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FMI ADMITE QUE FALHOU MAIS NAS PREVISÕES PARA PORTUGAL As projecções para a evolução do PIB erraram mais do que as feitas para outros países apoiados!!! O Fundo Monetário Internacional (FMI) admite que os erros nas previsões para o crescimento da economia foram significativamente maiores em Portugal que noutros países que receberam o apoio financeiro de programas apoiados pelo Fundo nos anos iniciais da crise. O capítulo que analisa a sustentabilidade da dívida pública portuguesa, no relatório sobre a oitava e nona avaliações, refere especificamente as previsões para a evolução do produto interno bruto (PIB) avançadas entre 2009 e 2012. Numa avaliação estatística do grau de acerto das estimativas para Portugal, o FMI conclui que foram mais optimistas, em particular no que respeita ao comportamento do PIB, em que se verificou uma margem de erro de 2,06% entre 2004 e 2012. Nos últimos dois anos deste período, Portugal já estava sob o programa de assistência. As falhas nas previsões da troika e do próprio governo têm sido atribuídas à construção errada dos multiplicadores que serviram para estimar a dimensão dos impacto das medidas de austeridade adoptadas na economia. Na prática, o efeito destrutivo foi maior que o inicialmente estimado. O problema, que também afectou a Grécia, foi reconhecido em 2012, ano em que a troika deu mais um ano a Portugal para cumprir as metas acordadas. O tema não é mencionado no relatório da última avaliação e o chefe da missão para Portugal, quando questionado, não revelou números. Subir Lall assegurou que as previsões incorporam as medidas de consolidação orçamental. O avaliação dos erros das previsões passadas é feita no quadro da análise dos factores que mais podem ter impacto na evolução estimada para o rácio da dívida pública a médio e longo prazo. Nos cenários considerados, um choque de crescimento, em que Portugal em vez de crescer acumularia uma queda do PIB de quatro pontos percentuais entre 2014 e 2015, combinada uma inflação negativa de um ponto percentual, a dívida atingiria um pico de 136% da riqueza produzida em 2015, o que representa mais 10 pontos percentuais que a projecção do cenário base. O RISCO DO CRESCIMENTO LENTO Menos dramático, mas também preocupante, é um cenário de crescimento potencial mais lento, que, segundo o FMI, teria implicações importantes no percurso de ajustamento da dívida no médio prazo. O Fundo estima que Portugal atinja um crescimento de real de 2% até 2020, à medida que as reformas estruturais permitam transferir recursos do sector não transaccionável (serviços e infra-estruturas) para o transaccionável. No entanto, se o crescimento for mais fraco, por exemplo de 1% em vez de 2%, o ritmo de ajustamento da dívida travaria e chegaríamos a 2020 com um rácio de 118% do PIB, sete pontos mais alto que o projectado.
Posted on: Sat, 16 Nov 2013 01:27:56 +0000

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