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FILOSOFICANDO.Wordpress Quando o ser ou não ser já não é mais a questão. Feeds: Artigos Comentários « Pensamento Político de PlatãoO Conceito de Prazer, segundo Aristóteles » Ética Aristotélica 31 de Outubro de 2009 por wpmatheusvenancio O conhecimento, segundo Aristóteles, é dividido em três tipos: teórico, prático e produtivo, conforme o objeto correspondente a cada um. A ética é uma parte da política, não constituindo-se como uma ciência separada, mas apenas como um “estudo do caráter” ou “nossas discussões sobre o caráter”. (Aristóteles, Política, 1261a31) O exame ético considera o indivíduo como um membro da sociedade e o exame político, por outro lado, tem como princípio o fato da boa vida da cidade ser senão a boa vida de seus cidadãos. A primeira frase da Ëtica é esclarecedora quanto a este ponto: “Toda arte e toda investigação, toda ação e toda escolha parecem ter em vista algum bem; logo, o bem foi corretamente designado como aquilo a que todas as coisas visam”. Definitivamente, a ética aristotélica é teleológica, isto é, o valor moral da ação deriva do fim almejado. Ou seja, a ação deve ser realizada não vista dela mesma, mas em vista do bem para o homem. O fim que uma ação particular tem em vista é um meio para um outro fim. Por exemplo, se eu estou com fome, eu busco alimento, se preciso de dinheiro para comprar alimento, então busco adquirir dinheiro, se o adquiri, então compro o alimento em vista de saciar a minha fome, mas eu sacio a minha fome em vista de me manter vivo, e procurar estar vivo, e procuro estar vivo em vista do que? Com qual finalidade? O problema que temos é determinar qual é tal fim último. Se é o bem, qual a natureza desse bem? Como determiná-la: eis a grande questão da ética aristotélica. A ética concerne às “coisas que são o que são para a maioria”, “coisas que podem ser de outro modo”, portanto, não podemos exigir o mesmo grau de exatidão de demonstrações científicas, como a matemática, que tem como objeto de investigação “coisas que são necessárias.” (Ética Nicomaquéia, 1094b11-27) Das coisas que são, umas são necessariamente, outras contingentimente ou por acidente. Nas ações humanas está presente a contingência e tal presença se faz evidente da seguinte forma: (i) as conseqüências de nossas ações não podem ser previstas com precisão, ou seja, o resultado da ação é obscuro por ser, ele próprio, indeterminado; (ii) as ações futuras são indeterminadas. Essa contingência presente nas ações, a saber, o fato de seu resultado ser indeterminado e de haver sempre a possibilidade de agir de outro modo, faz com que a exatidão em matéria de moral seja precária. É a ética que trata de tais assuntos, e não de modo abstrato, mas prático, pois não se trata de inquirir o que significa o dever ou porque devemos fazer isto que devemos fazer; ao contrário, trata-se de determinar o que deve ser feito em certas circunstâncias. Diferentemente das ciências exatas, o raciocínio ético não parte de princípios, mas vai em direção a eles; ou seja, não parte do que é mais inteligível em si mesmo, mas do que é mais familiar para nós e vai em direção às explicações subjacentes aos fatos. Os primeiros princípios da ética vêm a partir das opiniões da maioria ou dos mais bem reputados. São o material sensível da ética. De posse, devemos examinar suas inconsistências comparando-as, eliminando as contradições e realçando o que há de verdadeiro, o que há de mais inteligível. (Ética Nicomaquéia, 1095a2-11, 1098a33-b4). Aristóteles, não aceita como princípio de sua ética aquele que é mais bem reputado, ao contrário, ele sempre os revê e freqüêntemente argumenta contrariamente a eles, formulando assim novos princípios com base em sua metafísica, biologia ou psicologia. Aristóteles aceita de muitos a visão de que o fim é a felicidade (eudamonia). (Ética Nicomaquéia 1095a14-20). Uma pessoa feliz seria antes um bem afortunado do que aquele que, como estamos acostumados. A idéia de felicidade, mesmo que distinta da noção de alegria ou da pura sensação de prazer, ainda assim não parece próxima do termo grego eudaimonia. Trata-se, pois, de um bem viver ou bem estar mais do que nosso ser ou estar feliz. A filosofia moral busca entender oq ue é felicidade. Muitos tipos de vidas podem ser escolhidos: A que visa o prazer, mas esta parece ser um fim próprio aos escravos ou aos animais. A vida honrosa, mas este parece ser não o tipo de vida feliz por excelência, e sim o tipo de vida política. A vida de riquezas como a finalidade da vida humana, mas esta não é um fim, e sim um meio. Enfim, será a vida contemplativa a que o filósofo conceberá como o mais alto e nobre fim. (Ética Nicomaquéia, livro X). Em suma, o fim da vida humana é o bem para o homem e este não é senão a sua felicidade, ou seja, viver uma vida contemplativa. Definição de felicidade segundo Aristóteles: “A felicidade é uma atividade da alma, segundo a virtude completa ou perfeita”. (i) deve estar de acordo com o pensamento; (ii) deve ser uma atividade; (iii) deve ser uma atividade com razão (logos), segundo a virtude completa ou perfeita; (iv) deve estar presente por toda a vida e não em curtos períodos. (Ética Nicomaquéia, 1097a 13-1098a20). BIBLIOGRAFIA
Posted on: Sat, 21 Sep 2013 12:42:40 +0000

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