XXX Batiam forte os talheres Como batem os tambores Houve a dança das colheres Para provar tantos sabores XXXI Como manda a tradição Também eu provei o vinho Tive uma entrada de leão E uma saída de mansinho XXII Enaltece-se a Universidade E tudo o que nos proporciona Ninguém quer saber da idade Por “velhos” ninguém nos toma XXIII Regressamos para esta “Casa” São “piscos” de volta ao ninho Felizes e batendo a “asa” Para quem nos dá carinho XXXIV Vejo alvas tantas cabeças Outras, nem cabelos têm Sábias são suas conversas Que da experiencia advêm XXXV Vejo os rostos sorridentes Com marcas que o tempo traz Felizes alegres e contentes Muito longe “do aqui jaz” XXXVI Cimentam-se as amizades Aprofundam-se outras mais Não se olha para as idades E levantam-se os “astrais! XXXVII Entrou o “Grupo sem Nome” Receoso, um pouco a medo Como ninguém tinha fome Aquilo é que foi “dar ao dedo” XXXVIII Que dizer dos ”Sete Amigos” Grande exemplo solidário Não olham para seus umbigos Nem pensam em numerário XXXIX Geme a guitarra indolente Como geme um povo inteiro Com passado e sem presente E politicas de “atoleiro” XL As autoridades presentes Com seus discursos diretos Não conseguem estar ausentes Do politicamente correto XLI Aos autarcas agora eleitos Aos “velhos” prestem atenção Olhem bem para os seus feitos E tratem-nos sem comiseração XLII Vem aí mais austeridade Que a nós todos “estrafega” O que vale é a Universidade Porque a nossa alma “rega” XLIII Pedem-nos uma luta estoica Que esqueçamos a Constituição Também peço o fim da troica E ser livre no meu “Rincão” XLIV A nossa época fica na História Não por seus feitos valorosos Mas antes pela vã glória De não valorizar os seus idosos XLV Com uma vida de trabalho Sem direito a ser menino Por não ser nenhum “cangalho” A caridadezinha, eu abomino XLVI Tenho comigo esta crença Que vai comigo pra a cova Ser velho, não é doença Nem é preciso fazer prova XLVII No dia em que “cá não estiver” Talvez permaneça a saudade De que não fui “um qualquer” E até andei na Universidade XLVIII Somos todos reformados Senhores do nosso destino Às vezes, um pouco “marados” Mas levando a sério o ensino XLIX Envelhecer é facto incontornável Reaprendemos a viver o dia-a-dia Num País onde tudo é “irrevogável” Somos vítimas de “cegueira e miopia” L Há as Universidades de Verão Não sei o que se lá aprende Se governa-se, tinha atenção Á “nossa”, se é que me entende! LI Colegas da minha turma Cuidado com a memória Não deixem que ela durma Pois na terça, já há história LII Já vai longa a narrativa Foi descrita com lealdade Faço mais uma tentativa E agradeço á Universidade LIII Ao “quadrejar” este evento Ninguém, eu quis magoar Se o fiz, muito lamento O vosso perdão vai esperar LIV Com esta vou terminar Agora em tom mais ligeiro A todos vem cumprimentar Um “tal” Aventino Monteiro Coelhosa 09/11/2013 Aventino Monteiro (Latoeiro, fazedor de latas)
Posted on: Sun, 10 Nov 2013 11:23:52 +0000

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